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O impacto da DPOC no

sistema pulmonar
UMA VISÃO ABRANGENTE DAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E FISIOPATOLOGICAS

Assistência de enfermagem ao
paciente portador de DPOC

Integrantes: : Maryana da Silva Santos, Cintia Maria Nerli Seiblitz,


Carlos Eduardo Martins Silva, Patrick de Almeida Rodrigues dos Santos.
Nesta apresentação vamos:
Compreender o impacto da doença DPOC na visão da
assistência de enfermagem no campo prático hospitalar.

Identificar os sinais e sintomas da DPOC.

Descrever fatores de risco, incluindo exposições


ambientais e comportamentais, associados ao
desenvolvimento da DPOC.
Propor plano de cuidados para o caso
clínico de um paciente DPOC.
O que é a DPOC?
A DPOC é caracterizada por uma persistente
limitação do fluxo aéreo e está associada à resposta
inflamatória crônica das vias aéreas, causada por
partículas ou gases nocivos.
Esta resposta inflamatória crônica
pode induzir à destruição dos tecidos
do parênquima pulmonar, resultando
em enfisema, interrompendo o reparo
normal e mecanismos de defesa,
culminando em fibrose das pequenas
vias aéreas, alterações estas que
levam ao aprisionamento de ar e
progressiva limitação do fluxo aéreo.
(GLOBAL..., 2017; VESTBO et al., 2013)
Dados da OMS:
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS),
estimam-se que a DPOC afete aproximadamente 210
milhões de pessoas em todo o mundo, com cerca de 64
milhões de casos sintomáticos. Para a OMS DPOC é a
principal causa de morte evitável em todo o mundo, sendo
responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças
crônicas não transmissíveis (DCNT) em 2015.
A problemática do tabagismo:

O tabagismo é responsável por mortes relacionadas a diversos


tipos de câncer, doenças coronarianas, doenças
cerebrovasculares e, principalmente, doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC), a qual é caracterizada pela
obstrução do fluxo de ar nos pulmões e atualmente ocupa a
posição de liderança em morbimortalidade em todo o mundo.
Sendo assim, o uso do cigarro é visto de maneira geral como um dos principais problemas
da unidade básica de saúde (UBS), já que estão relacionados a doenças cardiovasculares.
Além do risco de enfermidades em fumantes ativos, pessoas não fumantes que estão
expostas ao fumo passivo também são afetadas, tendo uma probabilidade de 20% para
as mulheres e 30% para os homens. A relação entre tabagismo e DPOC é bem
estabelecida, sendo que mais de 85% dos casos de DPOC são atribuíveis ao tabaco, tanto
para fumantes ativos quanto para os expostos passivamente.
E não é só isso:
Além do tabagismo, outros fatores como poluição indoor e outdoor, exposição ocupacional a
agentes irritantes e fatores genéticos também contribuem para o desenvolvimento da doença.
A DPOC é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo, sendo
responsável por aproximadamente 3 milhões de mortes anuais. Etiologia, A DPOC é
predominantemente causada pela exposição prolongada a agentes irritantes, sendo o
tabagismo responsável por cerca de 90% dos casos. Além do tabagismo, a exposição à
poluição do ar, exposição ocupacional a substâncias nocivas, fumo passivo e fatores genéticos
também podem contribuir para o desenvolvimento da doença.

(Souza, 2022).
A DPOC é predominantemente causada pela exposição
prolongada a agentes irritantes, sendo o tabagismo
responsável por cerca de 90% dos casos. Além do
tabagismo, a exposição à poluição do ar, exposição
ocupacional a substâncias nocivas, fumo passivo e
fatores genéticos também podem contribuir para o
desenvolvimento da doença.
Caso clínico
J. S, 65 anos, sexo masculino, branco, 50kg, 1,70m, tipo
sanguíneo AB+, aposentado porém anteriormente trabalhava
como motorista de caminhão, católico, reside em uma casa
alugada na Rua das flores 123, bairro Jardim Primavera. Vive
com a esposa, que o auxilia nas atividades diárias. Possui
uma rotina tranquila, dedicando-se a atividades domésticas,
leitura e a afeição por música clássica.
Caso clínico
Paciente deu entrada na emergência do HMAPN com
dificuldade respiratória progressiva e piora da tosse
produtiva há três dias. Ele relata um histórico de
tabagismo crônico de 40 anos, fumando cerca de um
maço de cigarros por dia. O mesmo também menciona
episódios frequentes de infecções respiratórias no último
ano, exigindo múltiplos usos de antibióticos.
Caso clínico
Segundo informações colhidas, paciente relata falta de ar ao
realizar esforços mínimos, como caminhar curta distância,
associada a tosse crônica e produção de secreção purulenta.
Relata perda de 8 kg nos últimos dois a três meses. O mesmo relata
dispneia progressiva nos últimos cinco anos, piorando nos últimos
meses. Refere também dificuldade para dormir deitado devido à
dispneia, necessitando utilizar travesseiros extras para elevar o
tronco.
Caso clínico
Paciente relata falta de ar ao realizar esforços mínimos, como
caminhar curta distância, associada a tosse crônica e produção de
secreção purulenta. Relata perda de 8 kg nos últimos dois a três
meses. Paciente relata também dispneia progressiva nos últimos
cinco anos, piorando nos últimos meses. Refere episódios de
exacerbação da tosse e da produção de escarro há cerca de dois
anos, com necessidade de tratamento em serviços de emergência.
Caso clínico
Paciente foi diagnosticado com Doença Pulmonar Obstrutiva
Crônica (DPOC) há vinte anos, após anos de tabagismo pesado.
Além disso, possui histórico de hipertensão arterial sistêmica
controlada com medicamentos e diabetes mellitus tipo 2 em
tratamento com insulina. Não há histórico significativo de doenças
pulmonares na família. Pai falecido de infarto agudo do miocárdio
aos 72 anos. Mãe falecida de câncer de mama aos 68 anos.
Caso clínico
Paciente faz uso contínuo prescrito pelo médico de Salbutamol
(agonista beta-2 de ação rápida) inalatório sob demanda para alívio
dos sintomas de dispneia; Fluticasona/Salmeterol (corticosteroide
inalatório associado a agonista beta-2 de longa ação) duas vezes ao
dia para controle da inflamação e prevenção de exacerbações;
Metformina 850 mg duas vezes ao dia para controle da diabetes
mellitus tipo 2; Insulina NPH 20 UI antes do café da manhã e 10 UI
antes do jantar para controle da glicemia; Hidroclorotiazida 25mg.
Caso clínico
Paciente é ex-tabagista, tendo fumado dois maços
de cigarro por dia durante 40 anos, cessando o
hábito há dez anos após o diagnóstico de DPOC. Ao
exame físico: Lúcido e orientado, responsivo.
Mucosas visíveis, hipocorado; Febril 39º, acianótico.
Dieta com pouca aceitação devido ao cansaço.
Caso clínico
Hemodinamicamente estável, PA: 150x90mmhg Fc: 120Bpm,
Pulsos cheios, bulhas normofoníticas. Ausculta pulmonar com
presença de roncos bilateralmente, espessa e purulenta.
Instalado macronebulização à 5O2L/min. Spo2 90 Fr 30
Irpm. Abdôme indolor a palpação. Diurese espontânea com
bom débito urinário 150ml/h. MMII sem anormalidades.
Caso clínico
Exames complementares realizados na admissão:
Gasometria arterial: pH 7,38; PaCO2 55 mmHg; PaO2 60
mmHg; HCO3 32 mEq/L; SatO2 88%; Hemograma:
Hematócrito 45%; Hemoglobina 15 g/dL; Leucócitos
12.000/mm³; Plaquetas 250.000/mm³; Radiografia de tórax:
Espessamento das paredes brônquicas, acentuação do
trânsito vascular peribrônquico.
Caso clínico
Conduta instituída:
Admissão hospitalar para tratamento da exacerbação
aguda da DPOC; Oxigenoterapia via máscara Hudson
a 28%; Administração de broncodilatadores de curta e
longa duração por via inalatória.
Diagnósticos Planejamento
Ordem
de enfermagem Intervenções Resultados esperados
Padrão respiratório Administrar medicações conforme Melhorar o padrão
prejudicado evidenciado prescrição médica; Manter o respiratório do cliente
por Fc: 120Bpm, Fr 30 irpm,
1 Spo2 90 e ausculta
paciente em posição de semi em um período
Fowler; Monitorar e registrar o estimado de 4 dias após
pulmonar com presença de
padrão respiratório de 2/2h.
roncos bilateralmente. o início do tratamento

Padrão de sono Ofertar musicoterapia durante Realizar a monitorização do


prejudicado relacionado período noturno; Procurar manter o padrão respiratório a cada 2
ao desconforto ambiente agradável, limpo e calmo;
2 respiratório Aministrar ansiolítico conforme
horas durante o período de
prescrição médica; Solicitar terapia
internação, a fim de
evidenciando pela
holística para auriculoterapia. amenizar a dispneia.
dispneia.
Monitorar a temperatura corporal, frequência cardíaca
Hipertermia relacionada e respiratória a intervalos regulares; Administrar
Temperatura corporal dentro dos
limites normais (36-37,5ºC);
3 ao processo infeccioso medicamentos antipiréticos conforme prescrição
médica e monitorar a resposta do paciente; Aplicar
Estabilidade do estado geral do
evidenciado pela compressas frias na testa, pescoço e axilas; Promover a
paciente sem sinais de
ingestãode líquidos frios; ajustar a temperatura
temperatura de 39ºC. ambiente para um nível confortável. desconforto.

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