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Qua

Vitória Amaral
Odontologia UNESP
• Equidade visual: capacidade de foco. Usar esse

Processo
Diagnóstigo foco a curtas distância força os músculos
esfíncter da pupila.

Semiotécnica é um conjunto de métodos para


analisar sintomas e sinais de um paciente. Agressão a audição
A saúde tem como fatores determinantes e • O ideal que não ultrapassasse 80 dB
condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia,
o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a
renda , a educação, o transporte, o lazer, o acesso a bens
Requisitos dos
e serviços essenciais, os níveis de saúde da população
expressam a organização social e econômica do país.
equipamentos
• Pré-patogênese: fatores que configuram risco Devem seguir a ISO 6385 e a ISSO 11226, e se
mínimo ou máximo dependendo da doença segue a NR17 (ergonomia).
• Período de patogênese: momento em que a →Mocho: tem que ter 5 rodízios, assento semi-rígido,
doença já esta ocorrendo: cronicidade, sinais e tamanho 40x40 e profundidade de mais ou menos 40,
sintomas sendo os últimos 15 cm deve ter um inclinação de 15
• Período de cura: quando a doença tem seus graus par melhorar a circulação, deve ter regulagem de
sinais e sintomas em declínio . altura de até 47cm, e o encosto deve encaixar na
• Capacidade homeostática: se ela for perdida lombar.
ocorre o surgimento da doença
→Cadeira do paciente: é obrigatório que permita a
posição em decúbito (impede deglutição acidental , é
Ergonomia
Ergonomia mais segura para o paciente).

→Equipos: Semi-móvel- presa na cadeira, ou móvel, e


• DORT- desordem osteomuscular relacionada ao não podem ser espiraladas.
trabalho.
→Refletor: seja ajustado para ter medida e iluminação
• Mais frequentes
de 70x20cm, que corresponde a 70cm de distância da
• Síndrome túnel do carpo : formigamento, dor,
cabeça do paciente.
inchaço e incapacitação ao trabalho = causada
pela má postura do punho. →Alta rotação: 3 a 4 oríficios de liberação de água,
• Cifose: aumenta a convexidade tóraxicida 300.000 rpm ou mais, autolaváveis e não ultrapasse
• Escoliose: torção da coluna axial 110dB.
• Lombalgia: dor na região lombar: do que vai e
→ Iluminação ambiente: deve ser complementar ao do
volta e sara sozinha, ou que incapacite por 7
efletos, ou seja, cores claras e iluminadas de maneira
dias.
indireta, nunca deixar a luz do sol pois causa fadiga.

Agressão a Visão →Conforto térmico: o ideal é que esteja a 23 graus

→Organização: ter uma bancada organizada aumenta a


• Miopia, hipermetropia, astiguimastismo. produtividade.

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Zonas do consultório

Postura de trabalho
• Sola do pé no chão
• Ângulo de 110 graus entre as cochas e a perna.
• Coluna ereta: revezando entre ativa(encostada
no mocho) e passiva (sem encostar no mocho)
• Inclinação 15 graus do pescoço e 10 graus da
coluna ereta ativa = máximo de 25 graus da
cabeça
• Braços próximos ao tronco e ângulo de no
máximo 25 graus.
• 5 a 10 cm do cotovelo até a altura da cabeça do
paciente com movimentos de 10 a 25 cm.

Classe dos movimentos


• Classe 1: movimenta só os dedos
• Classe 2: movimenta os dedos e o punho
• Classe 3: mexeu o antebraço – zona de trabalho
• Classe 4: mexeu braço – zona útil
• Classe 5: torceu o tronco.

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Boas práticas
E condutas de acidentes Dos Materiais
perfurocortates
Esterilização
Os perfurocortantes estão inclusos no grupo E
de materiais a serem descartados. Etapas
→Limpeza
Protocolo a ser seguido após
acidente: É feita no expurgo da clínica após o
atendimento, realizando essa limpeza com a utilização
• Avisar o responsável da clínica dos EPI’s, lembrando sempre da luva de borracha.
• Se é corte ou furo = limpeza por 10min com
Todo o material deverá ser colocado em uma
água sabão para diminuir a carga biológica , ou
embalagem plástica contendo detergente enzimático,
se houve exposição da mucosa – conato com
deixando o material lá por 5min , seguido de lavagem e
olho ou boca sem corte = lavar com água
escovação caso seja necessário. Depois o material deve
potável ou soro fisiológico.
ser seco com papel descartável.
• Não realizar expressão manual da lesão: Se
houver corte ou furo não se deve apertar, pois A embalagem plástica deve ser lavada com
ir[a aumentar a lesão e área de exposição. detergente neutro e enxaguada.
• Deve-se comunicar com o paciente e solicitar
O material deve ser colocado em uma caixa
colaboração para realizar exames necessários,
plástica limpa até a esterilização
de modo que ele tenham até 48h para
comparecer ao hospital , esse tempo é o qual é →Embalagem
possível que se tome medicamentos. SE o
Deixar sobra nas margens e selar bem, sem
paciente aceitar fazer o exame se preenche
dobras, com o plástico voltado para baixo na seladora
uma ficha de declaração de acidente e ambos
por 10s. pacote mínimo de 10x15cm.
fazem os exames, caso ele se negue a fazer se
considera fonte desconhecida e na maioria das →Entrega do material
vezes se faz o uso de medicamentos.
• Acidente durante o funcionamento do STS (8H Gerar identificação e colar na parte plástica,
AS 17H) o paciente é levado com documentos realizar a entrega e retirar recibo.
preenchidos ao STS e o sangue é retirado lá, e →Distribuição do material
depois encaminhado para o hospital, se o STS já
estiver fechado o acidentado e o paciente são Retirar na esterilização utilizando um recibo
encaminhados ao hospital . gerado na estrega.
• Se o paciente fonte quiser saber o resultado do
exame deve ir direto ao hospital

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Pápula

• Elevações superfificais, sólida e circunscritas

Ou Lesões
• Medem até 5mm
elementares • Únicas ou múltiplas
• Cores variaveis

fundamentais • Base séssil – base maior ou igual ao diâmetro da


lesão ou pediculada – base menor que o
diâmetro da lesão
Alterações morfológicas variáveis que ocorrem • Exemplo: grânulos de fordyce
tanto na pele quanto na mucosa.
Nódulo
Saber sobre elas auxiliam na elaboração do
diagnóstico, ajuda na comunicação entre os • Medem mais que 5mm
profissionais de saúde e auxilia na padronização de • Elevações superficiais
laudos de lesões. • Base e superfície podem varias
• Exemplo: papiloma escamosa com projeções
→Alterações apenas da cor: mancha e mácula digitiformes – relacionado com o HPV
• Alteração de tamanho e cor Tumor
• Origem vascular (pressiona um vidro sobre a
lesão, se ocorrer isquemia é vascular) ou • Medem mais de 2cm
endógena ou exógena = pigmentar • Nódulo de dimensões maiores
• Ausência de elevação ou depressão • Exemplo: Adenoma canalicular
• Exemplo: leucoedema = comum em →Depressão tecidual: erosão, úlcera, ulceração
melanodermas, sempre bilateral ; Tatuagem
por amálgama ; eritropasia (desordem Erosão
potencialmente maligna) ; melanoma
• Perda parcial do epitélio sem exposição do
(neoplasia maligna)
conjuntivo
→Elevação tecidual: placa, pápula, nódulo, tumor • Mucosa fina, plana e com aparência frágil.
• Atrofia da mucosa
Placa
• Exemplo: língua geográfica
• Ligeira elevação do tecido, mais extensa do que
Úlcera
alta
• Não é descamável • Perda de continuidade do epitélio com
• Bem delimitada exposição do conjuntivo
• Superfície lisa, rugosa, verrugosa, ondulada ou • Caráter crônico
mista • Exemplo: pênfigo vulgar e tumores malignos
• Pseudomembrana: placa removível a raspagem
Ulcerações
• Origens: traumática, infecciosa, ereditária ou
outras origens. • Caráter agudo, curta duração
• Exemplos: queratose friccional; leucoplasia; • Exemplo: afita .
leucoplasia verrucosa proliferativa ;
→Presença de conteúdo interno : vesícula, bolha.
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• Vesícula menor que a bolha Descreva a lesão
• Vesícula até 3mm com variais cavidades. Ex.:
herpes labial 1. Forma: forma geométrica que se assemelha
• Bolhas medem mais de 3mm em uma única 2. Localização: estrutura anatômica
cavidade. Ex.: 3. Limites: áreas próxima a lesão
• Ambas se rompem rápido e são difíceis de 4. Cor
observar na boca 5. Tamanho: dada em mm
6. Base
------------------------------------------------------------------- 7. Consistência
8. Superfície
Alterações morfológicas 9. Contorno
Púrpura 10. Número : única ou múltiplas

• Mancha de coloração vermelha em decorrência


do extravasamento de sangue
• Não sofre isquemia por pressão
• Varias = petéquias

Exulcerações

• Úlceras que envolvem grandes áreas da pele ou


mucosa
• Superfícies sem limites nítidos

Abscesso

• Coleção purulenta flutuntes, pode forma fístuta


= caminho para drenar o pus

Fístula

• Orifícios cutâneo ou mucosa, terminais de


trajetos sinuosos que põem em contato com o
exterior focos supurativos internos.

Hiperplasia

• Crescimento tecidual de aspecto benigno


• Aumento de volume difuso
• Hiperplasia fibrosa inflamatória

Crosta

• Ressecamento de exsudato em superfícies


relativamente secas
• Evolução de lesões ulceradas
• Podem ser hemorrágicas, ulcerosas e de pus.

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Tabagismo Composição
• Mais de 7000 produtos químicos
Mortalidade do tabaco • Mais de 250 prejudiciais a saúde
• Impacta negativamente a saúde pública do • 50 carcinógenos
mundo todo. • Nicotina – desenvolver o hábito, adicção
• Mias de 7 milhões de mortes por ano (distúrbio neuropsicológico caracterizado por
um desejo persistente e intenso de usar droga)
Formas de consumo
Doenças relacionadas
• Não há níveis seguros para exposição ao tabaco,
independente da forma. • Mais de 30% das mortes por câncer são
• Tabaco: iniciação, promoção, progressão no relacionados com o tabagismo.
processo de carcinogênese. • Principal fator de risco de câncer de boca
• Efeito acumulativo dose dependente
• Infecções respiratórias, úlceras gastrintestinal,
impotência sexual, osteoporose, catarata.
• Controle do tabagismo reduz a prevalência de
CCE de cabeça e pescoço não relacionado ao
HPV
• 85% das mortes por alterações pulmonares
• 25% das mortes por causa respiratórias e
neurológicas
• Cachimbo compartilhado entre várias pessoas = • Doenças bucais: estomatite nicotínica, doença
aumento do risco de infecções, além de que periodontal e pigmentações periodontal,
fumar narguilé é como fumar 100 cigarros. melanose do fumante.
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Tabagismo é considerado um transtorno mental


e comportamental devido o uso de fumo. Dependência
física, psicológica, comportamental e do tabaco.

Deve-se respeitar a autonomia do paciente, que


é um dos pilares da bioética, sendo que o paciente deve
escolher se quer ou não parar de fumar.

Tipos de Fumantes Ciclo do tabagismo


Fumaça aumenta a nicotina – 9 s e da efeitos
Ativos = Ocasional; Stress; Adicto – sempre
positivos = bem-estar, após duas horas se tem a
Passivos = lei antifumo provada em 2011 e diminuição da nicotina no sangue e então os efeitos
regulamentada em 2014 negativos começam, levando a fumar novamente.

Carga tabágica
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CT = Nº de cigarros fumados por dia/ por 20 x uma maior chance de desenvolverem fortes
nº de anos sintomas de síndrome de abstinência na
cessação de fumar)
Cessação tabágica • O que você acha de marcar uma data para
deixar de fumar? (Permite avaliar se o fumante
→Síndrome de abstinência
está pronto para iniciar o processo de cessação
• De 2 a 4 semanas de fumar. Se a resposta for afirmativa, fazer a
• Alteração de humor próxima pergunta)
• Frustração • Quando?
• Impaciência • Já tentou parar? (Se a resposta for afirmativa,
• Raiva fazer a próxima pergunta)
• Ganho de peso • O que aconteceu? (Permite identificar o que
• Agressividade ajudou e o que atrapalhou a deixar de fumar, de
• Perda de concentração modo que esses dados sejam trabalhados na
• Impaciência próxima tentativa)
• Agitação
• Tontura
• Cefaleia
• Insônia
• Tosse
• Desconforto abdominal
• Tremor de extremidade

→Como abordar o paciente tabagista

1. Sugerir uma data para parar


2. Explicar sintomas da abstinência
3. Sugerir estratégias para controlar a vontade de
fumar
4. Evitar situações que o estimulem a fumar:
tomar café, beber, sair com certos amigos.

→Perguntas sugeridas a serem feitas:

• Você fuma? Há quanto tempo? (Permite


diferenciar a experimentação do uso regular)
• Quantos cigarros fuma por dia? (Pacientes que
fumam 20 cigarros ou mais por dia
provavelmente terão uma maior chance de
desenvolverem fortes sintomas de síndrome de
abstinência na cessação de fumar)
• Quantos tempo após acordar você acende o
primeiro cigarro?
• (Pacientes que fumam nos primeiros 30
minutos após acordar provavelmente terão
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Etilismo
O álcool tem efeito depressor do sistema
nervoso central, levando elitistas a um processo de
sedação potencializado.

Alterações
Leva a alterações hepáticas e renais, que podem
influenciar nos medicamentos a serem prescrevidos,
além de causarem pancreatite.

Podem sofrer deficiências vitamínicas, como a K


(alteração na coagulação), vitamina A (alterações de
visão e renovação celular), Vitamina B1 (alterações no
sistema nervoso)

A grande ingestão poderá levar a amnésia e


sintomas neuropsiquiátricos.

O álcool também é um promotor do câncer, pois


ele aumenta a permeabilidade da mucosa, causa
diminuição do fluxo salivar, diminui a imunidade inata e
redução da metabolização de substâncias tóxicas.

O tabaco isolado aumenta em 6x a chance de


desenvolver câncer, e quando associado ao álcool esse
risco aumenta para 10x.

Interações com medicamentos


• ÁLCOOL + DIPIRONA = O efeito do álcool pode
ser potencializado
• ÁLCOOL + AAS = Maior risco de sangramentos
no estômago
• ÁLCOOL + ANTIBIÓTICO = Pode levar a vômitos,
palpitação, cefaleia, hipotensão, dificuldade
respiratória e até morte
• ÁLCOOL + PARACETAMOL = Maior risco de
hepatite medicamentosa
• ÁLCOOL + ANSIOLÍTICOS / ANTIDEPRESSIVOS =
Maior probabilidade de insuficiência
respiratória e até coma
• ÁLCOOL + METRONIDAZOL = Ocorre um
acúmulo de acetaldeído
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7. Hábitos e vícios: frequente ou não, fumo (mascado ou

Exameempregadas
Manobras clínico fumado = lesões diferentes, teste) e álcool.

Exame físico
1. Sinais vitais: aferir pressão, frequência cardíaca
O exame clínico é um conjunto de fatores: 2. Observar se o paciente é simétrico
anamneses ou exame subjetivo + exame físico ou exame 3. Observar jeito de andar
objetivo (geral ou regional – extra ou intrabucal).
→Manobras semiotécnicas
Anamnese 1. Inspeção
Pode ser dividida em 3 técnicas: 2. Palpação: o paciente deve estar o mais ereto
possível com as pernas esticadas, e o
• Técnica do interrogatório cruzado: é a mais examinador começa o exame estando atrás do
indicada paciente: palpação bilateral e bigital para ter
• Técnica da escuta: o paciente conta tudo o que parâmetros de comparação. Pescoço: vai do
ele quiser externocleido até a região cravicular (rica em
• Fases do interrogatório: linfonodos)
3. Percussão
Ao buscar o paciente na sala de espera já deve se
4. Auscultação
analisar o Lote: L(lúcido), O(orientado), T (tempo) ,
5. Olfato
E(espaço).
6. Fotografia
→Passos da Anamnese 7. Punção exploratória: ajuda a evitar lesões
angiomatosas e também ajuda no processo
1.Durante o preenchimento das respostas da queixa
diagnóstico.
principal/motivo que o levou a consulta deve-se colocar
8. Vitropressão (Diascopia): para lesões
a fala do paciente entre “” ou no final (SIC – segundo
angiomatosas, é positiva quando ocorre
informações concedidas).
isquemia após pressão na lesão.
2.Tempo de evolução : ajuda a diferenciar entre maligna
→Exame físico extrabucal
e benigna
Glândulas salivares
3.História da doença atual: é a parte mais importante e
a mais difícil e é relacionada com a queixa principal. • Parótida :
Investiga-se o estado de saúde habitual e as doenças • Submandibular:
anteriores, perguntando dos órgãos e sistemas. Se teve
Linfonodos
varicela, sarampo, caxumba, se esta sobcuidados
médicos e alérgicos a medicamentos. Influenciam no prognósticos de lesões malignas .
4. Tratamento médico atual: posologia de Normal: Um linfonodo normal é como uma ervilha, tem
medicamentos utilizados aproximadamente 5mm, é liso, possui limites palpáveis
e pode ser movido no tecido.
5.HIstórico familiar: doenças infecciosas, doenças de
tendência familiar, se tem animais. Inflamado: aumentado, consistência fibrosa de limit
definido, dor e liso.
6.História odontológica: frequência d visitas ao
dentistas, experiências passadas, tratamentos.

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Metastático: aumento de volume, consistência pétrea
e limite indefinido, rugoso.

→Exame clínico intrabucal

É necessário ter conhecimento das


características normais e variações normais.

Condições necessárias: boa iluminação, afastamento


das estruturas, secagem, conhecimento e cooperação
do paciente.

Observar:

1. Lábios
2. Mucosa jugal
3. Área retro molar
4. Língua
5. Soalho de boca

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Por quais pistas se deve procurar?

• Sintomas: dor, ardência, queimação


• Sinais: forma, cora, tamanho, sangramento, nº
e etc.

Processo diagnósticos

• Semiotécnicas
• Diagnósticos clínico
• Diagnóstico diferencial e hipótese de
diagnóstico

Estomatite nicotínica: inflamação das glândulas


salivares menores devido ao calor durante o uso de
cachimbo.

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Pulso
Sinais Vitais
SSVV O pulso é o batimento de uma artéria sentido
acima de uma saliência óssea. Ao verificar o pulso do
paciente, coloca-se levemente o segundo e terceiro
A avaliação clínica é a parte essencial das dedos da mão sobre a pele do paciente, no local em que
atividades diárias dos profissionais da saúde. Ao a artéria passa sobre o osso. Geralmente contando-se a
avaliarmos o SSVV é importante ter em mente, que frequência durante 30 segundos e multiplicando por 02.
cada pessoa possui seu próprio ritmo biológico. Na verificação do pulso, são observados:
Os SSVV são: • Frequência;
• Temperatura • Ritmos: regular ou irregular;
• Pulso • Amplitude: imperceptível, fraco (filiforme),
• Respiração forte (hiperativo);
• Pressão Arterial • Tensão (elasticidade).

Temperatura
A temperatura superficial do corpo, pode variar
de acordo com a temperatura ambiente. Por outro lado,
a temperatura interna, ou central, é regulada de forma
precisa e é mantida dentro de uma faixa bastante
estreita. Geralmente a Temperatura Corporal é mais
baixa pela manhã e mais alta no fim da tarde ou à noite.

Nas mulheres, durante o ciclo menstrual e no →Locais de aferição do pulso


primeiro trimestre de gestação, ocorre uma elevação • Radial
natural da temperatura. • Carótida
Temperatura corporal considerada normal: de 36,0°C a • Femoral
37,2°C • Poplítea
• Pedioso
Os infectologistas estabelecem os seguintes
• Tibial Posterior
limites para caracterizar a febre (hipertermia):

❖ Febrícula (estado febril): de 37,3°C a 37,8°C

❖ Febre: acima de 37,8°C

A única maneira de ter certeza de que o


indivíduo está com febre, é medir sua temperatura com
um termômetro. A maneira mais usual de aferi-la é
colocar o bulbo do termômetro nas dobras axilares e só
retirar depois de 05 minutos. A temperatura pode ser
medida também no interior da boca ou no reto.

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de contração do coração, da quantidade de sangue e da
resistência das paredes dos vasos sanguíneos.

O ponto mais alto da pressão nas artérias é


Respiração chamado de Pressão Sistólica e, o ponto mais baixo, ou
a pressão que está sempre presente sobre as artérias é
❖ Troca de gases dos pulmões com o meio exterior chamado de Pressão Diastólica.
(oxigênio -- gás carbônico).
A pressão arterial individual pode variar de hora
❖ É contada observando-se o peito levantar e abaixar. para hora, de dia para dia. Cai durante o sono e pode ser
elevada por fortes emoções e pelos exercícios físicos.
❖ Avaliado o ritmo, a profundidade e o esforço
respiratório. Quando uma pessoa está deitada, sua pressão
arterial é mais baixa do que quando está sentada ou em
❖Um prolongamento da expiração sugere
pé. Da mesma forma, a pressão arterial pode diferir nos
estreitamento das vias respiratórias;
dois braços do mesmo paciente.
❖ Sibilo inspiratório, sugere alguma obstrução na Alguns procedimentos são recomendados para
laringe ou na traquéia – som durante a respiração. a medida da PA:
❖ Podem estar alterados pelo nível de atividades físicas, • Certificar-se que o paciente está com a bexiga
estado emocional, febre e anemia. vazia;
No ritmo respiratório Normal, os movimentos • Certificar-se de que o paciente NÃO tenha
são regulares e sem pausa: praticado atividade física há pelo menos 60
minutos;
• Certificar-se de que o paciente NÃO fumou nos
30 minutos anteriores;
• Certificar-se de que o paciente NÃO ingeriu
bebidas alcoólicas, café;
→Classificação:

• Dispneia: é a respiração difícil, trabalhosa ou


curta. Indica doenças pulmonares e cardíacas.
• Ortopneia: é a incapacidade de respirar
facilmente, exceto na posição ereta.
• Taquipneia: respiração rápida, acima dos
valores da normalidade (pode causar
hiperventilação).
• Bradipneia: respiração lenta, abaixo da
normalidade.
→Procedimento para a medida da pressão Arterial
• Apneia: ausência da respiração.
1. Colocar o indivíduo em local calmo com o braço
Pressão Arterial apoiado a nível do coração e deixando-o à
vontade, permitir 5 minutos de repouso. Usar
Pressão arterial refere-se a pressão que o
sempre o mesmo braço para a medida;
sangue exerce sobre as artérias, dependendo da força

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2. Selecionar o tamanho da braçadeira para ➢ Braços do paciente sem apoio;
adultos ou crianças.
3. Localizar a artéria braquial ao longo da face ➢ Examinador posiciona o instrumento ao nível acima
interna superior do braço, palpando-a; ou abaixo do coração;
4. Envolver a braçadeira, suave e
➢ Examinador comprime o estetoscópio demasiado
confortavelmente, em torno do braço,
firme sobre o vaso;
centralizando o manguito sobre a artéria
braquial. Manter a margem inferior da ➢ Mãos do examinador e equipamentos frios/gelados;
braçadeira 2,5 cm acima da dobra do cotovelo;
5. Localizar o manômetro de modo a visualizar ➢ Sistema acústico danificado.
claramente os valores da medida;
6. Posicionar o estetoscópio sobre a artéria
Glicemia Capilar
palpada abaixo do manguito na fossa A glicemia capilar é um exame sanguíneo que
antecubital. Deve ser aplicado com leve oferece resultado imediato acerca da concentração de
pressão, assegurando o contato com a pele em glicose nos vasos capilares da polpa digital.
todos os pontos. As olivas devem estar voltadas
para a frente; →Indicação:
7. Fechar a válvula da pera e insuflar o manguito
• Controlar a glicemia de portadores de
rapidamente;
diabetes, usuários de insulinoterapia e de
8. Desinsuflar o manguito de modo que a pressão
nutrição parenteral ou outras terapêuticas que
caia de 2 a 3 mmHg por segundo;
interfiram no metabolismo da glicose no
9. Identificar a pressão sistólica (máxima) em
organismo;
mmHg, observando no manômetro o ponto
• Avaliar possíveis causas de lipotimia, desmaios
correspondente ao primeiro batimento regular
e convulsões (estados de hipoglicemia e
audível (sons de Korotkoff);
hiperglicemia podem provocar tais situações).
10. Identificar a pressão diastólica (mínima) em
mmHg, observando no manômetro o ponto →Avaliação e orientação ao paciente:
correspondente ao último batimento regular
• Orientar o cliente sobre o exame que será feito,
audível. Desinsuflar totalmente o aparelho com
lembrando que apesar de baixo risco que ele
atenção voltada ao completo desaparecimento
dos batimentos; oferece, há sempre o desconforto decorrente da
perfuração necessária para obter a gota de sangue,
11. Retirar o aparelho do braço do paciente e
guardá-lo cuidadosamente a fim de causar • Perguntar-lhe em que mão e dedo prefere que a
danos; punção seja realizada e onde foi realizada a última
12. Registrar a posição do paciente, o tamanho do punção;
manguito, o braço usado para a medida e os • Observar a necessidade de rodízio do local,
valores pressóricos. evitando trauma e dor .

A medida incorreta da pressão arterial, pode →Material necessário:


trazer consequências graves, tanto por levar pessoas • Equipamento de Proteção Individual (EPI);
normotensas a serem tratadas sem necessidade ou, ao • Glicosímetro;
contrário, deixar de tratar pessoas hipertensas. • Fitas reagentes para glicose, específica ao
As fontes de erros mais comuns são: aparelho utilizado no momento;
• Lancetas estéreis;

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• Gaze umedecida com álcool 70%.

• Hiperglicemia: poliúria, polifagia, polidipsia,


perda de peso, fraqueza e sinais físicos de
desidratação e em casos graves, choque. Hálito
de cetona, náuseas, vômitos e dor
• Hipoglicemia: Palpitações, tremores, sudorese,
fome, alterações comportamentais, convulsões
e coma. Causa o aumento da frequência
cardíaca (FC), da pressão arterial (PA), da
contratilidade miocárdica e do débito cardíaco.
• Glicemia em jejum: Ideal até 110mg/dl, acima
de 125mg/dl risco aumentado para diabetes.
• Glicemia 2h pós prandial: Ideal até 140mg/dl,
limite máximo é de 180mg/dl.
• Abaixo de 70: Hipoglicemia. HI / LO: Limites do
aparelho (high/ low).r abdominal também
podem ocorrer.

Realizar o registro com informações dos valores da


glicemia capilar, horário e data, no prontuário do
paciente.

Oximetria do Pulso
A oximetria de pulso é um método não invasivo
de monitorar continuamente a saturação de oxigênio da
hemoglobina (SpO2 ou SaO2). Embora a oximetria de
pulso não substitua a medição da gasometria arterial,
ela constitui um instrumento efetivo para monitorar
alterações sutis ou súbitas na saturação de oxigênio.

Os valores normais da SaO2 são de 92 a 100%.


Os valores inferiores a 85% indicam que os tecidos não
estão recebendo oxigênio suficiente, e o paciente
precisa de avaliação adicional.

Os valores da SaO2 obtidos na oximetria de


pulso não são confiáveis na parada cardíaca e no
choque, quando foram usados corantes ou
medicamentos vasoconstritores, ou quando o paciente
apresenta anemia grave.

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• Lesões pigmentadas: maior que 0,5cm,

Biópsia
& Citologia Esfoliativa
alterações morfológicas (pode ser melanoma
oral)
• Melanoma oral: mácula/mancha/nódulo
marrom ou preto, 30 a 35% amelanótico, até
1/3 dos casos são ulcerados
Biópsia
→Outros exames são indicados:
É a remoção de fragmento de tecido vivo para
estudo histológico – importante recurso diagnóstico. • Sífilis
• Língua despapilada – pode ser anemia
• Exame complementar mais utilizado
• Avaliação de condições sistêmicas do paciente : →Área de escolha
coagulopatias, hipertensão, diabetes não
• Evitar área de necrose
controlada
• Incluir pequena margem de tecido saudável em
• Recomendado realizar em todos o tecidos
continuidade ao alterado
anormais
• Doenças vesículo-bolhosas: amostra de mucosa
• É fundamental ter uma hipótese diagnóstica
intacta em proximidade a ulcera
com base no exame clínico completo
• Extensão e profundidade adequadas
• Realizar em áreas representativas da lesão, com
extensão e profundidade adequadas →Paramentação Cirúrgica: avental, gorro, máscara,
• O paciente deve ser bem orientado quanto ao luvas, campo = tudo estéril
procedimento, pós-operatório e
acompanhamento
• Termo de consentimento informado assinado
• Fotografia pré-operatória da lesão
• Reavaliar PA e dosagem da glicemia capilar

→Indicações:

• Qualquer lesão cuja a história clínica e aspecto


não permitam a obtenção do diagnóstico e que
seja presente na cavidade bucal por mais de 10
dias sem nítida regressão.
• Tomar cuidado com desordens de potencial
maligno e lesões malignas
• Deve-se ter uma hipótese diagnóstica baseada
no exame clínico
→Passos da biópsia
→Contraindicações:
1. Assepsia
• Condições sistêmicas – consultar médico 2. Antissepsia extrabucal e intrabucal
• Lesões vasculares: hemorragias significativas 3. Anestesia
durante a biópsia 4. Dierése/incisão
5. Exérese

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6. Hemostasia o Laser cirúrgicos – também ocorre
7. Síntese/sutura alteração das margens devido a alta
8. Cuidados pós-operatório temperatura deve-se informar o
patologista
o Biópsia óssea por curetagem
Tipos de Biópsia
→Hemostasia
A escolha depende da lesão: tamanho,
• Pressão direta com gaze
localização, inserção, natureza, condições sistêmicas do
paciente • Sutura
o Seda 4.0
→Incisional o Maior dificuldade de fechamento
completo: gengiva inserida e palato
• Parte da lesão é removida
duro
• Observar extensão e profundidade de mucosa
o Cimento cirúrgico
normal na periferia – comparação
o Planejar anatomia e como a ferida será
• Incisão elíptica – melhores condições para
fechada
sutura
• Pode ser feita com : →Importante
o Bisturi – transversal ou longitudinal
• A amostra deve estar em condições adequadas
o Punch: cilindro oco com extremidade
para análise pelo patologista
de lâmina biselada – não indicado para
• Grande o suficiente para ser processada
doenças vesículo-bolhosas:
• Manuseada de forma suave durante a coleta
movimentos rotatórios podem
destacar o epitélio impedindo a • Orientações pós- operatórias: alimentação,
avaliação adequada da interface escovação, controle de dor e sangramento
epitélio-conjuntivo. • Prescrição de medicamentos necessários
o Core biopsy (biópsia por agulha grossa • Retorno: pós-operatório e entrega do laudo,
guiada por ultrassom): fragmentos encaminhamento
milimétricos de lesão • Acompanhamento
+encaminhamento para • Frasco identificado: nome completo do
histopatológico. paciente, data da biópsia, tipo de fixação e nº
do pedido.
• Fixação em formol 10% (20x volume da
→Excisional amostra)
• Doenças vesículo-bolhosas: imunofluoresência
• Toda lesão é removida – solução de Michel máximo 48h (á base de
• Lesões pequenas, pedunculadas, exofíticas e água e não preserva o tecido)
em áreas acessíveis.
• Pode ser feita com: Citologia Esfoliativa
o Bisturi elétrico = melhor controle de
hemorragia local, porém ocorre • Método laboratorial para avaliação de células
alteração das margens pela alta superficiais do epitélioo
temperatura no corte (informar • Analisa-se microscopicamente células
patologista) descamadas do epitélio

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• Biópsia +avaliação histopatológica são o →Punção aspirativa por agulha fina
padrão-ouro - a citologia NÃO SUBSTITUI, e sim
• Agulha fina acoplada a seringa
contribui para o diagnóstico como um exame
• Material obtido é submetido a análise citológica
complementar adicional.
• Ferramenta de diagnóstico segura com
• Turn over epitelial – renovação epitelial
sensibilidade confiável e alta especificidade
• E diversas lesões a aderência ou coesão entre
para a avaliação da patologia das glândulas
as células é bastante frágil, o que facilita sua
salivares
remoção.
• Seringa tipo Luer de 20mL
• Vantagens: simples, prático, baixo custo, não
• Manobra semiotécnica em lesões osteolíticas
invasivo, rápido, pacientes com condições
sistêmicas em que a biópsia é contra-indicada
ou que o paciente não consente a biópsia
• Desvanatagens: caráter subjetivos –
patologistas inexperientes na avaliação cito
histológica; dificuldade de leitura ocasionada
por erros de coleta e fixação – celularidade,
distribuição celular, espessura, distorção
celular, presença de muco, áreas de hemorragia

→Técnica esfoliativa

• Materiais: instrumental de coleta (espátula


metálica, cytobrush (escova endocervical),
lâminas de vidro para microscopia
(convencional) ou líquido de armazenamento
(base líquida), solução fixadora e container
• Não se utiliza espátulas de madeiras, pois
causam desidratação e distorções celulares.
• Procedimentos:
o 1°: Bochecho com água para remover
resíduos alimentares e muco
o 2°: Remove-se crostas, exsudatos,
tecido necróticos e resíduos
o 3°: Raspagem superficial da lesão
o 4°: Confecção do esfregaço sobre
lamina de vidro ou armazenamento no
líquido
o 5°: Coloração das lâminas
o 6°: Exame microscópico
• Meio de fixação – depende do método de
análise:
o Álcool absoluto – prático
o Álcool éter 1:1 (licor de Hoffman)
o Spray fixador : custo mais elevado

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Comunicação
De notícias difíceis
Designa qualquer informação transmitida ao
paciente ou familiar que implique direta ou
indiretamente alterações que impactem a vida –
importante que seja definido o ponto de vista do
paciente e familiares.

Cascata de notícias difíceis


Óbito, progressão da doença, dor, diagnóstico,
reincidiva, falta de vaga,, falta de adesão ao tratamento

Protocolo Spikes
• Preparar sala para o encontro
• Percebendo o paciente
• Convidando para o diálogo
• Transmitindo as informações
• Expressando emoções
• Resumindo e organizando estratégias

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Anomalias de maxilo-mandibular
Desenvolvimento Duchenne, mucopolissacaridoses,
Complexo neurofibromatose tipo I, neoplasia endócrina
múltipla ripo 2B. em alguns casos já é observado
atrvés da ultrassonografia.
Anomalia: particularidade ou condição do que é
• Causas adquiridas: pacientes edêntulos,
anômalo, fora do comum, característica desigual ou
amiloidose, mexedema, acromegalia, angiodema,
falta de regularidade.
miastenia grave, esclerose lateral amiotrófica,
Normal: de acordo com a norma , regra comum, de que carcinoma e outros tumores
ocorre naturalmente ou de maneira habitual.
→Microglossia
Anomalias de desenvolvimento na língua
→Anquiloglossia

• Tecido fibroso entre o ventre da língua e o soalho


bucal
• Rara
• Doença periodontal
• Síndromes
• Tratamento: cirúrgico
• Fenda palatina
→Macroglossia • Hipoplasia de mandíbula
• Tratamento cirurgia +ortodontia

→Tireoide lingual

• Língua maior que o normal


• Causa hereditárias ou congênitas: malformações
vasculares, linfangioma, hemangioma, hemi-
hiperplasia, cretinismo, síndrome de Beckwith,
síndrome de Down, distrofia musculares de
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• Rara • Zonas múltiplas de eritema, bem demarcadas por
• +comum em mulheres halo branco amarelado
• Nódulo séssil • Pode ter ardência
• 2-3 cm • Pode estar associado:
• Região do forame cego (por onde a tireoide deve o Língua sulcada/fissurada
descer durante sua formação – se desenvolve na o Atopia
base da língua, migra anteriormente passando por o Psoríase
dentro do osso hióide até ficar anterior a traquéia)
→Língua crenada
• Tratamento cirúrgico
• Pode ser necessário terapia de reposição hormonal. • Ou edentada
• Pressão excessiva da musculatura lingual sobre
→Língua sulcada/fissurada
superfície dental
o Marcas deixadas pelo contorno dos dentes
na borda da língua
• Macroglossia
• Apneia obstrutiva do sono

→Variscosidades

• 5% da população
• Mais notada com aumento da idade • Vasos dilatados e sinuosos
• M=F • Mais comum em pacientes com mais idade
• Hereditária • Ventre de língua, assoalho, lábios e mucosa jugal
• Dorso e lateral de língua • Múltiplas, elevadas ou papulares azuladas
• Pode ter ardência associado • Trombosadas: nódulos firmes

→Língua geográfica →Papila Foliácea

• Papila foliácea aumentada por reação a agressões


locais
• Atrofia epitelial

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→Língua pilosa →Fossetas da comissura labial

• Falha embriológica na fusão do processo maxilar e


mandibular
• Mais comum em homens

→Leucoedema

• Aparência semelhante á pelos


• Acúmulo acentuado de queratina nas papilas
filiformes do dorso lingual
o Aumento da produção de queratina
o Decréscimo na descamação da queratina
normal • Acúmulo de fluído nas células da camada espinhosa
• Fumantes, debilitação geral, higiene oral deficiente, do epitélio
drogas que induzam a hipossalivação, histórico de • Desaparece quando o tecido é tracionado
radioterapia na região de cabeça e pescoço • Bilateral
• 0,5% dos adultos • Assintomático
• Pode ocorrer em casos de depressão em que o • Aspecto difuso, translúcido, acinzentado (como
indivíduo não realiza higiene adequada. névoa)

→Linha alba
Anomalias de desenvolvimento
lábio e mucosa jugal
→Grânulos de fordyce

• Glândulas sebáceas ectópicas


• Não tem indicação de tratamento, apenas
cosmético
• Laser de CO2 e terapia fotodinâmica são relatadas • Linha branca mucosa jugal
como efetiva • Paralela a linha de oclusão
• Prognóstico excelente • Relacionada a áreas dentárias
• Assintomática
• Apresenta-se em geral bilateralmente
• Não é removível a raspagem

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→Lábio duplo →Tórus mandibular ou maxilar

• Dobra da mucosa labial interna que ao sorrir


promove aspecto redundantes
• Aumento do número de glândulas salivares
• Sintoma quando há trauma na mucosa
menores em mucosas labiais ou de sua localização
• Lobular, nodular ou irregular
mais superficial
• Tipicamente bilateral
Anomalias de desenvolvimento em • Recoberto por mucosa sem alteração
• Observados em RX
palato e rebordo alveolar/gengiva • Remoção em pacientes edêntulos caso haja
→Úvula bífida interferência na prótese

→Pigmentação melânica racial

• Manifestação frusta de fenda palatina


• Prevalência mais elevada que a fenda palatina • Melanose
• Mais comum em asiáticos e norte-americanos • Em outras áreas da boca – até na língua
• Acastanhadas e difusas
→Tórus palatino

• Crescimento benigno de desenvolvimento


• Linha média do palato duro
• 20% da população (especialmente asiáticos)
• Surge após puberdade
• Recoberto por mucosa sem alteração

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Lesões brancas e pigmentadas • Afeta várias superfícies mucosas
Da Cavidade Bucal • Tratamento não há

→Hiperceratose friccional (traumática)


Lesões brancas são derivadas da dispersão da
luz através de uma superfície alterada. • Ocorre em áreas de trauma crônico
• Borda lateral de língua
Etiologia: aumento da camada de queratina, acantose, • Mucosa jugal
edema intracelular dos queratinócitos, diminuição da • Rebordo alveolar edêntulo
vascularização do TC subjacente. • Tratamento remoção da dependência e adaptação
Classificação lesões brancas da prótese

• Condições hereditárias →Estomatite nicotínica


• Lesões reacionais • Relacionada ao tabagismo
• Desordens potencialmente malignas • Charuto, cachimbo e cigarro
• Outras lesões brancas • Carcinógenos do tabaco e o calor
• Lesões branco-amareladas não epiteliais • Palato
→Leucoedema • Tratamento suspender o uso do tabaco

→Leucoplasia pilosa

• Etiologia: Epstein Barr Vírus (HHV-4)


• Estrias, corrugações verticais
• Borda lateral de língua
• Imunossuprimidos
• Tratamento desnecessário

→Líquen plano

• Processo imunologicamente mediado


• Mulheres adultas
• Edema intracelular na camada espinhosa • Formas: reticular, erosivo, bolhoso e placa
• Raça negra • Locais preferenciais: mucosa jugal e língua
• Predisposição genética • Desordem potencialmente maligna
• Tratamento desnecessário • Tratamento sintomático:
→Nevo branco esponjoso o Corticoesteroides tópico:
Betametasona elixir 0,1mg/mL
bochechar 5mL/3 min/ 2x dia
o Antifúngico (coinfecção): Nistatina
100.000U/mL bochechar 5mL/3 min/
2x dia
o Proservação

→Candidose
• Condição hereditária
• Mutação dos genes que codificam as CK 4 e 13 • Candidose ou candidíase
• Idade precoce • É a infecção fúngica mais comum em humanos
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• Etiologia Candida sp
• Oportunista (ubíquos)
Lesões Pigmentadas
• Formas clínicas variadas Classificação: lesões melanocíticas (endógeno) e lesões
→Queilite Actínica não melanocíticas (exógeno)

• Radiação ultravioleta (UVA e UVB) Lesões melanocíticas


• Acima de 45 anos de idade
• Vermelhão do lábio inferior →Nevo melanocítico
• Profissionais expostos ao sol
• Pele e cabelos claros
• Tratamento: protetor solar (FPS30), proservação, e
em casos avançados vermelhectomia

→Leucoplasia

• Etiologia: tabaco e álcool, MO (cândida e HPV),


deficiência de ferro e vitamina A
• Características clínicas: gênero masculino, > 40 anos • Mácula ou pápula
de idade, aparência clínica variada • Solitária
o Homogênea: delgada, plana e • Oval ou redonda,
uniforme na coloração • Marrom azulada ou negra
o Não homogênea: verrugosa (verrugosa • Palato duro ou mucosa jugal
proliferativa) ou eitroleucoplasia • Variantes histopatológicas: congênito, em halo,
(salpicada e nodular) juvenil benigno e azul
• Tratamento dependo do diagnóstico • Diagnósticos diferenciais: mácula melanótica,
histopatológico: cirurgia, radioterapia e tatuagem por amálgama, melanoma em fase inciail
proservação.
• Prognóstico: transformação maligna em quase →Melanoma oral
100% dos casos.

• Etiologia: lesão melanocítica benigna (precursora)


ou dinovo
• Raro e agressivo
• Raça branca
• Faixa etária: 50-55 anos de idade
• Crescimento: radial e vertical

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• Características clínicas: assimetria, bordas
irregulares, coloração em matizes, diâmetro >6mm
e evolução.
• Tratamento: cirurgia associada ou não a
quimioterapia
• Prognóstico desfavorável

Lesões não melanocíticas


→Tatuagem por amálgama

• Mácula
• Coloração negra, azul ou cinza
• Gengiva ou mucosa alveolar
• Limites precisos

→Pigmentação relacionada ás drogas

• Agentes quimioterápicos (ciclofosfamida, 5 –


fluorouracila), HAART ( terapia anti-retroviral
altamente ativa ) = HIV+, agentes antimaláricos =
lúpus eritematoso e artrite reumatoide.
• Características clínicas dependem da drogra
• Predileção pelo gênero feminino
• Local: gengiva inserida e mucosa jugal
• Ocorre também na pele
• Diagnósticos diferenciais: pigmentação melânica
racial
• Tratamento desnecessário, desaparecem com a
suspensão da droga
• Prognóstico favorável.

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Doenças infecto-contagiosas
Bacterianas

→Sífilis

• Infecção crônica mundial


• Treponema pallidum
• Incidência
• Transmissão: contato sexual, sangue contaminado e →Sífilis congênita
vertical (mãe para filho)
• Infecção transplacentária
• Fases:
• Tríade Hutchinson : dentes de hutchinson
o Primária: incubação inicial 3 a 90 dias após a
(superfície com numerosas projeções globulares,
exposição, genitália externa e ânus, lesão
coroas afinando em direção as bordas incisais),
principal cancro / protossifiloma =lesão
ceratite ocular intersticial e surdez.
solitária, pápula /úlcera mais comum
mervelão, mucosa de lábio e língua, cura de 3 Diagnóstico sífilis
a 8 semanas, microlinfoadenopatia bilateral
indolor. • Sorológico: VDRL e FTA-ABS
o Secundária: primeira e secundária podem se • VDRL + FTA-ABS + : Sífilis (OS DOIS POSITIVOS)
associar, disseminação por sangue e linfa, • VDRL + FTA-ABS - : Outra doença
semanas ou meses após a infecção inicial, • VDRL - FTA-ABS + : Doença recente, terciária ou
sintomas sistêmicos – linfoadenopatia indolor, tratada
dor de garganta, afonia, mal-estar, cefaléia, • VDRL - FTA-ABS - : Não é sífilis
perda de apetite e peso, febre baixa, dor • Exames específicos permanecem positivos para a
muscular, lesões cutâneas (máculo-pauplar vida Imunofluorescência indireta (FTA-ABS), de
difusa e indolor). Lesões bucais: placas glutinação (TPHA, TPPA MHA-TP) Limita sua
mucosas, reação dos tecidos ao espiroquetas, utilidade no diagnóstico de uma segunda
comuns, altamente contagiosas, placa cinza ocorrência de infecção
pálido e esbranquiçada, podem ulcerar e /ou • Reinfecção deve ser demonstrada em tecido ou
coalescer, podem ter sensibilidade, única ou exsudatos
múltiplas, resolução espontânea de 3 a 12
Tratamento sífilis
semana e tem recidiva. Pode apresentar
condiloma lata: múltiplos, nódulos • Encaminhamento para o infectologista
infitados/firmes, ligeiramente papilares, raros • Avaliação e abordagem terapêutica individual com
em boca, assemelham-se a papilomas virais. antibióticos (penicilina)
o Terciária: arterite (destruição da parede dos • Preservação sorológica: seguimento através de
vasos), SNC, ossos e articulações, inflamação exames sorológicos, cura clínica e sorológica: após
granulomatosa: goma = lesão endurecida dois anos da vigência do tratamento
nodular ou ulcerada, evolução rápida e raras.
→Tuberculose

• Doença infecciosa crônica granulomatosa


• Hipersensibilidade tipo IV
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o Mycobacterium tuberculosis lentamente rodeadas por manchas amareladas
o Mycobacterium bovis (sinal de Trélat), gengivite granulomatosa,
o Mycobacterium avium proliferativa, difusa, hiperêmica, com formação de
o Mycobacterium intracellulare nódulos e pápulas.
• História familiar e socioeconômica • Diagnóstico: biópsia e PPD
• Incidência • Tratamento: excisão cirúrgica, associação de drogas
antibióticas por longos períodos e pode recidivar
• Vacina Bacilo de Calmette Guerin (BCG) – eficaz na
infância

→Actinomicose

• Não é fúngica
• Não contagiosa
• Saprófita
• Actinomyces SPP – anaeróbia facultativa gram +,
comum na flora endógena da cavidade bucal.
• Dente desvitalizado
• Teste tuberculínico: injeção do PPD intradérmico • Alvéolo pós-extração
(derivado proteico purificado PPD) é injetado em • Lesão em tecido mole
uma área para determinar se a pessoa tem TB, • Bolsa periodontal
realizando a medição da reação local com uma • Redor de implantes dentários
régua. • Amígdala infectada
• Mais frequente: lesão periapical radiolúcida
• Indolor em 80% os casos ou dolorosa
• Fístula cutâneas
• Características clínicas: reação supurativa, grânulos
sulfúricos = grânulos de enxofre (pontinhos
amarelos), amarelados, representando massas de
bactérias. Osteomielite: radiolúcida mal-delimitada
com halo radiopaco, pode ser associada a
osteorradionecrose.
• As bactérias podem ficar incubadas e então serem
reati8vadas, se disseminar pelo sangue e causar
múltiplos focos – normalmente a reativação ocorre
em situações de imunocomprometimento.
• Região bucal: raro, adultos de meia idade,
tumefação de tonsilas e linfonodos regionais,
osteomieite, disfagia e disfonia
• Tratamento:
• Lesões primárias: gengiva e região de amigdalia, o Remoção da fonte original de infecção (cárie
úlceras indolores acompanhadas de linfadenopatia
ou dente impactado)
satélite, desaparecem entre 2 e 3 semanas sem o Debridamento cirúrgico: curetagem
deixar cicatriz o Drenagem do abscesso
• Lesões secundárias: língua, palato, lábios, mucosa o Remoção da fístula
jugal e gengiva, úlceras indolores que crescem
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o Tratamento medicamentoso: 2 a 3 semanas de
antibióticos, amoxicilina, clindamicina e
doxiciclina

→Hanseníase (lepra)

• Doença infeciosa crônica


• Mycobacterium lepra
• Baixa infectividade
• Contágio de indivíduo para indivíduo, geralmente
em convivência prolongada
• Queda da incidência
o Tuberculóide: doença localizada

o Lepromatosa: proliferação ulcerada com


resolução por fibrose

• Cavidade bucal: raro, multibacilar, pápulas ou


nódulos firmes, ulceração e necrose.
• Diagnóstico: técnica de biologia molecular, MO nos
esfregaços e biópsias, encaminhamento para
infectologista.
• Tratamento: 6-24 meses de rifampicina, dapsona e
clofazimina.

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→Herpes recorrentes

De Doenças
origem viral • Local de inoculação primária ou áreas

infectocontagiosas adjacentes Supridas pelo gânglio envolvido:


pode se utilizar antivirais nessa fase, pois irá
expedir dele se replicar. Quando há Vesículas já
se replicou.
• + comum vermelhão e adjacência lábio
• Sinais e sintomas prodrômicos (6-24h)

→Citodiagnóstico

• Pode se realizar também citologia esfoliativa


para o diagnóstico: rompe a vesícula com uma
agulha e coleta a secreção com o citobrush
através de esfregão (mais fácil)
• Apresenta células parasitárias com aumento de
volume, múltiplos núcleos “empactotados",
além de células Inflamatórias

Herpes Simples (HSV)


→Paranicio herpético

Ocorre em volta da unha :

→Gengivoestomatite hermética aguda

• 6 meses a 5 anos
→Tratamento
• Pico entre 2 e 3 anos
• Linfadenopatia regional • Gengivoestomatite herpética aguda: ▪
• Calafrios,febre,náusea sintomático – tratamento: hidratação é muito
• Lesões bucais importante , alimentos mais pastoso
• Vesículas puntiformes • Herpes recorrente: paciente
• Ulcerações rasas e irregulares imunocomprometido, episódios + de 6 ao ano,
• Erosões ao longo da gengiva marginal livre eritema multiforme – tratamento: antiviral
• 5-7 dias ou até 2 semanas sistêmicas (aciclovir)
• Laser

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• Tratamento: banho com permanganato de
potássio antisséptico, com ação antibacteriana
e antifúngica, indicado para auxiliar a secar
apele, aliviar a coceira e facilitar a
• Cicatrização.

→ zoster (zona ou cobreiro)

• Latência gânglio espinhal dorsal


• Fatores predisponentes para reativação
• Precedido por dor intensa (área inervada pelo
nervo sensitivo afetado)
• Queimação, ardência e prurido
• Não atravessa a linha mediana
• Tronco, cabeça e pescoço
• dor pode ser mascarada
• Relatos de necrose óssea e perda dentes
• cicatrização hipo ou hiperpigmentação
• neuralgia pós herpética + de 3 meses
• Às vezes, observado com linfomas e
imunodeficiência
• antipirético sem aspirina e difenidramina para
prurido
Varicela-Zoster Vírus (VZV) • antivirais + eficaz se administrar no período de
72h após 1a vesícula
→Varicela (catapora) • Corticóide reduz inflamação neural
• Infecção primária vzv • As taxas de mortalidade por herpes zoster mais
• 5-9 anos elevadas nas mulheres em todas as faixas
• Sintomática etárias e países. A incidência de complicações
(neuralgia pós-herpética, herpes zoster
• incubação 10-21 dias, média 15
oftálmico, síndrome de ramsay hunt) foi maior
• Exantema pruriginoso
na população imunossuprimida em
• Erupções face, corpo, extremidades
comparação à população imunocompetente
• Eritema, vesícula, pústula, crosta
• Tratamento: aciclovir 200mg a cada 6h e laser
• “gota de orvalho em uma pétala de rosa”
• Vacina mmr
• Erupções 4 dias
Paramixovírus
• exantemas 7 ou mais →Sarampo
• infectante 2 dias antes do exantema até crosta
• + grave em adultos • Primavera
• Lesões bucais podem preceder as de pele, em • gotículas de respiração
palato e mucosa jugal • incubação 10-12 dias
• Tratamento de suporte • sintomas prodrômicos
• erupção cutânea exantematosa 4-7 dias

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• 1º estágio: febre e 3 primeiros dias: coriza,
Tosse, conjuntivite
• manchas de koplik “grãos de sal” em um Fundo
vermelho
• 2º estágio: febre e erupção maculopapular
Eritematosa difusa face com disseminação
• 3º estágio: febre termina e erupção começa A
desaparecer – pigmentação acastanhada,
Descamação
• morte em casos de pneumonia e encefalite
• maioria leve e subclínica
Aguda
• região posterior palato mole ou pilar tonsilar
• candidíase, gun, hipoplasia do esmalte
• mácula vermelha, vesícula frágil que
descendente para tronco e extremidades
rapidamente Ulcera
→Parotidite endêmica - caxumba • sintomas sistêmicos regridem em poucos dias

• Incubação, geralmente 16 a 18 dias →Doenças das mãos, pés e boca


• contágio desde primeiro dia antes de
• Exanthema viral causado por coxsackie
• Alteração clínica, até 14 dias após
• A16 e enterovirus 71
• Resolução
• febre, pápulas doloridas e vesíclas nas
• 30% subclínica
Extremidades e genitalia
• febre baixa, cefaleia, mal estar, anorexia,
• enantema envolvendo ulceração da boca,
Mialgia
• Palato e faringe
• Afeta principalmente as glândulas salivares
• Sintomas semelhantes a da gripe
maiores
• lesões bucais precedem as cutâneas
• Sintomas prodrômicos
• cutâneas: máculas eritematosas, Vesículas e
• + parótida
cicatrizam sem formar crosta
• desconforto e tumefação
• aumento de volume 2-3 dias
• dor – mastigação e estimulação secreção salivar
• Unilateral 25%
• epididimorquite 25%, ooforite e mastite
Menos frequente
• 1⁰ trimestre da gestação - aborto
• tratamento paliativo (sem aspirina)
• evitar alimento e bebida ácida, repouso

Enterosviroses -
coxsackievírus
→Herpangina

• Fase aguda dor de garganta, disfagia, febre


• Significativa
32
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não consegue levar o sistema de defesa até o
Doenças
Fúngicas e Parasitárias local necessário.
• Idade: idosos sofrem com competência
infectocontagiosas •
imunológica prejudicada
AIDS
Fungos: eucariontes, uni ou pluricelulares, parede • Quimio e radioterapia: diminui a proliferação
celular com quitina, hetrotóficos ou heterotróficos celular (atrofia celular) que leva a mucosite,
ocorre alteração da medula óssea,
Parasitas: relação entre parasita e hospedeiro, na qual pancitopenia = maior susceptibilidade á
o hospedeiro é prejudicado. hetrotróficos ou candidose.
heterotróficos, eucariontes, uni ou pluricelulares, • Pênfigo
porém não possuem parede celular e sim membrana • Transplantados que utilizam corticoides
celular.
Fatores predisponentes para candidoses bucais não
Fúngicas imunológicos

• Antibióticos e álcool e colutórios: combatem as


→Candidose
bactérias - microbiota, não tendo com quem os
É um MO condensal, pois vive na nossa fungos competirem por espaço - anatagonistas,
microbiota, e só se torna patológico quando a de modo que eles consigam espaço
imunocomprometimento, principalmente humoral. Em • Contraceptivos
casos mais avançados pode ocorrer candidemia – o • Tabagismo, diabetes tipo II, anemia e
organismo migra pela corrente sanguínea e afetas neutropenia, endocrinopatias: diminuem a
outros órgãos, podendo levar a morte. resposta imune
• Má higiene
• Dimorfico: hifa(patógeno) e levedura
• Próteses
• Se torna patogeno quando precisa produzir
• Xerostomia e hiposialia: a baixa produção de
enzimas para ultrapassar a camada córnea e
saçiva irá diminuir o fluxo de saliva que poduz
para se aderir as áreas penetradas por ele.
limpeza = maior retenção d cândida, o pH irá
Patogênese cair pois não haverá o sistema tampão da saliva
= maior adesão, ocorre redução dos
Fatores predisponentes para candidoses bucais
componentes antibacterianos como a lizosina,
imunológicos
e juntos causam maior produção da cândida.
• Corticóides: causam uma supressão a resposta • Hospitalizados
imunológica celular e humoral
• Corticoides: causam uma supressão da resposta Formas clínicas
imunológica celular e humoral e as respostas
inflamatórias →Pseudomembranosa
• Neoplasias: lipomas e leucemias afetam o
• Fora mais frequente
sistema imune.
• Formação de placas ou pápulas coalescentes
• Diabetes tipo I: aceleram a produção de AGEs
• Aspecto cremoso
que promovem uma queda na sua capacidade
• Removível a raspagens com petéquias
de resposta, a microcirculação fica afetada e
hemorrágicas abaixo dela

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• Recém nascidos podem ter por conta do parto • Bochecho de nistatina UI/ml 3x ao dia
normal, pois pegam os fungos na vagina da mãe • Queilite angular: Cetoconazol 20mg +
e são imunocompetentes = sapinho Dipropionato de Betametasona 0,64mg +
Sulfato de Neomicina 2,5mg – pomada OU
→Eritematosa
Clotrimazol 10mg/g - creme dermatológicot
• Pode ser atrófica aguda ou estomatite protética
• A aguda não tem relação com a prótese
• A protética esta tanto no epitélio quanto na
prótese – não remove a prótese ou não
Paracoccidioidomicose
higieniza, ou não teve uma polimerização • Raramente infecta mulheres: pois o estrógeno
adequada da prótese, ficou porosa e não da mulher raramente permite que o fungo se
permite higienização. transforme e levedura e vire patógenos
• Queilite angular: a perda de DV devido a • A resposta granulomatosa ocorre no pulmão
prótese má adaptada acumulando salito = • Se transmite pelo solo – inalada ou aspirada
região quente e úmida propicia para cândida.
• Afeta linfonodos
Também leva a anemia, má nutrição e
• Úlceras crônicas, morifórmicas (forma de
hipovitaminose
amora), múltiplas na boca, mobilidade dentária
• Glossite romboide mediana: centralmente na
• Diagnóstico diferencial: carcinoma
língua, levando a despapilação = lesão beijada
espinocelular
que é uma mesma lesão no céu na boca.
• Coloração especial: TSA ou prata, avaliar
→Hiperplásica presença de microscopicamente de fungo =
tratamento médico
• Pode ser confundida com leucoplasia
• Tratamento longo, cerca de1 ano
(diagnóstico diferencial), sendo necessário
fazer prova diagnóstica: tratar primeiro como
candidose.
• Não é removível a raspagem : inamovível Mucormicose
• Epitélio hiperplásico
• Rhizopus oryzae
Tratamento • Diabético ou hipertenso, imunocomprometidos
• Investigar doenças de base (HIV+, COVID)
• Profilático: imunodeprimidos • Contágio por inalação
• Antifúngicos sistêmicos durante tratamento de • Hifas
câncer • Úlceras extensas
• Tratamento profilático: Orientar condições de • Comprometimento ocorre muito rápido, cerca
higiene oral e da prótese, suporte nutricional de 2 semanas
• Usuarios de protese: tirar durante a noite, • Tratamento deve ser rápido preciso e é médico
higienizar a prótese com as escovas próprias, -------------------------------------------------------------------
colocar de molho por 15 min e um copo de água
com 1 colher de hipoclorito ou vinagre – não
dormir com a prótese.
Parasitárias
• Bicarbonato de sódio 2% em água morna (1 →Histoplasmose
colher) , bochechar 3x ao dia – copo de café

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• Intracelulat
• Inalação do esporo, solos contaminados por
excrementos de gato, cachorro e morcego
• Imunodeprimidos
• Úlceras semelhantes as que o carcinoma
espinocelular promove = diagnóstico
diferencial, realizar biópsia, e exige uma
coloração especial ou realizar teste sorológico
• Tratamento médico com antifúngicos

→Leishmaniose

• Endêmica próxima a matas


• Picada de mosquito
• Primeiro vermelhidão no local da picada e
depois se move
• Ulcerovegetante – com coloração semelhante a
mucosa adjacente, tem preferência por palato
e septo nasal = nariz e lábio caem = face de
tapir/anta.
• Biópsia e teste sorológicos, ou teste de
Montenegro
• Tratamento é médico.

→Larva Migrans

• Ciclo de vida em gato e cachorros, no ser


humada fica circulando no subcutâneo
• Alto limitante, porém pode se acelerar utilizano
ivermctina 12mg uma vez por dia
• Bicho de areia/ bicho geográfico
• Contato com a larva presente na área por
exemplo
• Aspecto serpentinoso = edema do caminho por
onde a larva percorreu

→Míase - berne

• Respiração bucal, lábios incompetentes,


fraturas maxilares
• Mosca pousa e deposita larvas
• Tratamento: mergulhar rolete de algodão em
terebintida fazendo com que as larvas saiam
possam ser removidas com pinça, e irrigar com
soro, em alguns casos ivermectina 6mg 1x por
dia e antibióticos

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• Dupla secagem
AIDS • Testes imunoenzimáticos que detectam o
anticorpo contra o HAV 1 e 2 ou o antígenos p24
É uma doença retroviral caracterizada por • Etapa I e II positivo
imunossupressão severa que leva ao aparecimento de
infecções oportunistas, neoplasias secundárias e →Diagnóstico de AIDS
manifestações neurológicas – morrem em decorrência • Contagem de células CD4 menor que 200 – um
de outras doenças imunocompetente fica entre 800 e 1200
→Transmissão • Presença de doenças características de AIDS

Contato sexual, inoculação parenteral, mãe e feto(maior


chance de contato durante o parto, pois durante a
Manifestações bucais mais
gestação a cĺula CD4 não ultrapassa a barreira frequentes
placentária apesar da circulação de mãe e feto serem a
mesma) Grupo 1: lesões fortemente associadas á infecção pelo
HIV
Presente em sêmen, saliva, fluídos corporais.
Grupo 2: lesões mens comumente associadas á
No sangue seco o vírus pode sobreviver por até 72h.
infecção pelo HIV
→Etiologia
Grupo 3: lesões vistas na infecção pelo HIV
Existe do tipo 1 espalhado pelo mundo, e o tipo 2 mais
→Grupo 1
concentrado na África oriental
• Candidose (eritematosa, pseudomembranosa e
Chamado de retrovírus por possuir duas fitas de RNA.
queilite angular) – pseudomembrana e não
As proteínas gp120 e gp41 são responsáveis por placa
identificar as células CD4, levando a brotamento na o Medicamento antifúngico tópicos (3x
célula CD4, ou seja, o vírus se camufla, e quando se tem ao dia)
brotamento em toda superfície da células CD4 ela irá o Medicamentos sistêmicos: cetoconazol
morrer por exaustão, por isso sua contagem é baixa. 200mg 1 por dia ou fluconazol 100mg 1
vez ao dia de 7 a 14 dias
→Fases da infecção
• Leucoplasia pilosa oral
Fase aguda: 3-6 semanas pós-incubação. Sintomas: dor o HHV-4
de garganta, mialgia, febre, erupção cutânea e o Lesões brancas com estrias ou
linfadenopatia. crrugações verticais em borda lateral
de língua
Fase crônica: perda contínua de células CD4, mas o Só trata se o paciente se sentir
grande parte é substituída – renovação viral intensa. incomodado
Muitos são assintomáticos ou linfadenopatia o Aplicação tópica de ácido retinóico
persistente e infecção oportunista. 0,05% ou queratolítico (podofilina 25%)
Fase de crise: fase da doença clínica (AIDS), Infecções o Geralmente a regressão com o uso de
oportunistas graves, neoplasias secundárias e coquetel
manifestações neurológicas. • Sarcoma de kaposi

→Diagnóstico da HIV (presença do vírus)


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o Neoplasia maligna multifocal (tronco, o Droga 1: impede o reconhecimento da
braço, cabeça e pescoço) de origem de célula CD4 pelo vírus
células endoteliais o Droga 2: impede a transcriptase para
o Arroxeadas e sangrastes , que podem o Droga 3: impede que entre no núcleo
evoluir para nódulos o Droga 4: impede o brotamento de
o HHV-8 novos vírus
o Tropismo por viver no trato
Conduta diante do paciente soropositivo antes do
retrogastrointestinal
tratamento odontológico
o 22 1º sinal na boca: palato, gengiva
o Tratamento TLS (tamanho, localizaçao e • Verificar imunidade
• Contagem de célula CD4 e CD8
envolvimento sistêmico), em alguns
• Carga viral
casos a HAART regride a doença. • Empatia
Cirurgias e agentes esclerosantes.
• Linfoma de hodgkin
o HHV-4
o Gengiva posterior, orofaringe
o Menos que 100 CD4 por mm3
o Nódulo sangrante, exuberante de
crescimento rápido ou úlcera
necróticas em região de palato
• Doença periodontal
o Eritema gengival linear: linha vermelha
sem presença de biofilme – gluconato
bochecho 2x ao dia e nistatina
o Gengivite/ periodontite necrosante
(focal) com pouca presença de biofilme
– debridamento cirúrgico,
metronidazol e tetraciclina.

Tratamento antiretroviral
altamente ativa (HAART)
• Contagem de CD4 de 350 células por mm3
• Uma vez começada nunca será interrompida
• Combinação de diferentes inibidores
enzimáticos
• Redução da incidência de lesões oportunistas e
aumento de lesões causadas por HPV
• Combinação de pelo menos 4 drogas com
atividades diferentes:

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Fibromas gengivais
• Crescimento gengival generalizado
• Associado ao biofilme (inflamação que causa
proliferação fibrosa associada a fatores
São lesões reativa a traumas, acúmulo de sistêmicos)
biofilme e outras causas. • Causas: hereditárias/síndromes, medicações,
alterações hormonais, idiopática.
Hiperplasia fibrosa inflamatória
→Fibromatose gengival hereditária
• Lesões proliferativas de natureza inflamatória
• Clinicamente por hipertrofias teciduais • Condição rara
• Sinônimos: epúlide fissurada, epúlide por • Padrão de hereditariedade autossômico
dentadura, hiperplasia por trauma de dominante e recessivo
dentadura, pólipo fibroepitelial • Os primeiros sinais clínicos de HGF manifesta-se
• Proliferação de tecido conjuntivo devido ao uso no período de dentição decídua
de próteses mal adaptadas • Característica mais proeminentes é uma zona
• Trauma crônico de baixa intensidade: oclusão, extremante ampla de gengiva queratinizada
prótese mal adaptada • Compromete estética, fonação e alimentação
• Características clínica diversa • Ambos os sexos
• Adultos e idosos • +aumentados em palatinos
• Remoção do trauma para reduzir inflamação • E alguns casos envolvem grupos de dentes
• Cirurgia para remoção • Padrão distinto no rebordo alveolar posterior
• Confecção de nova prótese • Retenção prolongada da dentição decídua
• Casos leves:
Hiperplasia inflamatória papilar o Raspagem + alisamento radicular
(papilomatosa por dentadura) +controle do biofilme
• Casos avançados:
• Prótese mal adaptada
o Cirurgias periodontais + controle do
• 20% do paciente que fazem uso contínuo
biofilme
• Raro sem prótese: respirador bucal, palato
ogival →Hiperplasia gengival associada ao medicamento
• Associado a cândida em pacientes HIV+
• Aumento do tecido gengival de maneira local
• Assintomática, superfície pedregosa (sagu em
ou generalizada com inicio na papila interdental
alguns casos) ou papilar
e acomete tecidos marginais
• Confecção de nova prótese orientação de uso
• Firme a palpação – tecido fibroso
• Terapia antifúngica se for o caso
• Anticonvulsivantes: Macrófagos, tecido
• Cirurgia para retirada do tecido hiperplásico em
conjuntivo, após a ingestão da FENITOÍNA
casos mais avançados.
passam a secretar grandes quantidades do fator
de crescimento derivado de plaquetas (PDGF-
β), levando a síntese de colágeno e aumento
gengival e ósseo = maior prevalência na

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vestibular , mandíbula > maxila, +jovens e • Assintomático, sangra facilmente
crianças. • 75% gengiva (+ superior, anterior, vestibular)
• Imunossupressores (doenças autoimunes e • Tratamento cirúrgico e remoção de fatores
transplantados): 400mg ciclosporina A pode ser etiológicos locais
notado crescimento gengival, já o de 700mg • Ocasionalmente recidiva
todos apresentam crescimento gengival,
associado ao biofilme levam ao aumento da
secreção do PDG-B = as medidas e controle de
placa não previnem o crescimento, mas
melhoram as condições gengivais.
• Bloqueadores dos canais de cálcio (hipertensão
arterial, insuficiência coronária crônica e
arritmia) : exemplos Nifedipina, Verapamil,
Diltiazem e Felodipina, Crescimento gengival
firme, séssil,avermelhado, sangramento com
facilidade ao toque; Presença de muita
inflamação; Controle do biofilme é condição
essencial para prevenção dessa hiperplasia.
Lesões de Células gigantes
→Lesão periférica de células gigantes

• Exclusivamente gengiva ou rebordo alveolar


edêntulo
• Nódulo séssil ou pediculado, de coloração varia do
vermelho ao vermelho azulado
• Maioria menos de 2cm; ocasionalmente lesão
grande

Granuloma piogênico
(hemangioma capilar lobular)
• Resposta tecidual a uma irritação local ou trauma
• + comum crianças e adultos jovens
• + sexo feminino (hormônios)
• Gestação (granuloma gravídico): aumento níveis • Semelhante ao granuloma piogênico
estrógeno e progesterona ⃰algumas resolvem • Qualquer faixa etária (1a à 6a década de vida, média
espontaneamente após parto 4a)
• Epúlide granulomatosa pós exodontia • 60% em mulheres
• Lábios, língua e mucosa jugal, pele • + mandíbula
• Nódulo pediculado ou séssil, superfície lisa ou • Reabsorção óssea frontal em forma de taça
lobulada, ulcerada, avermelhado ou púrpura • Raro em paciente com hiperparatireoidismo
• Tamanho variado →Lesão central de células gigantes
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• 2-80 anos • Ocorre exclusivamente na gengiva
• maioria antes dos 30 anos • Nódulo séssil ou pediculado, coloração vermelho
• + mulheres ao rosa, superfície frequentemente ulcerada,
• 70% mandíbula (frequentemente cruzam linha tempo de evolução semanas ou meses
média) • Maioria menos de 2cm
• mais comum região anterior • predominantemente adolescentes e adultos
• pode ser achado radiográfico jovens, pico de prevalência 10-19anos
• expansão assintomática • + mulheres
• minoria dor, parestesia, perfuração da cortical óssea • + região anterior da maxila, + de 50% região de
• não agressivo / agressivo incisivos e caninos
• Rx: rl. uni ou multilocular, geralmente bem • rx: calcificações
delimitado, comumente sem bordas corticais • tratamento cirúrgico (em nível subperiosteal)
• tamanho variado até 10 cm dentes adjacentes devem ser raspados
• D.D. Radiografia • 8-16% recidiva
• uniloculares: cistos radiculares/granulomas
periapicais multiloculares: ameloblastomas Neuroma Traumático –
• Seus aspectos histológicos são idêntico ao tumor
marrom do hiperparatireoidismo: nesses casos Neuroma de amputação
deve ser averiguado a dosagem śerica de
• Proliferação pós transsecção ou dano ao feixe
paratormônio e a dosagem e de cálcio, fósforo e
nervoso
fosfatase alcalina = se houver alteração é tumor
marrom, se não houver alteração é lesão central de • A porção proximal regenera e reestabelece
inervação da porção distal
células gigantes.
• Curetagem; • Características clínicas:
o nódulo não ulcerado e de superfície lisa
• Lesões + agressivas e recorrentes = curetagem +
o + comuns região do forame mentoniano,
osteotomia periapical
língua, lábio inferior
• Tratamentos alternativos = injeção intralesional de
o intraósseo (nervo auricular maior, 5 a 10%
corticosteroides/calcitonina/interferon alfa/
pacientes submetidos cirurgia adenoma
bisfosfonatos e outros medicamentos
pleomófico Parótida)
• Taxa de recidiva = 11% a 49% (média de 20%)
• Crescimento de axônios através de tubos de células
• Lesões + agressivas apresentam + recidivas
de Schwann em proliferação
• Prognóstico favorável na maioria dos casos
• Pós exodontia ou cirurgia
• + adultos de meia idade
• 25% dor, que pode ser intermitente ou constante,
leve queimação até dor severa irradiada
Fibroma ossificante periférico • Nervo mentoniano - dor compressão prótese
• Tratamento cirúrgico
• Crescimento gengival relativamente comum
• Acreditam que alguns sejam decorrentes de
granulomas piogênicos que sofreram maturação
fibrosa e subsequente calcificação
• Produto mineralizado provavelmente de células do
periósteo ou ligamento periodontal
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• Fases avançadas: dor, sangramento (má
angiogênese devido ao crescimento rápido e
formação de necrose no centro das lesões) ,
disfagia (dificuldade de engolir) e
São divididas em 4 grandes grupos: emagrecimento
• Aumento de volume devido a invaginação nos
- Neoplasias epiteliais: epitélio de revestimento ou tecidos
glandular
- CEC de língua
- Neoplasias mesenquimais
• Mais comum em borda lateral de língua –
- Neoplasias neurais cuidado durante a biópsia com a artéria
profunda da língua
- Metástases para a cavidade bucal – raras (circulação
retrógada • Prognóstico desfavorável

- CEC d assoalho bucal


Neoplasias epiteliais de • Segundo tipo mais comum
epitélio de revestimento • Prognóstico desfavorável
• Linfonodos submandibulares metastáticos
→Carcinoma de células escamosas (epidermoide ... • Edêntulos a prótese não se adapta com o passar
do tempo
• 90% dos casos de neoplasias malignas na
cavidade bucal - CEC de gengiva e rebordo alveolar
• A CÉLULA MUTADA VEM DA CAMADA
ESPINHAL • Predileção por mulheres
• 5º mais frequente entre os homes no estado de • Região posterior de mandíbula
SP • Prognósticos mais favorável
• Maior risco de metástase em linfonodos - CEC de lábio
• Fatores e risco: fumo, HPV de alto risco (HPV 16
e 18) para a orofaringe, álcool, síndromes • Radiação ultravioleta
hereditárias (xeroderma pigmentoso, anemia • Lábio inferior
de fanconi – síndrome de Plummer Vison ou • Trabalhadores expostos ao sol
Paterson Kelly) • Perda do limite do vermelhão do lábio
• A deficiência de ferro influência na renovação • Úlcera, crosta
epiteliais, levando a uma atrofia , liberação de • Metástases incomuns: linfonodos mentonianos
carcinogênicos e a neoplasia maligna. • Prognóstico favorável
• 5º a 6º década e vida – 41 A 59 ANOS DE IDADE
- CEC de palato duro
• Fumantes e etilistas crônicos
• Sua apresentação clínica é diversa: várias cores, • Fases tardias
tamanhos, texturas • Sintomas iniciais disfasias
• Manifestações comuns: lesão nodular e /ou • Dor irradiada para o ouvido onorradial
ulceradda, crescimento sempre progressivo
- CEC de palato mole
geométrico (não diminui), bordas irregulares ,
endurecidos • Associado ao HPV
• Tratamento mais responsivo a radioterapia
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• Prevenção é a vacina

- CEC verrugoso

• Variação de baixo grau


• Associado ao fumo de mascar / tabaco sem
fumaça: normalmente é colocado no fundo de
sulco, local que vai fiando endurecido com
coloração branco amarelado.
• Prognóstico bom – raramente metastático
• Fica áspero, sem elasticidade

Camuflagens quase perfeitas


• Úlceras profundas ( paracocos, ulceração
eosinofílica – crônica, profunda com infiltração
de neutrófilos/eosinófilos e com colar
esbranquiçado (hiperqueratótico) ): periferia é
a porção que mais cresce para infiltrar
• Sialometaplasia necrotizante: necrose em caso
de uso de cachimbo.
• Papila foliácea hipertrófica

Biópsia
• Método definitivo – incisional
• Resultados negativos em pacientes suspeitos –
repetir a biópsia
• Área de eleição: área vermelha + branca +
normal ou a mais avermelhada + normal = fugir
de necrose
• Profundidade e em formato de cunha da
periferia (periferia prolifera mais na
profundidade para invadir)

Estadiamento – sistema TNM


Tamanho, número DE LINFONODOS e metástase.

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• Estágios da doença:
o Osteolítico: radiolúcido
o Cementoblástico: radiolúcido com depósitos
´ radiopacos com halo radiolúcido
o Maturado: mais áreas radiopacas com um
tem esse nome porque antes havia um osso normal que halo radiopaco
foi invadido por um tecido fibroso (hipodenso ou • Tem como subtipos:
radiolúcido), que com o tempo será substituído por o Periapical: associada a áreas apicais de
calcificações radiopacas ou hiperdensas = radiomista, dentes vitais, solitária ou múltiplas, 1cm,
seguida da evolução para uma lesão totalmente mandíbula – região anterior.
calcificada. o Focal: único sítio, região posterior de
mandíbula, áreas dentadas ou edêntulas,
Inclui lesões displásicas, neoplásicas e reativas. com 1,5cm em seu maior diâmetro.
Apesar de raro, pode ocorrer transformação em uma o Florida: multifocal, nos 4 quadrantes,
lesão malignada, normalmente de maneira tardia e em bilateral e quase simétrica, pode ser
pacientes que já fizeram tratamento radioterápico, expansiva, apresentar infecção secundária e
evoluindo para um osteossarcoma, de modo a ser cistos ósseos traumáticos. O osso displásico
acompanhado de maneira regular e por um longo não é reabsorvido – acumula bactérias e
período. infecciona -, por isso em casos de perda
dentária o osso alveolar será reabsorvido
Displasia cemento-ósseo (atrofia) e sua altura diminuirá, levando a
uma osteomielite e com isso o osso displásico
• Lesão fibro-óssea não neoplásica mais comum dos fica exposto (infecção secundária), levando a
maxilares sequestro ósseo e fístula. Por isso nesses
• Predileção por mulheres negras de meia idade casos o ideal é mexer o menos possível, e sim
• Assintomático – radiografia de rotina promover saúde, para que os dentes não
• Associadas a dentes vitais – não tem ralação com o sejam perdidos e levem a reabsorção do osso
dente alveolar, só em casos de sequestro que se
• Áreas edêntulas deve remover o fragmento e o pus , de
• Lesões geralmente não expansivas. maneira a deixar o osso sangrante e coaptar
• Limites bem definidos, com ligamento periodontal bem para que aqueles osso não fique
intacto, halo radiolúcido e lesão não fundida a raiz exposto.
do dente o Florida cemento-ósseo familiar: é possível
observar que tem caráter genético, com
outros familiares apresentando a mesma
displasia. É mais precoce que a florida,
geralmente afeta a erupção dentária,
propenso a causar considerável expansão de
maneira difusa em múltiplos quadrantes e
assimetria facial.
• Diagnóstico: com aspectos clínicos e radiográficos,
com histopatológico apenas em casos atípicos.
• Tratamento: não requer remoção, não necessita de
tratamento e podem ser monitorados e
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acompanhados para evitar infecções secundários, e patológica e dor, não necessitando de tratamento
os dentes ficam vitais. quando há pouca deformidade ou alteração
funcional, e após estabilização realizar intervenção
Displasia Fibrosa cirúrgica. Sua remoção seria difícil por ser grande e
• Distúrbio de crescimento ósseo na qual o osso é de natureza difusa, e o tratamento cirúrgico é
substituído por osso anormal e tecido fibroso, com indicado após estabilidade em casos de grandes
proliferação excessiva de tecido conjuntivo deformidades ou alterações funcionais, para
entremeado por trabéculas ósseas irregulares. diminuir o risco de voltar a crescer após a cirúrgia.
• Etiologia – fatores genéticos • Tratamento da displasia poliostótica:
o Bifosfonatos e denosumab = Alívio da dor,
• patogênese: Ativação pós-zigótica no gene GNAS
(alterado) com interrupção da diferenciação da Melhora densidade óssea
linhagem mosteoblástica em osteoblastos maduros o Radiação : Contraindicado , Transformação
maligna ,Sarcoma pós-irradiação
• Associada a endocrinopatias na síndrome de
McCune-Albright
• Associada a mixomas na síndrome de Mazabraud
• Aumento de volume – assimetria facial
• Indolor
• Erupção dentária normal
• Distorção do arco a medida que a mandíbula se
expande
• Pode causar obstrução nasal, sinusite crônica,
compressão de nervos cranianos (deficiência visual
e perda auditiva Fibroma Ossificante Trabecular
• Crescimento da lesão tende a diminuir ou parar Juvenil
com a maturação esquelética –estabilidade pós
maturação esquelética  Neoplasia fibro-óssea benigna
o Monostótica: único osso  Caracterizada por trabéculas de osteóide celular e
o Poliostótica: vários ossos, normalmente tecido ósseo
associada a síndromes  Crescimento rápido
o Craniofacial: múltiplos ossos adjacentes na  Predileção pelos maxilares de crianças e
região craniofacial são afetados adolescentes
• Lesões iniciais podem ser radiolúcida/hipodensas  Afeta predominantemente os maxilares
• Evoluem para lesões progressivamente mais (maxila=mandíbula)
radiopacas ao longo do tempo  Raro
• Opacificação com aspecto de vidro despolido –  Etiologia: desconhecida
sobreposição de trabéculas ósseas calcificadas e  Características clínicas
desorganizadas o Expansão da mandíbula
• Mal delimitado – difícil determinar as margens o Geralmente indolor
• Estreitamento do ligamento periodontal e o Rápido crescimento
apagamento da lâmina dura. o Deslocamento dentário
• Tratamento: prevenção de perda de função devido o Podem causar obstrução nasal e epistaxe
a complicações como neuropatia óptica ou perda  Características imaginológicas
auditiva e na minimização de risco de fratura o Lesão radiolúcida/hipodensa ou mista

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o Bem definida o Recidiva
o Mais frequentemente unilocular o 30% dos casos após excisão cirúrgica
Menos frequentemente: perfuração  Tratamento
cortical e reabsorção radicular dentária o Ressecção
 Prognóstico o Enucleação mais curetagem ou ostectomia
o Recidiva periférica
o 4% após ressecção
o 53% após enucleação ou curetagem Cementoma gigantiforme familiar
 Tratamento  Lesão fibro-óssea benigna rara dos maxilares
o Ressecção  Caracterizada por início precoce e crescimento
o Enucleação mais curetagem ou ostectomia multifocal grosseiramente expansivo
periférica  Envolvimento multifocal em dois a quatro
Fibroma Ossificante quadrantes
 Rara
psamomatóide
 Etiologia: desconhecida
 OMS, 2022  Características clínicas
 Neoplasia fibro-óssea benigna do esqueleto o Expansão rapidamente progressiva e
craniofacial caracterizada histologicamente por indolor
ossículos esféricos o Deformidade significativa, distorção orbital
 90% ocorrem ao redor dos seios paranasais e da e possível comprometimento das vias
órbita aéreas devido a invasão e obstrução dos
 Etiologia: desconhecida espaços.
 Pico de incidência ocorre entre a segunda e a quarta  Característica imaginológica
décadas o Lesões radiolúcidas/hipodensas definidas e
 Características clínicas marcadamente expansivas com
o Geralmente assintomático, embora haja calcificações associadas
dor em alguns casos  Lesões frequentemente cruzam a linha média
o Aumento de volume  Prognóstico e tratamento:
o Crescimento rápido o Manejo cirúrgico desafiador
o Pode haver: obstrução nasal, epistaxe e o Rápido crescimento das lesões
distúrbio visual o Extenso envolvimento dos maxilares
 Características imaginológicas  Procedimentos de recontorno cosmético:
o Lesões iniciais são predominantemente o Resultam em recorrências
radiolúcidas/hipodensas  Podem ser múltiplas e ocasionalmente em taxa
 Evoluindo posteriormente para: opacificação em acelerada
vidro fosco com radioluscência central, opacificação
em vidro fosco homogênea ou calcificações
discretas
o Bem definida
o Mais frequentemente unilocular
o Pode haver: deslocamento dentário,
adelgaçamento ou perfuração cortical
 Prognóstico

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Sensação de queimação oral ou disestesia (sensação
inesperada ou desagradável, dolorosa ou simplesmente
estranha), recorrente e diária, sem lesões bucais
evidentes clínica ou laboratorialmente.

A etiologia ainda é desconhecida, mas já se sabe que é


neuropatia.
 Se a hormônios desregulados pode apresentar
 Periférica: neuropatias subclínicas do trigêmeo,
alterações na boca
lesçoes de tronco trigêmeo ou neuropatia de
 Deficiência de vitaminas pode causar até ulcerações
pequenas fibras da mucosa oral.
na boca
 Central: baixo tônus de dopamina cerebral
 Se todos os parâmetros sistêmicos estão normais se
acompanha de comorbidade psiquiátrica.
anestesia o nervo lingual:
Mais comum em mulheres peri ou pós-menopausa, sem o Se o paciente apresentar alívio sugere-se
alterações visíveis na mucosa oral. SBA periférica
o Se não apresentar alívio ou piorar sugere-se
Características clínicas SBA central
 Queimação por pelo menos 3 meses
Tratamento
 Diariamente por mais de 3h
 Intensidade variada durante o dia  Terapias visam aliviar os sintomas e melhorar a
 Áreas mais afetadas: principalmente na língua (2/3 qualidade de vida
anteriores e a ponta), palato, gengiva, lábio inferior,  Evidência de eficácia de qualquer tratamento ainda
orofaringe são fracos.
 Queimação bilateral e simétrico  Tipo periférico:
 Dor geralmente espontânea o Terapia cognitivo-comportamental
 Pode ser desencadeada por certos alimentos o Clonazepam tópico 3× 1 mg/dia (mastigar
(picantes e ácidos) e/ou ansiedade. o comprimido no local da queimação por 3
 Pode estar associada a xerostomia ou disgeusia minutos e depois cuspir)
(alteração do paladar) o Capsaicina tópica (0,025% oral, duas vezes
ao dia durante 30 dias) em gel de xilocaína
Diagnóstico (2%) + substituto ou indutor de saliva –
Pode intensificar a sensação de queimação
 Queimação superficial registrada diariamente por
por até 20 minutos após a aplicação
mais de 2h por dia por pelo menos 3 meses
o em 1/3 dos pacientes
 Mal localizado – paciente não sabe dizer
o Fotobiomodulação – Luz infravermelha,
 Excluir: causa dentária, qualquer alteração na saúde
com potência entre 300 mW e 1 W, área de
sistêmica ou local do paciente.
feixe de 0,28 cm2 em frequência contínua,
 Se a queimação na boca tiver causa conhecida, o
e aplicada por aproximadamente 10
diagnóstico não corresponde a SAB.
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s/ponto em dez sessões (duas vezes por
semana durante 5 semanas)
 Central:
o Não responde a tratamentos locais
o Frequentemente associados a
comorbidades psiquiátricas (depressão ou
ansiedade)
o Sistêmico:
▪ Clonazepam sistêmico (0,5
mg/dia)
▪ Amitriptilina (10–25 mg/dia)
▪ Gabapentina (300–900 mg/dia)

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o Radioterapia causa sequela =
hipopituitarismo

O sistema endócrino é composto pelas glândulas:


hipófise, paratireoide, tireoide, pâncres e suprarenais.

Hipófise
→Nanismo

• Ritmo de erupção e época de exfoliação atrasados


• Coroas clínicas parecem menores = erupção não
completa
• Arcada dentária menor = má oclusão •
• Raízes mais curtas Tireoide
→Gigantismo • T3 e T4 regulam o catabolismo de carboidratos e
• Dentes proporcionais aos maxilares lipídios e estimulam a síntese de proteínas = regula
• Aceleração da erupção o metabolismo basal
• Raízes alongadas
• Possível hipercementose →Hipotireodismo
• Aumento dos ossos das mãos
• Deficiência da produção do hormônio tireoidiano
→Acromegalia • A disfunção da tireoide pode ocorrer por:
o Incapacidade de produção de hormônios
• Raro
falha tireotrófica da hipófise
• 4º década de vida
o Remoção cirúrgica da tireoide
• H=m
o Irradiação
• Sem predileção racial ou geográfica
o Drogas (lítio, iodetos)
• Bosselamento frontal o Deficiência de iodo
• Hipertrofia do osso nasal

• Aumentos dos ossos e tecidos moles
•Pode resultar de um defeito em qualquer nível do
• Prognatismo eixo HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-TIREÓIDE
• Má oclusão • Paciente apresenta metabolismo reduzido
• Hiperplasia condilar anestésico difunde rapidamente maior tempo para
• Mordida cruzada metabolizar uso máximo de 3 tubetes monitorar
• Lábios proeminentes sinais vitais
• Mucosa bucal espessada • O hipotireoidismo Primário: anormalidade
• Glândula salivar aumentada intrínseca na tireóide hipoplasia ou agenesia
• Macroglossia • Manifestações bucais:
• Diastemas pelo crescimento exagerado dos avéolos o Maxilares mal desenvolvidos
• TC e RM da sela túrcica = neoplasia o Retardo na erupção dos dentes
o Tratamento é cirurgia transesfenoidal o Retenção de dentes decíduos
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o Espessamento dos lábios e da língua o Sinais e sintomas:
o Hipoplasia do esmalte (80% dos casos) ▪ Alt. Cardíacas: taquicardia,
*Hipotireoidismo: evidente presença da palpitações, cardiomegalia
CANDIDÍASE MUCO-CUTÂNEA ▪ Alt. Oculares: olhar fixo e aberto,
• Secundário: doença hipotalâmica ou hipofisária retração pálpebra
após radioterapia que causa diminuição da ▪ Alt. Neuromuscular: tremor,
produção TSH hiperatividade, ansiedade, insônia,
• Achados laboratoriais: Níveis baixos de T4 , se o TSH fraqueza muscular, nervosismo
estiver elevado é hipotireoidismo primário, se ▪ Alt. Gastrintestinal: motilidade
estiver normal é o secundário intestinal e apetite com perda de
• Mixedema : deficiência hormonal tardia mais leve = peso
edema associado aso quadros de hipotireoidismo ▪ Alt. Sistema Esquelético:
em adultos , pode levar a macroglossia = reabsorção óssea osteoporose e
hipotireoidismo secundário risco de fraturas
• Cretinismo: deficiência hormonal acentuada e • Manifestações Bucais:
precoce = associado a pessoas mais jovens com o Erupção precoce dos dentes permanentes
hipotireoidismo = hipoteireodismo primário o Reabsorção prematura dos dentes
decíduos
o Perda óssea periapical

Paratireoide
• Metabolismo de cálcio e fósforo, junto a calcitonina
e vitamina D, atividade controlada pelo nível de
Ca+2 livre na corrente sanguínea.

→Hipoparatireoidismo

• Aplasia e hipoplasia do esmalte


• Falhas na erupção dentária
• • Espessamento da lâmina dura
• Candidíase muco-cutânea
→Hipertireoidismo
• Sinal de Chvostek = achado bucal = contração do
• A disfunção da tireóide também pode ser causada lábio superior quando o nervo facial é tocado =
por: estado latente de tetania
• Hiperplasia difusa da tireóide associada à doença de • Achados Laboratoriais:
Graves (85% dos casos) o PTH medido por meio de
• Ingestão de hormônio tireoidiano exógeno radioimunoensaio
• Bócio multinodular o Níveis de PTH baixo ou indetectável
• Neoplasias tireoidianas benignas e malignas o Níveis de Ca+2
• Tireoidite o Níveis de fosfato plasmático
• Características Clínicas: o Função renal normal
o 5 a 10 vezes + comum em mulheres • Tratamento:
o Afeta 2% da população feminina o Doses orais de vitamina D2 ou
o 3ª e 4ª décadas ergocalciferol

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o Suplementos adicionais de Ca+2 subperiosteal afetam mandíbula, clavícula, costelas
e pelve solitárias ou múltiplas lesões de longa
→Hiperparatireoidismo
duração expansão da cortical
• Resposta óssea a um excesso PTH 2 formas • Terciário
principais: 1ário e 2ário e menos f a 3ária o Atividade da paratireóide torna-se
• Primário: autônoma e excessiva
o Hereditária: condição autossômica o Hipercalcemia: Raros casos
dominante o TRATAMENTO: CIRÚRGICO
o cromossomo 1q21-q31
o Hiperplasia, adenoma, adenocarcinoma
das glândulas
o Mulheres
o 50 a 60 anos
o História prévia de irradiação de cabeça e
pescoço
o ⇑ PTH Hipercalcemia
o ⇑ reabsorção óssea
o ⇓ excreção renal de Ca+2
o Ca+2 sérico alto e PO4 sérico normal sugere
hiperparatireoidismo primário

• Secundário:
o PTH produzido continuamente em resposta Pâncreas
a baixos níveis crônicos de Ca+2 sérico
→Diabetes Mellitus
o Doença renal crônica
o Hiperfosfatemia • Mais comum e grave em pacientes com
o Ingestão inadequada de Ca+2 hemoglobina glicada (HbA1C >7,0%)
o Deficiência de vitamina D • higiene bucal (controle de placa)
o + Mulheres pós menopausa • tratamento da periodontite melhora o controle
o ⇓ estrógeno parcialmente responsável glicêmico e diminui a hemoglobina
o TRATAMENTO CONTROLE DA DOENÇA o Hipossalivação : Alterações gustativas,
RENAL ardência, halitose e candidíase
o Tríade de sinais e sintomas : ⮚ cálculo renal o Sialoadenose diabética: aumento difuso,
níveis elevados de Ca+2 sérico ⮚ ossos indolor e bilateral das glândulas parótidas.
reabsorção dos dedos médios e indicador, • Língua fissurada, xerostomia, cáries cervicais e
perda generalizada da lâmina dura e atíícas, glossite migratória benigna.
aspecto de vidro despolido ⮚ roncos • O atraso na cicatrização de feridas está associado
abdominais desenvolvimento de úlceras ao mau controle glicêmico e é provavelmente o
duodenais resultado de alterações na microcirculação e
o O aumento de volume do palato é uma comprometimento da função imunológica. Pode se
característica da osteodistrofia renal manifestar como úlceras bucais mais graves e atraso
associada ao hiperparatireoidismo na cicatrização de feridas pós-operatórias
secundário.
• Tumor Marrom do Hiperparatireoidismo: áreas rl
bem-demarcadas uni ou multiloculares, reabsorção
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Suprarenais
→Hipocorticalismo = Doença de Addison

• Atrofia dos córtices adrenais


• Destruição tuberculóide
• Neoplasia
• Pigmentação difusa na gengiva
• Pigmentação em outras áreas do corpo

→Hipercorticalismos = Síndrome adrenogenital e


síndrome de Cushing

• Mobilização de gordura para a parte inferior do


corpo
• Deposição anormal de gordura devido ao
corticosteróide
• Deposição adicional de gordura no tórax e abdômen
superior (tronco de búfalo) “face de lua cheia”, face
edematosa, acne e hirsutismo
• Hipertensão

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Neoplasias hematolinfóides
→Leucemia

 Sangue branco
 Alterações malignas derivadas das células tronco
Anemia hematopoiéticas
 Inicia com transformação maligna em 1 das células
 Condição na qual o conteúdo de hemoglobina no tronco que prolifera na medula
sangue está abaixo do normal como resultado da  óssea
carência de um ou mais nutrientes essenciais, seja  Estimativa INCA para o triênio de 2023 a 2025
qual for a causa dessa deficiência = alta destruição o 11.540 casos
ou produção inadequada o 5,33 por 100 mil habitantes
 Fatores causais: baixa produção ou alta o 6.250 em homens e 5.290 em mulheres
destruição/perda de eritrócito  Classificação:
 Pode ser sinal de doenças sistêmicas:
 de acordo com histogênese e comportamento
o Insuficiência renal Alteração de fígado clínico: mielóide ou linfocítica
o Condições inflamatórias crônicas o de acordo com comportamento clínico: aguda
o Neoplasias malignas
ou crônica
o Deficiência de vitaminas e minerais – ▪ Aguda: curso agressivo
principalmente o ferro
▪ Crônica: curso menos agressivo
 Sinais e sintomas:
o Palidez
o Dor de cabeça
o Insônia
o Falta de ar
o Língua despapilada
o Tontura
o Dificuldade de concentração
o Infecções oportunistas: queilite angular,
candidíase, fungo na unha  Causas
o Conjuntiva do olho pálida. o Fatores ambientais e genéticos
o Baixa salivação o Algumas síndromes associadas a maior risco:
 Exames laboratoriais Síndrome de Down
o Observar eitrocrama o Benzeno
o Contagem de células vermelhas  Radiação ionizante: hiroshima e Nagasaki =
o Volume corpuscular médio (VCM) leucemia mielóide crônica nos sobreviventes
o Concentração de hemoglobina Concentração de o Viroses (HTLV-1): vírus linfotrópico de células T
hemoglobina corpuscular média (CHCM) humanas tipo 1
o Hemoglobina corpuscular média (HCM)  Sinais e sintomas:
o Hematócrito o Redução das plaquetas
 Tratamento: depende da identificação da causa e ▪ Complicações hemorrágicas no SNC ou
correção do problema. pulmões
▪ Petéquias hemorrágicas em palato duro e
mole
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▪ Sangramento gengival espontâneo  Sobrevida 5 anos: LMA 40%, LMC 50-60%
o Muitos relacionados à queda no de células
→Mieloma Múltiplo
brancas e vermelhas
o Fadiga e dispnéia  Raro
o Esplenomegalia, hepatomegalia e  Origem em células plasmocitárias tipicamente
linfadenopatia monoclonais
o Prostração e apatia  Geralmente têm origem intraóssea
o Mal estar  Todas as células produzem as mesmas proteínas
o Surtos febris (imunoglobulinas)
o Início processo: febre associada com infecção  Homens
o Complicações comuns: pneumonia, infecções
 Idade média: 63 anos (raro antes dos 50)
do trato urinário e septicemia
 Negros
o Assintomática
 Sinais e sintomas:
o Hemorragias espontâneas
o Resultam de proliferação descontrolada das
o Aumento de volume gengival
células neoplásicas com aumento de seus
o Tumefação difusa: Consistência mole e
produtos proteicos
esponjosa a firme

o
o Fadiga
o Ulceração o Perda de peso
o Necrose o Anemia
o Base necrótica branco-acinzentada o Petéquias hemorrágicas na pele e mucosa bucal
o Infecções secundárias o Febre
▪ Candidíase o Maior susceptibilidade à infecção
▪ Infecções herpéticas o Calcificação metastática de tecido mole
o Cicatrização alterada  Destruição óssea nos maxilares e muitos ossos do
 Diagnóstico esqueleto que contêm medula óssea pelo
 Biópsia medula óssea e exame sangue: células crescimento das células neoplásicas
leucêmicas pouco diferenciadas no sangue  Lesões radiolúcidas/hipodensas múltiplas
periférico e medula óssea  Aspecto de “saca bocado”:
 Tratamento
o Quimioterapia
o Transplante medula
 Prognóstico: depende de inúmeros fatores (tipo de
leucemia, idade do paciente e alterações
citogenéticas)
 LLA: + 70% cura em crianças

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 Mais de 50% pacientes com menos de 10 anos
 Homens
 Lesões ósseas solitárias ou múltiplas (crânio,
costelas, vertébras, mandíbula e fêmur)
 Linfadenopatia
 10-20% envolvimento dos maxilares Mandíbula
região posterior
 Podem ocorrer lesões periapicais simulando
 Sem reação de esclerose granuloma ou cisto
 Especialmente vista em Raio x de crânio  Abaulamento como periodontite destrutiva severa
 Envolvimento maxilares: dor, tumefação, expansão,  Envolvimento da mucosa
dormência, mobilidade dentes ou fratura patológica o Lesão ulcerativa
 Exames laboratoriais o Massa gengival proliferativa
o Hemograma  Tratamento
o Mielograma o Curetagem
o Eletroforese de proteínas o Injeção intralesional de corticóide
o Imunofixação o Quimioterapia
o Testes bioquímicos  Prognóstico: severa morbidade na disseminada
 Tratamento: quimioterapia, transplante medula e crônica
imunoterapia de manutenção

Histiocitose de células de
Langerhans
 Proliferação das células mononucleares dendríticas
com infiltração local ou difusa nos órgãos
 Células de Langerhans
o Células dendríticas
o Monoclonais
o Processam e apresentam antígeno para
linfócitos T
o Normalmente encontradas na epiderme,
mucosa,linfonodos e medula óssea
 Granuloma eosinofílico monostótico ou poliostótico
do osso
 Lesões ósseas solitárias ou múltiplas sem
envolvimento visceral Histiocitose disseminada
crônica envolvendo osso, pele e víscera (Doença de
Hand- Schüller-Christian)
 Histiocitose disseminada aguda
o Com proeminente envolvimento cutâneo,
visceral e de medula óssea ocorrendo
principalmente em crianças (Doença de Letterer-
Siwe)

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• + comum em adultos
• 4a a 5a décadas de vida
• predileção sexo feminino 3:1
• 10% bilateral
• Reabsorção osso subjacente pela pressão
São cistos que não tem origem odontogênica, • Alternativa últimos 16 anos marsupialização
de tecidos do desenvolvimento do epitélio endoscópica trans-nasal da lesão
odontogênico. • Tratamento excisão cirúrgica

Considerados cistos “fissurais”, Inclusões


epiteliais nas linhas de fusão dos processos
embrionários que dão origem ao processo
maxilomandibular; Patogênese incerta; Tendem a
aumentar de tamanho lentamente.

Cisto palatino do recém nascido


• Pérolas de Epstein: ao longo da rafe palatina
• Nódulos de Bohn: espalhados pelo palato duro,
próxima junção palato mole
• Muito comum
• 65-83% dos neonatos - muito comum, semelhante
a grândulos de fordýce
• Pápulas branco-amareladas, 1-3mm, geralmente 2-
6 cistos
• Não necessita tratamento, regressão espontânea

Cisto do ducto nasopalatino –


canal incisivo
• Cisto não odontogênico mais comum
• Remanescentes do ducto nasopalatino, estrutura
Cisto Nasolabial - Cisto embrionária que liga cavidade nasal e bucal na
nasoalveolar ; Cisto de Klestadt região do forame incisivo
• Fatores etiológicos: trauma, infecção do ducto, e
• Aumento de volume lábio superior lateral à linha retenção de muco das glândulas salivares menores
média, com elevação da asa do nariz subjacentes
• Obstrução nasal ocasional • provável degeneração cística de remanescentes do
• Pode interferir com uso de prótese ducto nasopalatino
• Dor quando houver infecção • 1% da população
• Pode romper e drenar para cavidade nasal ou bucal • 4 a a 6a décadas

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• + homens • rx oclusal: lesão radiolúcida bem circunscrita
• tumefação região anterior do palato • tratamento cirúrgico
• dentes vitais
• Drenagem e dor
• Muitos assintomáticos, achados radiográficos
• Forame incisivo normal: pode ter no máximo 6mm
radiograficmante

• Redondo ou oval com margem esclerótica, com


formato de coração ou pera invertida. Cistos foliculares da pele
• Cisto epidermóide
o O tipo mais frequente é derivado do infundíbulo
folicular
o Desenvolve após inflamação localizada do
folículo piloso
o Representam 80% dos cistos foliculares
cutâneos
o Mais comuns em áreas propensas ao
o Diagnóstico diferencial em casos com forame desenvolvimento de acne (cabeça, pescoço e
incisivo até 6mm costas)
o Tecido mole: cisto da papila incisiva – pode ser o Raros antes da puberdade
azul ▪ * síndrome de gardner
o Tratamento cirúrgico o Adultos jovens= face;
o Mais velhos= costas
Cisto palatino mediano o Na boca ocorre na linha média do soalho
• Raro o Lesões nodulares subcutâneas, flutuantes,
• Diagnóstico diferencial: cisto do canal incisivo associadas ou não à inflamação
• Pode representar o cisto do ducto nasopalatino o Excisão cirúrgica
posicionado posteriormente o Recidiva incomum
• Aumento de volume firme ou flutuante na linha o Há relato de transformação maligna, mas é raro
mediana do palato duro posterior à papila incisiva
• + Adulto jovens, geralmente assintomático
• Aumento de volume firme ou flutuante na linha
mediana do palato duro posterior à papila incisiva
• pode haver queixa de dor ou expansão
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• Infecções da cabeça e pescoço
• Retenção de secreções no ducto pode ser um outro
fator
• Relatos de ocorrência em uma mesma família
• Suprahióide: submentoniano
• 60-80% abaixo do hióide
• + comum nas duas primeiras décadas de vida
Cisto dermoide • 50% antes dos 20 anos
• Aumento de volume assintomático, móvel,
• O cisto é revestido por epitélio semelhante flutuante
epiderme e na parede contém anexos cutâneos • Geralmente menor que 3cm
• Glândulas sebáceas, folículos capilares ou glândulas • 1/3 desenvolve trajeto fistuloso para pele ou
sudoríparas mucosa como ruptura de um cisto infectado ou
• Forma benigna teratoma (3 folhetos germinativos) sequela de cirurgia
= ectoderma, mesoderma, endoderma) • Tratamento cirúrgico
• Teratomas ovarianos • Recidiva menor que 10%
• Cistos teratoides: cistos gastrointestinais orais
heterotópicos
• + linha média do soalho bucal
• Tamanho variado
• + comum em crianças e adultos jovens
• Lesão de crescimento lento e assintomático
• Acima do músculo genihioideo: dificuldade para
alimentação, comunicação e até respiração •
o Tratamento: técnica de sistrunck
• Abaixo do músculo genihioideo: aumento na região
o Cisto removido junto com segmento do hioide e
submentoniana
musculatura ao longo do tratotireoglosso
• Massa borrachoide ou pastosa marca dos dedos sob
o Complicação rara
pressão
o Carcinoma 1% dos casos , maioria
• Infecção 2ária pode drenar intrabucal ou pele
adenocarcinoma
• Rm, tc para delinear extensão da lesão
o D.d tireoideo papilar
• Tratamento cirúrgico o Metástases raras
o Bom prognóstico

Cisto linfoepitelial oral


•Massa submucosa geralmente menor que 1 cm,
raramente maior que 1,5 cm
• Revestida por mucosa sem alteração
• Firme ou mole à palpação
Cisto do ducto tireoglosso • Tumefação e drenagem
• Soalho bucal, ventre e lateral da língua, palato mole
• Remanescentes do epitélio do ducto tireoglosso (regiões do anel de Waldeyer)
• Estímulo de inflamação de tecido linfóide que pode • Dor rara
reagir à drenagem de • + frequente em adultos jovens
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• Geralmente assintomático • Cirurgia: periósteo intacto e fina camada de osso
• Excisão cirúrgica sem recidiva recobre a lesão; aparência de “esponja embebida
• Biopsia nem sempre necessária desde que a lesão em sangue”
seja clinicamente característica • Tratamento: curetagem ou enucleação às vezes
suplementada por Criocirurgia

• Recidiva 8-60%; remoção inadequada de lesão


coexistente (osteoblastoma ou fibroma ossificante)
• Prognóstico a longo prazo é favorável

Cisto ósseo simples – traumático,


solitário, cavidade idiopática
• Cavidade benigna vazia (1/3) ou contendo pequena
quantidade de líquido serosanguinolento (2/3)
Cisto ósseo aneurismático • Livre de revestimento epitelial
• Geralmente achado radiográfico
• “lesão osteolítica expansiva que consiste em • 20% apresenta aumento de volume
espaços cheios de sangue de tamanhos variados, • Dor e parestesia em alguns casos dentes vitais
separados por septos de tecido conjuntivo, • Dentes vitais sem reabsorção radicular
contendo trabéculas de tecido ósseo ou osteóide e • Problema diagnóstico exodontia e cirurgia
células gigantes osteoclásticas” desnecessária
• Etiologia ainda desconhecida • Tratamento proservação
• Maior incidência na 2a década de vida • Recidiva ou persistência da lesão não é comum
• Predileção pelos ossos tubulares longos, • Acompanhamento
extremidade inferior e vértebras • Prognóstico excelente
• Controvérsia se é resultado de acidente vascular em
lesão pré existente
• Incomum nos maxilares
• Crianças e adultos jovens
• + mulheres, + mandíbula região de molares
• Aumento de volume rápido
• Dor frequente
• Raro ter parestesia e crepitação (barulho de casca • + comum área de molares e premolares
de ovo quebrando após prescionar • Rx: área rl bem delineada, com contornos ora bem
• Rx: lesão rl uni ou multilocular , frequentemente definidos ora mal definidos, contorno festonado
associado com • Pode variar de 1 a 10 cm de diâmetro
• Expansão e adelgaçamento das corticais • Projeção em cúpula entre as raízes dos dentes
• Punção de sangue
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• Lesões extensas envolvendo corpo e ramo
ascendente são encontradas ocasionalmente pode
estar associado a displasia cementária e outras
proliferações fibro-ósseas
• Punção negativa com êmbolo solto

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o Em região periapical com perda da lâmina
dura do dente desvitalizado
o Uni ou multilocular
o Bem circunscrita com ou sem halo
radiopaco

Lesões caracterizadas por uma cavidade


patológica revestida por epitélio, circundada
externamente por um de tecido conjuntivo, formando
uma cápsula, e contendo, usualmente, material líquido
ou semi-sólido em seu interior.

Os cistos odontogênicos são revestidos por um •


• DIAGNÓSTICO DIFERECIAL: Granuloma, Displasia
epitélio que tenham origem odontogênica, como restos
óssea periapical, Cisto ósseo traumático, tumores
da lâmina dentária, restos do epitélio reduzido do
odontogênio, Lesão central de células gigantes
esmalte e restos epiteliais de malassez.
• TRATAMENTO
o Exodontia/tratamento endodôntico do
dente associado
o Excisão da lesão
Cisto radicular o Marsupialização (descompressão) +
Acompanhamento + Excisão da lesão
residual

→Cisto radicular residual

• Originado de um cisto periapical não


adequadamente curetado após exodontia.
• Localizado em processo alveolar onde houve
exodontia prévia
• Radiolúcido
• Circular ou ovalado
• Pode apresentar radiopacidades centrais

→Cisto radicular periapical

• Cistos odontogênicos mais comuns


• Associada a dentes desvitalizados Cisto inflamatório colateral
• 4 a e 5a década de vida
• Maxila anterior • Originado pela bifurcação de um molar inferior
• Variação de tamanho erupcionado ou superfície distal de um terceiro
• Expansão óssea molar inferior parcialmente erupcionado com
• ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS: histórico de periocoronarite.
o Radiolúcido • Aumento de volume
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• Dor o Exposição da coroa para colagem de
• Superfície eritematosa dispositivo ortodôntico
• Radiolúcido
• Halo radiopaco
Cisto de erupção
• Análogo do cisto dentígero em tecidos moles
• Deposição de colágeno no tecido conjuntivo
Gengival ou teto pericoronário espesso
• Aspectos clínicos
o tumefação flutuante na crista alveolar
o consistência mole
o translúcido ou arroxeado
• Tratamento
o pode romper expontaneamente
Cisto dentígero o excisão do teto do cisto leva erupção

• 2º cisto mais comum


• Tem origem na proliferação do epitélio reduzido do
órgão do esmalte.
• 3° MI > CS (dentes impactados + frequência)
• Associados a supranumerários o
• Jovens
Queratocisto Odontogênico
• Exame radiográfico de rotina
• Dor e edema • Mais comum entre 10-40 anos
• Diagnóstico diferencial: queratocisto, • Mais comum no sexo masculino
ameloblastoma • Mais comum na mandíbula - região posterior de
• Lesão radiolúcida unilocular envolvendo a coroa de corpo e ramo
um dente incluso • Associação com o gene ptch1
• Conecta ao dente pela junção amelocementária • Síndrome do carcinoma nevóide de Células basais
• Bem circunscrita com margens escleróticas o múltiplos qo + carcinoma nevóide
• Pode ocorrer deslocamento do dente envolvido Basocelular + cistos epidérmicos de pele +
e/ou reabsorção radicular Alterações ósseas
• A punção se tem queratina
• Tendência de crescimento ântero-posterior
• ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS
o Lesão radiolúcida bem definida ou com
margens festonadas
o Lesões uni ou multiloculadas
o Associado dente incluso (25-40%)
• TRATAMENTO: ▪ Deslocamento de dentes
o Enucleação ▪ Reabsorção radicular incomum
o Marsupialização em lesões maiores
o Remoção ou manutenção do dente incluso

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o Mais comum em mandíbula, região de PM
o Assintomáticos (observados em Rx de
rotina)
• ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS
o Superfície radicular de um dente vital
o Pequenos, radiolúcido, unilocular
o Oval ou em forma de gota
o Bem circunscrito com borda radiopaca
o Variante botrióte: multilocular

• TRATAMENTO E PROGNÓSTICO • TRATAMENTO
o Potencial agressivo o Enucleação conservadora
o Enucleação com osteotomia periférica o Recidiva não comum
ampla o Maior recidiva na variante botrióide
o Recorrência 30%

Cisto odontogênico Calcificante


• Raro

• H=M
• Intra ou extraóssea Cisto odontogênico glandular
• Média de idade é 30 anos
• Mais comum em adultos de meia idade
• Mandíbula = Maxila
• Mais comum em anterior de mandíbula
• Podem apresentar-se extra-ósseos (aumento de
• Lesões localmente agressiva
volume gengival)
• Podem atingir grandes extensões: expansão, dor e
• ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS
parestesia
o Bem circunscrito
• ASPECTOS IMAGINOLÓGICOs
o Uni ou multilocular
o Multilocular
o Pode apresenta focos de tecido calcificado
o Margem bem definidas e escleróricas ou
o Pode gerar reabsorção de raiz e/ou
bordas pouco definidas
deslocamento dental
• TRATAMENTO
• Excisão conservadora
o Enucleação com osteotomia periférica
• Baixa recidiva
o Recidiva (acompanhamento por um longo
período)


Cisto periodontal lateral
• ASPECTOS CLÍNICOS
o Mais comum na 6ª a 7a década de vida
o Mais comum em homens
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• Tratamento com remoção cirúrgica

Desordens orais com potencial de malignização são um


grupo heterogêneo de condições clinicamente •
• Diagnósticos diferenciais: candidose, líquen plano,
definidas, associadas a um risco variável de progressão
estomatite nicotínica, queratose friccional,
para carcinoma escamoso oral. A maioria produz lesões
leucoedema, nevo branco esponjoso
clinicamente visíveis.
• Tratamento e prognóstico:
o Cuidadoso acompanhamento clínico
o Remoção cirúrgica
o Displasia epitelial = forte indicativo de
potencial de malignização da lesão

Eritroplasias
Leucoplasias • Eritematosa
• Única
• Assintomática • Assintomática
• Homens
• Lisa ou aveludada
• Após 4º década de vida
• São homogêneas ou não homogêneas
• Malignização de 3 a 17%


• Etiologia: tabagismo e etilismo
• Diagnósticos diferenciais: candidose eritematosa,
líquen plano erosivo, lúpus eritematoso, psoríase e
lesões vasculares
• Tratamento e prognóstico:
o Alto potencial de malignidade
o Abordagem precoce : biópsia incisional
o Remoção cirúrgica

• Etiologia: tabagismo, etilismo, genética. Queilite actínica
→Leucoplasia verrugosa proliferativa • Taxa de transformação de 3%
• Brancos
• Rara, multifocal
• +50 anos
• Forma agressiva da leucoplasia bucal
• Maior morbidade

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o HIV+
o Transplantados
o Terapia imunossupressora
• O que evita a formação tumoral são o combate as
células malignas e os linfócitos NK
• Tratamento e prognóstico:
o Acompanhamento
• o Equipe multidisciplinar
• Tratamento e prognóstico: o Anemia de Fanconi (associada)
o Remoção cirúrgica o Ataxia-telangiectasia (associada = evitar
o Vermelhectomia radiografias nesses casos)
o Eletrocirurgia
o Ablasão por laser
Anemia de Fanconi
o Criocirurgia • Anormalidades físicas
• Falência da medula óssea
Fibrose submucosa
• Risco maior de malignidades hematológicas e
• Bordas fibrosas sólidas
• Mucosa bucal, lábio e palato • Baixa estatura
• Trismo • Deficiência intelectual
• Taxa de transformação de 4% • CEC=500X maior
• 20 a 40 anos
• Intra oral + comum
• Apresentação em estágio avançado
• Responde mal a terapia
• Etiologia: herança ligada ao X, autossômica
recessiva.
• Diagnósticos diferenciais: ataxia teleangiectasia e
síndrome de Bloom
• • Tratamento e prognóstico:
• Diagnósticos diferenciais: amiloidose, fibromatose o Equipe multidisciplinar
generalizada, esclerodermia com manifestação oral o Acompanhamento
e anemia. o Excisão cirúrgica dos CECs
• Tratamento e prognóstico: o Cuidados periodontais
o Cessação do hábito
o Antioxidantes Xeroderma pigmentoso
o Terapia com esteróides • Queimaduras de sol
o Hialuronidase • Pigmentação sardenta
o Interferon-gama • Queratose actínica
o Cirurgia
• CEC
Imunossupressão • Taxa 1000x de câncer de pele

• Evidencias da ação da imunossupressão na


formação tumoral:
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• Etiologia: traço autossômico recessivo, reparo do
DNA por excisão, dímeros de timina.


• Diagnósticos diferenciais: tricotiodistrofia,
síndrome de Cockayne, síndrome
cerebrooculofacioesquelética, síndrome de
sensibilidade a UV.
• Tratamento e prognóstico:
• Evitar luz solar
• Roupas e filtros solares
• Medidor de luz UV: refletos, negatoscópio, PCs e
fotopolimerizadores
• Dermato 4x ao ano.

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É mais comum que sejam intraósseos (centrais) do que


periféricos, e raramente são malignos.

O epitélio de interesse com relação ao estudo


desses tumores são o epitélio do órgão do esmalte,
externo e interno e o retículo estrelado, pois os tumores •
terão as características desses epitélios.
Tumor odontogênico escamoso
O gene BRAF está associado a transformação do
• As células mesenquimais assumem aspecto das
ameloblastoma convencional, ou seja, é um
células escamosas
ameloblastoma porém diferente, mais invasivo e que
• Indolor ou leve dor
afeta pessoas precocemente , sendo chamado de
• Aumento de volume
ameloblastoma adenoide, ambos benignos, o que é
• H=M
maligno recebe o nome de carcinoma ameloblastoma.
• Na minoria ocorre exteriorização do tumor –
Existe o ameloblastoma metastático, que perfuração óssea
apesar da ter metástase ele apresenta características • Desloca os dentes e fica triangular
benignas, porém em outras áreas também. • Tratamento: enucleação , remoção cirúrgica

Tumor odontogênico
Adenomatóide - TOA
• Prefere a região anterior da mandíbula
• Normalmente associado ao canino
• É o mais frequente
• Menos de 30 anos
• Dentes não erupcionados, não causa mobilidade
dentária e nem reabsorção radicular, porém causa
deslocamento dentário. •
• Expande a cortical óssea, sem perfurar Tumor odontogênico epitelias
• Mais frequente em mulheres calcificante
• Radiograficamente: bem delimitado, áreas de
esclerose óssea, RD, dente envolvido, com • 4º década de vida
possibilidade (não é sempre) de calcificações = • Mandíbula, mais na região posterior
tumor misto, flocos de neve, pode ser oval ou • Aumento lento e indolor
cônico • H=M
• Pode simular um cisto dentígero, o que difere é o • Associado a dentes impactados
aspecto calcificado, e o cisto começa na JCE. • Radiograficamente sempre misto ,Uni ou
• Tratamento: enucleação, remoção cirúrgica (dente multilocular, margem festonada, pode romper
também), com taxa de recidiva baixa., cortical

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• Tratamento: excisão cirúrgica, pode ter recidiva

• Ameloblastoma periférico
Ameloblastoma Unicístcio • Não ulcerado
• Assintomático
• Dente não irrompido – 16 anos
• 5 a 7º década de vida
• Sem dente – 35 anos
• Homens
• Mais comum em homem
• Erosão superficial
• Posterior de mandíbula
• Tratamento: enucleação
• Pode ser :
o 1. Luminal – ao redor da cavidade cística,
como um epitélio
o 2. Intraluminal: dentro da luz da cavidade
cistica
o 3. Mural : ao redor externamente da
cavidade


Ameloblastoma convencional
• Localmente infiltrativa
• Posterior de mandíbula
• Menos de 20 anos
• H=M

• Se for mural será necessário reintervenção devido a • Desloca dentes
localização das células tumorais • Mobilidade dentária
• Reabsorção radicular • Perde a localização da lâmina dura
• Expansão da cortical óssea e depois rompe, porém • Bordas festonadas
é bem delimitada e unilocular. • Reabsorve dentes, expande e fura corticais.
• Tratamento: enucleação, porém se for mural é • Bolhas de sabão: alojas multiloculares grandes
necessário reintervenção para não reicidivar. • Favo de mel: alojas pequenas multiloculares

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• Uni ou multilocular
• Difere do queratocisto pois o queratocisto expande
para a região de menor resistência, sem gerar
expansão óssea.
• Tratamento: excisão cirúrgico, e pode haver
recidiva e deve ser feito acompanhamento por
longo tempo – recidivas até após 20 anos.


Ameloblastoma adenoide
• Mais agressivo
• Sem predileção de localização
• Acima de 30 anos
• Mais em homes do que mulheres

Ameloblastoma metastatizante
• Metástase e aspecto benigno
• 1º é sempre na mandíbula, depois no pulmão,
linfonodos, osso, cérebro, fígado e pericárdio
• Acima de 30 anos
• Mais em homens

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• Apagamento do fundo de sulco
• Lesão radiolúcida de densidade igual
• Tratamento: remoção cirúrgica, não há reincidiva

Odontoma
• Etiologia desconhecida
• Pode ser dado o diagnóstico pela radiografia
• Pode ser:
o Composto: número variado de elementos
semelhantes a dentes
o Complexo: massa conglomerada de
esmalte, dentina, cemento e esmalte.
• Pode estar associado a dente incluso
• Crianças, adolecentes, jovens e adultos jovens
• Deslocamento de dentes adjacentes e
abaulamento.
• Odontoma composto tem predileção pela região
anterior de maxila, sendo exceção da regra de
tumores em jovens (região posterior de mandíbula)
• Quando maduro o crescimento cessa
• Pode ser parte da Síndrome de Gardner, pode
incluir pólipos intestinais que malignizam.
• Composto: Apresenta halo radiolúcido ao redor,
tecido mole ao redor, facilmente destacável, e são
encapsulados.
• Complexo: apresenta halo radiolúcido ao redor,
indicando tecido mole, é facilmente destacável e é
encapsulado. Radiograficamente é uma imagem
mista com aspecto raiado na periferia da lesão
(radiação).
• Tratamento do composto: é a remoção cirúrgica,
normalmente remove fragmento dentário um por
um e depois a capsula.
• Tratamento do complexo: remoção cirúrgica.

Tumor odontogênico Primordial


• Semelhante á uma papila dental
• Afeta crianças e adolescentes
• Quantidade variável de células
• Expande cortical óssea
• Deslocamento dos dentes
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• .......
• Deslocamento de dentes
• Formação de traves ósseas
• Não tem capsula
• Expansão de cortical óssea
Mixoma • Tratamento: remoção cirúrgica e remoção é
incomum
• Tem aspecto gelatinoso
• 2º e 4º década de vida Fibroma cemento ossificante
• Homens mais acometidos • Origem: cemento ou tecido ósseo da lâmina dura
• Região posterior de mandíbula • Composta de tecido fibrocelular e tecido
• Lesão que causa grande expansão e perfuração da mineralizado
cortical óssea • Histogênese: odontogênica ou ligamento
• Área radiolúcida unilocular ou multilocular periodontal
• Aspecto de bolhas de sabão ou favos de mel com • Etiologia: mutação do gene HRPT-2 (parafidormina)
traves ósseas.
• Pode ser:
• Na tomografia pode apresentar uma imagem o Juvenil:
prateada devido a composição mixoide, pois tem ▪ Trabecular: forma de traves, formando
água em sua composição e quando desacerela trabécular: de 8 a 12 anos na maxila
apresenta essa imagem. ▪ Psammomatoide: forma concêntrica,
• Bordas bem definidas com bordas festonadas arredondado: 20 anos, seio paranasias
(nuvem) o Convencional
• Pode ocorrer reabsorção radicular e deslocamento • O convencional afeta entre a 3º e 4º década de vida,
dental região posterior de mandíbula, apagamento do
• Tratamento é cirúrgico, recorre 25% (remoção fundo de sulco, expansão da cortical óssea sem
imcompleta) e tem um bom prognóstico. rompimento (arqueamento do osso para baixo)
• O juvenil é sempre muito agressivo, bem
Cementoblastoma
delimitado, oblitera o seio nasal, apresenta massas
• 20 anos de densidades diferente, tem deslocamento dental
• H=M • Tratamento: remoção cirúrgica, o juvenil se não for
• Região posterior de mandpibula, 1º pré molar removido por completo continuará crescendo.
• Sintomatologia dolorosa
• Dente com vitalidade
• Lesão radiopaca ou mista, bem delimitado por halo
radilúcido (cápsula), tem que ter reabsorção
radicular e perda da lâmina dura e do espaço do
ligamento periodontal, a lesão esta fusionada ao
dente.
• Diagnóstico diferencial: displasia óssea focal,
esclerose óssea, hipercementose.

Fibroma odontogênico central


• Neoplasia benignia
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uma glândula salivar, podendo ser guiado com o uso de
um ultrassom, sendo realizado depois uma citologia).

Xerostomia
• Redução do fluxo salivar, diagnosticado pela
Exame físico sialometria:

Avaliar como está o volume e a temperatura da glândula


no momento do exame, de modo que se estiver quente
pode indicar inflamação, podendo estar associado a cor
avermelhada. É importante também checar a saída dos
ductos.

Se é estimulado, espontâneo, longo ou


pouco tempo. • Causas:
o Desidratação
Manobras semiotécnicas o Radioterapia
o Respirador bucal
importante para identificação de infecções o Idosos: uso de medicação
bacterianas, de modo que quando a glândula esta • Características:
infeccionada não irá drenar saliva com aspecto normal, o Língua despapilada: brilhante
e sim pus. Técnica para parótida: Utilizar 3 dedos e o Sensação de areia
posicionar na região auriculotemporal e realiza um o Pode estar associada a ardência: sugestivo de
movimento póstero-anterior para estimular a glândula, infecção secundária (candidose) + processo
durante o movimento o paciente deve estar com a boca inflamatória gera a ardência.
aberta para que se possa observar se a glândula esta o Cáries
secretando. • Tratamento: hidratação do paciente, saliva artificial,
estimulação com laser, casos de má higiene se passa
É importante para analisar a presença de bochecho com clorexidina 0,12%.
nódulos, sendo que quando há um de textura mais
firme e fixa pode indicar que seja uma neoplasia Sialadenose
maligniga, porém quando o aspecto é mais maleável e • Aumento de volume na parótida que pode ser
móvel pode indicar neoplasias benignas, já se for bilateral
bolhosa pode indicar mucocele. • Sintomatologia dolorosa
• Salivação normal ou em excesso
Exames complementares
• Causas: obesidade, diabetes, hipovitaminose,
RX oclusal, ultrassonografia, eco-doppler colorido desnutrição, medicamentos, Imunosupressão,
(mostra o fluxo sanguíneo), sialografia (é injetado um doença de chagas, álcool – cirrose hepática.
contraste pelo ducto da glândula) – importante para • Diagnóstico diferencial: bulemia, caxumba,
indicar síndrome de Sjogren, que gera um aspecto de Sjogren, cistos linfoepiteliais no HIV.
árvore), cintilografia (utilizado em casos onde se • Tratamento: tratar as causas, e só em casos de
suspeita de malignidade); PAF (punção por agulha fina - necessidades estéticas realizar intervenções
coletar o conteúdo de uma estrutura nodular dentro de cirúrgicas (não realizada pelo CD)

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Parotidite Síndrome de Sjogren
→ • Imunomediada
• Afeta as glândulas lacrimais e salivares
• Interrupção de drenagem no trajeto do ducto ou • Linfócitos passam a estimular a deposição de Fator
redução do fluxo de saliva. de necrose tumoral, mediadores inflamatórios
• Bacteriana - S. Aureus • Redução de saliva e produção de lágrimas: secura e
• Dor, edema, pus, sintomas sistêmicos: febre, ardência, pode ter cárie, DP.
prostração, anorexia, cefaleia • Secundária: quando afeta área da pele, há outra
• Tratamento: ordenha seguida de coleta da doença associada, como artrite reumatóide por
drenagem de saliva, efetuar antibiograma e exemplo
somente depois determinar o antibiótico ideal, • Diagnóstico: exame de sangue ou biópsia, sendo a
porém até sair o resultado do antibiograma deve-se biópsia melhor para o diagnóstico.
começar usando um antibiótico de amplo aspectro o Microscopicamente gera ilhas de lesão
e depois mudar. linfoepitelial benigna/sialoadenite mioepitelial


• Consequencia da aguda mal tratada – antibiótico
errado, má condução do caso
• Bactéria muda: S. Viridans
• Dor menos acentuadas, manifestações sistêmicas
menos graves o
• Tratamento: ordenha seguida de coleta da • Tratamento: modulação farmacológica - corticóide,
drenagem de saliva, efetuar antibiograma e utilização de selantes e anti-sépticos, saliva e
somente depois determinar o antibiótico ideal, lágrima artificial
porém até sair o resultado do antibiograma deve-se
começar usando um antibiótico de amplo aspectro Fenômenos de Extravasamento de
e depois mudar. muco
→ →
• Transmitida por saliva: beijo, conversa • Etiologia: o ducto sofreu um trauma e levou a
• Pode ser a porta de entrada no casos dos homens extravasamento ou um ducto emtupido.
para o paramixovírus, que irá para os testículos e • Bolhas ou nódulos
pode o deixar estéril. • É chamado de Rânula quando abaixo da língua.
• Sintomas: aumento de volume, levantamento do • Pode ser chamado de cisto do ducto salivar
lóbulo da orelha, sintomas sistêmicos. • Tratamento: excisão cirúrgica do ducto e dos
• Tratamento: Tratamento é o repouso, com orquite lóbulos de glândula próxima para não recorrer.
para evitar se tornar estéril e sem orquite para
evitar que evolua para a mesma. Pode se utilizar um
anti-inflamatório apenas para reduzir os sintomas
inflamatórios.

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• A glândula sofre metaplasia e consequentemente
necrose, de modo que começa na glândula - ácinos
- e somente atinge os ductos por último.
• Causado por isquemias: traumas, anestesias
odontológicas, próteses mal adaptadas, infecção no
trato respiratório superior, cirurgias prévias e
bulimia.
• Sinais e sintomas: gera úlceras que podem demorar
até 28 dias para cicatrizarem, podendo ser
confundida com um carcinoma, tanto clínica quanto
microscopicamente, o que ajuda a diferenciar são
os dados coletados na anamnese para identificar
possíveis causas.
• Tratamento: expectante


• Obstrução do caminho de drenagem da glândula
por um cálculo formado por cálcio associado as
células que descamaram (restos necróticos), que
muitas vezes leva a uma inflamação da glândula.
• Normalmente em ductos que tenham um caminho
ascendente .
• Tem sintomatologia dolorosa, aumento de volume,
secreção purulenta
• Tratamento: remoção cirúrgica do cálculo e da
glândula associada em casos de infecção; ordenha
ou incisão para remoção do cálculo sem suturar

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• Proliferação do epitélio ductal das glândulas
salivares que está associada com a formação
secundária do tecido linfoide
• Quase exclusivos da parótida
• 6º e 7º década de vida
• Mais em mulheres do que em homens
• Fumantes
• Nodular, crescimento lento e indolor
• Superficial = assimétrico
• Pode ser Bilateral
• Tratamento e prognóstico: remoção cirúrgica,
mínima perda de função da glândula, difícil avaliar
recorrência, rara transformação maligna

Neoplasias Malignas


• Variedade de tipos celulares : mucosas,
epidermóides e intermediárias
Neoplasias Benignas • Maligna mais comum
• 2º a 7º década de vida – ampla distribuição etária
→ • Crianças
• Mais em mulher do que em homem
• É a mais comum • Maior incidência na parótida e glândulas salivares
• Acomete mais a parótida do que a submandibular menores do palato
• Menores: palato > lábio superior> mucosa jugal • Intra-ósseo:
• Clínico: crescimento lento, assintomático, qualquer o Etiologia (teorias): glândulas seromucosas
idade , mais em mulheres do que homens do seio maxilar ectópicas; transformação
• Prognóstico do carcinoma Ex adenoma pleomorfo: de cistos odontogênicos; glândulas
pacientes adultos e idosos, pico entre 6º e 8º salivares menores aprisionadas durante o
década de vida, mais em mulheres, na parótida e desenvolvimento
palato, pode causar parestesia do nervo facial. o Adultos, região posterior de mandíbula,
• Prognóstico e tratamento de carcinoma adenoide abaulamento e rompimento de corticais
cístico (maligno): remoção cirúrgica com margem o Remoção cirúrgica com margem de
de segurança. Radioterapia e prognóstico segurança e radioterapia
expectante.


• Alteração basaloide com células epiteliais e
• Patogênese incerta mioepiteliais variadas
• Tecidos heterotrópicos da glândula salivar • Ocorre mais no palato e glândula submandibular
encontrada nos linfonodos parotídeos • 5º a 7º década de vida

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• Dor nas fases iniciais
• H=M
• Tratamento e prognóstico: remoção cirúrgica com
margem de segurança, radioterapia, tendência a
recidivas e metástase a distância: pulmões e ossos.


• Quase exclusivo de glândula salivar menor: Palato,
lábio e mucosa jugal
• 6º a 8º década de vida
• Mais em homens do que mulheres
• Crescimento lento

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