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A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o tabagismo como a principal causa

de morte evitável no mundo. É também uma das principais causas de mortalidade preco-
ce. Essa mortalidade é geralmente duas vezes maior nos fumantes quando comparados
aos não fumantes.
De acordo com a OMS cerca de 80% dos fumantes do mundo vivem em países de bai-
xa e média renda, onde as doenças e mortes relacionadas ao tabaco são maiores. Fumar
cigarro pode provocar: doenças pulmonares, câncer, doença cardiovascular, úlcera pépti-
ca e outras patologias (WHO, 2020).
O tabaco (Nicotiana tabacum) é uma planta que é largamente utilizada na confecção de
diferentes produtos que têm como princípio ativo a nicotina, que causa dependência. Des-
sa forma, quanto maior a carga tabágica, maior a probabilidade do aparecimento do cân-
cer de pulmão. O papel esmagador do tabagismo como principal causa do câncer do pul-
mão vem sendo demonstrado exaustivamente nos últimos 50 anos (BRASIL, 2016).
Ademais, estima-se que mais de um bilhão de pessoas são fumantes no mundo e a
previsão para a década de 2030 é que esse total poderá chegar a dois bilhões. Os países
em desenvolvimento são os que terão a maioria destes fumantes. O impacto do tabagis-
mo sobre a saúde é bem conhecido, visto que atualmente as informações são bem explici-
tas e sabe-se que o tabaco é responsável por 90% dos tumores pulmonares (WHO,
2020).
Na Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial de Saúde
(OMS), o tabagismo é classificado como sendo uma doença crônica que surge devido à
dependência da nicotina. O tabagismo também integra o grupo de transtornos mentais e
comportamentais em razão do uso de substância psicoativa (DROPE et al, 2018; BRASIL,
2020).
O tabagismo passivo, pode ser a terceira causa de morte por câncer no Brasil. Esse fa-
to se dá devido a exposição crônica à fumaça do cigarro em ambientes fechados por não
fumantes, o que pode aumentar as chances desse indivíduo desenvolver o câncer de pul-
mão ou a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) por exemplo.
Desde que o câncer de pulmão foi relacionado ao tabagismo, os estudos epidemiológi-
cos têm continuamente identificado novas localizações de câncer com 4 vinculações cau-
sais com o uso do cigarro, que hoje ascende a 20 diferentes tipos de tumor (INCA 2016).
Diante do estado físico e exames realizados, o paciente é um ex- tabagista, e o tabagis-
mo é o principal fator de risco para o câncer de pulmão. além de estar com tosse crônica,
emagrecimento e dispneia São sintomas comuns associada ao câncer de pulmão, a radio-
logia tórax a realizada mostrou uma massa de 6 cm no pulmão esquerdo o que é consis-
tente com tomou pulmonar. além de ser realizada a biópsia da massa revelou um carcino-
ma com áreas de necrose e hemorragia característica frequentemente observadas em
carcinomas de pulmão, especialmente em estágios avançados. Em relação às informa-
ções oferecida os achados clínicos, radiológicos e patológicos apontam para um carcino-
ma de pulmão de células não pequenas, que é uma neoplasia comum em ex?tabagistas e
conhecida por sua agressividade e potencial para metástase.
O surgimento da massa celular observada no tecido pode ser explicado pelos seguin-
tes fatores: o tabagismo causa danos nos DNA das células pulmonares, levando a muta-
ções genética que podem resultar no crescimento descontrolado das células, formando
uma neoplasia. Tumores grandes podem crescer mais rápido do que sua própria capaci-
dade de criar novos vasos sanguíneos para fornecer oxigênio e nutriente suficientes, re-
sultando em áreas de necrose (morte celular) e hemorragia (sangramento). A capacidade
das células cancerígenas de invadir tecidos adjacentes e se disseminar para outras partes
do pulmão ou do corpo pode resultar na formação de novas massas tumorais, como ob-
servar com a nova massa de 5 cm. O tabagismo é, também, responsável por causar ou
agravar mais de 2.450 doenças, muitas delas letais, já que, ao inalar nicotina com a fuma-
ça, o fumante está introduzindo no organismo mais de 4.700 substância tóxicas.

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