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O PAPEL DO ENFERMEIRO ATUANDO NO PROGRAMA NACIONAL

DE CONTROLE DO TABAGISMO

Maria Ester Milanez dos Santos1

1
Enfermeira graduada pela UNIFADRA – Faculdades de Dracena
Pós-graduanda em Gestão em Saúde pela Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul –
UEMS. [email protected]
O PAPEL DO ENFERMEIRO ATUANDO NO PROGRAMA NACIONAL DE
CONTROLE DO TABAGISMO.

Maria Ester Milanez dos Santos1

RESUMO

O consumo de tabaco causa mais de 5 milhões de mortes ao ano. O Programa Nacional de


Controle do Tabagismo tem como alicerce e marco fundamental a legislação que entrou em
vigor em 1996 para restringir o uso do tabaco em locais públicos e impedir a veiculação de
campanhas nos meios de comunicação. Integrando a equipe multidisciplinar da área de saúde
e coordenando a equipe de enfermagem, o enfermeiro possui atribuições privativas à sua
qualificação. A metodologia utilizada foi uma revisão integrativa. A atuação do enfermeiro
inserido no PNCT, fazendo uso das práticas de educação em saúde, competindo a
operacionalização do programa, aconselhamento dos pacientes abordando o tabagismo em
diversas dimensões.
Palavras-chave: Enfermagem; Hábito de fumar. Programa Nacional de Controle Tabagismo.
Cuidados de Enfermagem. Atenção Primária à Saúde.

1
Enfermeira graduada pela UNIFADRA – Faculdades de Dracena
Pós-graduanda em Gestão em Saúde pela UEMS – Universidade Estadual do Mato Grosso do
Sul.
INTRODUÇÃO

O hábito de fumar tabaco é muito antigo e difundido hoje pelo mundo todo,
exercendo diferentes funções culturais e econômicas. Tal hábito se desenvolveu na Europa a
partir do contato com os habitantes das Américas, que já utilizavam a folha de tabaco para
fumar ou aspirar. No século XVII, a difusão do hábito de fumar, sobretudo na Europa,
fomentou o valor monetário do tabaco no comércio internacional na mesma proporção que o
seu cultivo (SPINK; LISBOA; RIBEIRO, 2009; GIRON; SOUZA; FULCO, 2010)
No início do século XVII, foi criado, na Espanha, o
precursor do cigarro a partir de rolos de tabaco envoltos em
papel. Entretanto, somente em torno de 1840 foi inventado, na
França, o cigarro, cuja produção em série facilitou a difusão e
comercialização, atingindo consumidores de todas as classes
sociais. Em pouco tempo o cigarro dominou o mercado
tabagístico, passando a ser consumido em todos os continentes
(SPINK; LISBOA; RIBEIRO, 2009).

O consumo de tabaco causa mais de 5 milhões de mortes ao ano, de modo que a


previsão para 2030, a menos que medidas urgentes sejam tomadas, é que este número
aumente para mais de 8 milhões. Se as tendências atuais se seguirem, estima-se que cerca de
500 milhões de pessoas vivas hoje morrerão como resultado do consumo do tabaco (GIRON;
SOUZA; FULCO, 2010). Até 2030, estes números experimentarão um crescimento
significativo de 48%, passando para 8 milhões de óbitos, dos quais 80% ocorrerão em países
em desenvolvimento. (WHO, 2008; LUCCHESE, 2013)
O tabagismo gera uma carga econômica substantiva para a economia dos países,
caracterizada pelos custos da assistência médica e da perda de produtividade devido à
morbidade e à morte prematura. Estimativas recentes indicam que os custos atribuíveis às
doenças tabaco-relacionadas são responsáveis por perdas anuais de 500 bilhões de dólares por
produtividade, adoecimento e mortes prematuras. As análises realizadas em vários países
mostram que esses custos podem alcançar até 1,15% do Produto Interno Bruto (PIB) (PINTO;
UGA, 2010).

PROGRAMA
Apesar de ser um hábito enraizado em tradições culturais e históricas distintas e ser
um produto cuja comercialização movimenta grandes dividendos, recentemente o tabagismo
começou a ser considerado como problema de Saúde Pública, e sua prática enfaticamente
desaconselhada e restringida, sendo considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
como a principal causa de morte evitável. (SPINK; LISBOA; RIBEIRO, 2009; BARBOSA;
MACHADO, 2015).
Em 1989, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em parceria com as secretarias de
saúde estaduais e municipais e de vários setores da sociedade civil, instituiu o Programa
Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT). O PNCT tem como proposta diminuir o início
do hábito de fumar entre jovens e os riscos do tabagismo passivo, além de ampliar o
abandono do mesmo (LUCCHESE, 2013).
A prevalência do tabagismo tem diminuído ao longo das últimas duas décadas no
Brasil, em grande parte como uma resposta às políticas governamentais implementadas para
reduzir o uso do tabaco, que já refletem na redução das mortes por doenças crônicas não
transmissíveis, como o câncer de pulmão (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014).
Mesmo assim o uso do tabaco continua sendo um peso no orçamento da saúde
publica no Brasil. Infelizmente, o tabagismo e sua iniciação continuam sendo incentivados,
pois a indústria do tabaco encontra formas de contornar algumas dessas políticas e segue
promovendo o seu produto mortal. Embora o Brasil tenha conseguido resultados muito
significativos no controle do tabagismo, existem ainda questões em que precisa avançar,
como a regulamentação da proibição total do ato de fumar em ambientes fechados e da
exibição de produtos de tabaco nos pontos de venda, bem como a efetiva proibição do uso de
aditivos que visam tornar os cigarros mais atrativos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014).
Desde 1985, o Brasil vem desenvolvendo intervenções para o controle do
Tabagismo. O Programa Nacional de Controle do Tabagismo tem como alicerce e marco
fundamental a legislação que entrou em vigor em 1996 para restringir o uso do tabaco em
locais públicos e impedir a veiculação de campanhas nos meios de comunicação (IGLESIAS;
et al, 2008)
Em 1995, devido à extensão do território brasileiro, o Instituto Nacional do
Câncer (INCA) descentralizou o Programa Nacional para o Controle do Tabaco para os
Estados e, posteriormente, para os municípios (BARBOSA; MACHADO, 2015; IGLESIAS;
et al, 2008).
Ações de promoção da saúde devem considerar os determinantes sociais da
saúde e de que maneira estes causam impacto na qualidade de vida da população. Os
determinantes sociais são fatores sociais, econômicos, culturais, étnico-raciais, psicológicos,
comportamentais e ambientais que influenciam o processo saúde-doença (IGLESIAS; et al,
2008).
Frente aos dados alarmantes apresentados, entende-se que o tabaco, pelo seu alto
índice de consumo em todo o mundo, se constitui em um sério problema de saúde pública que
deve ser observado pelos órgãos públicos e responsáveis (BARBOSA; MACHADO, 2015).
Este programa foi criado com o intuito de promover e recuperar a saúde; prevenir as
doenças; incentivar o não fumar e a diminuição do consumo de tabaco, como também orientar
quanto às consequências e malefícios que o mesmo traz para a saúde do fumante e de quem
convive com ele (BARBOSA; MACHADO, 2015).

ENFERMAGEM
A enfermagem deve se basear nos princípios da articulação interinstitucional, da
interdisciplinaridade, da instrumentalidade de ações de capacitação e mobilização para a
construção de práticas da transversalidade do compromisso com a promoção à saúde, nos
inúmeros espaços de atuação (GIRON; SOUZA; FULCO, 2010).
Embora a normatização do exercício da profissão seja regulamentada pelo Conselho
Federal de Enfermagem, encontramos no cotidiano dos profissionais, alicerces de sustentação
da configuração das atividades laborais da profissão e em seus anseios a construção dos
fundamentos científicos para sua atuação (SENA; et al, 2006).
Integrando a equipe multidisciplinar da área de saúde e coordenando a equipe de
enfermagem, o enfermeiro possui atribuições privativas à sua qualificação, dentre as quais
destacamos: a realização da consulta de enfermagem, a prescrição de enfermagem, a
prestação de cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida, a
realização de cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam
conhecimentos de bases científicas e capacidade de tomar decisões diretas.
O objetivo deste estudo foi realizar uma busca na literatura produzida entre 2005 a
2015, que respondessem a seguinte questão norteadora: Qual tem sido o papel do enfermeiro
atuando no PNCT?

METODOLOGIA

A metodologia escolhida para o desenvolvimento deste trabalho foi a realização de


uma revisão integrativa, de cunho descritivo das fontes secundárias que remetam às
informações pertinentes ao desenvolvimento do tema proposto. Baseando-se em produções
que fornecem o conhecimento disponível na área, analisando-as e avaliando sua contribuição
para compreender ou explicar a problemática.
Revisão integrativa é um método de pesquisa utilizado desde 1980, no âmbito da
Prática Baseada em Evidências (PBE), que envolve a sistematização e publicação dos
resultados de uma pesquisa bibliográfica em saúde para que possam ser úteis na assistência à
saúde, acentuando a importância da pesquisa acadêmica na prática clínica. O principal
objetivo da revisão integrativa é a integração entre a pesquisa científica e a prática
profissional no âmbito da atuação profissional (MENDES, 2011)
Foi utilizado um total de 9 artigos, encontrados através dos descritores: “hábito de
fumar”; “programa nacional de controle tabagismo”; “cuidados de enfermagem”; e “atenção
primária à saúde” nas bases de dados online: Biblioteca Virtual de Saúde e Scielo, utilizado
como critério de inclusão, somente trabalhos disponíveis com texto completo, nas bases
nacionais de dados do Brasil, filtrando através dos assuntos: Saúde Publica, Tabaco; programa
nacional de controle tabagismo, com idioma em português. Compreendendo o período de
publicação de 2005 á 2015, utilizando como complemento manuais do Ministério da Saúde
pertinentes ao Programa Nacional de Redução do Tabagismo, onde foi possível colher e
analisar dados, ressaltar o que foi citado nos artigo e enfatizar a conclusão das questões
levantadas sobre o tema.

RESULTADOS

Os artigos utilizados neste trabalho estão descritos da seguinte forma: a)Titulo do


artigo; b) Autores; c) Ano de publicação; d) Palavras chave; e) Revista em que foi publicado;
e, f) Temática, todos na Tabela 1. Entre 2005 a 2015 não foi encontrado publicações nos anos
de 2008 e 2012. Dos 9 trabalhos encontrados 1 foi de Revista Psiquiatria Clinica, 1 Revista
Brasileira de Epidemiologia, 1 Revista Brasileira de Cancerologia, 1 da Revista Eletrônica de
Enfermagem e 2 Revista Mineira de Enfermagem, sendo somente 3 artigos específicos
relacionados à questão norteadora.
Revista em
Titulo do Ano de Palavras
Autores que foi Temática
artigo publicação chave
publicado
Estudo de
natureza mista, do
tipo descritivo e
exploratório, que
Tabagismo.
discutiu o uso da
A tecnologia de Abandono do
LUCCHESE, R; tecnologia de
grupo operativo hábito de
VARGAS, L. S; Texto grupo operativo
aplicada num fumar.
TEODORO, W. R; 2013 Contexto como estratégia
programa de Abandono do
SANTANA, L. K. B; Enfermagem de enfrentamento
controle do uso de tabaco.
SANTANA, F. R do uso do tabaco
tabagismo Processos
num programa de
grupais.
controle do
tabagismo na
atenção primária à
saúde.
Descreve a lógica
do programa e
Controle do
analisar alguns
tabagismo,
dos avanços
tabaco,
O controle do alcançados e
tabagismo, Revista de
tabagismo no CAVALCANTE, T. alguns dos
2005 cigarro, Psiquiatria
Brasil: avanços M. desafios ainda
Convenção Clínica
e desafios existentes no
Quadro
âmbito do
para Controle
controle do
do Tabaco.
tabagismo
no Brasil.
Apresenta as
ações do
Programa
Nacional de
Combate ao
Programas de Controle do
Tabagismo no
SILVA, S. T; governo, Tabagismo
Brasil: a Ciência &
MARTINS, M. C; Tabaco, (PNCT).
importância 2014 Saúde
FARIA, F. R; Promoção da Identificando as
estratégica das Coletiva
COTTA, R. M. M. saúde, evidências de sua
ações
Evidências eficácia na
governamentais
redução
da prevalência do
tabagismo no
Brasil.

A construção
Analisa aspectos
do tabagismo
do processo de
como problema Saúde
construção do
de Saúde Pública.
tabagismo como
Pública: uma SPINK, M. J. P; Tabagismo. Comunicação
problema de
confluência LISBOA, M. S; 2009 Convenção- Saúde
Saúde Pública no
entre interesses RIBEIRO, F. R. G quadro para Educação
contexto de
políticos e controle do
formulação de
processos de tabaco.
políticas sanitárias
legitimação
transnacionais.
científica
Fatores
socioeconômico Pessoal de Analisa os fatores
s e culturais saúde. Hábito associados ao
associados à de fumar. tabagismo em
prevalência de Prevalência. Revista trabalhadores da
BARBOSA, L. F. M; 2015
tabagismo entre Saúde pública. Brasileira de saúde vinculados
MACHADO, C. J.
trabalhadores Epidemiologia Epidemiologia ao Sistema Único
do Sistema . Saúde do de Saúde.
Único de Saúde trabalhador
em Belo
Horizonte
Discute a atuacao
do enfermeiro na
prevencao do
tabagismo na
adolescencia, com
enfase no cuidado
Prevenção do Adolescencia; de educar um
tabagismo na GIRON, M. P. N; Tabagismo; Revista sujeito capaz de
adolescência: SOUZA, D. P; 2010 Enfermagem Mineira intervir de forma
um desafio para FULCO, A. P. L. em Saude Enfermagem construtiva/reflexi
a enfermagem Publica va no processo de
construção de sua
identidade, num
contexto
histórico-cultural
de relações
sociais

Descreve uma
experiência para
sistematizar e
construir um
protocolo que
subsidie o
atendimento
Interrupção do realizado no
Cuidados de
uso do tabaco: a Hospital
Enfermagem;
consulta de SENA, C. A; Universitário-
Tabagismo;
enfermagem GOMES, E; Revista UFJF com
Enfermagem;
como estratégia CABRAL, M. I. A, 2006 Mineira clientela
Abandono do
para promoção CENTELLAS, S; Enfermagem referendada pelo
Uso de
da saúde FONSECA , L. N. SUS em uso
Tabaco;
baseada em passivo/ativo de
Tabaco
protocolo tabaco que
procura a
Consulta de
Enfermagem para
tratamento
terapêutico.
Relata a
experiência de
uma acadêmica de
Programa de enfermagem no
prevenção e Enfermagem; mês de julho de
tratamento do Tabagismo; Cogitare 2006, em um
MACHADO, V. C;
tabagismo: uma 2007 Promoção da Enfermagem Programa de
ALERICO, M. I;
vivência saúde; Prevenção e
SENA, J.
acadêmica de Prevenção de Combate ao
enfermagem doenças Tabagismo da
Secretaria
Municipal de
Saúde.
Analisa a criação,
implementação e
resultados do
Programa
Nacional
de Combate ao
Fumo, concebido
em 1988 pelo
governo federal,
estabelecendo
estratégias e
metas para o
Tabagismo/hi
23 Anos de controle do
storia;
Controle do tabagismo no
Tabagismo/pre
Tabaco no pais, em cinco
venção e
Brasil: a Revista grandes campos
ROMERO, L. C; controle;
Atualidade do 2011 Brasileira de de atuação: (i)
SILVA, V. L. C. Programa
Programa Cancerologia ação educativa
Nacional de
Nacional de junto a
Controle do
Combate ao profissionais de
Tabagismo;
Fumo de 1988 saúde e educação;
Brasil
(ii) ação educativa
junto a grupos
populacionais de
risco e a
população em
geral; (iii) ação
legislativa e na
esfera econômica;
(iv) ação médico-
social; e (v) ação
de pesquisa e
informação.
Tabela 1 – Artigos publicados segundo ano de publicação e temática.
Fonte: Dados da pesquisa, 2016.
DISCUSSÃO

O Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) organiza-se em uma rede


nacional, acarretando um gerenciamento embasado num processo de descentralização
envolvendo parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.
O enfermeiro é um importante membro da equipe básica multidisciplinar, por ser ele
um componente ativo no processo de consolidação da Estratégia da Saúde da Família como
política integrativa e humanizada. Ampliando a visibilidade, a prática destes profissionais são
consideradas propulsoras de mudanças que, contribuem para o fortalecimento e avanço do
SUS.
Algumas responsabilidades dos enfermeiros deverão ocorrer de modo a favorecer a
compreensão da realidade em todas as suas dimensões, levando à construção de uma nova
prática em saúde, mais integral, humanista e disposta a romper com as ações do modelo
“queixas-condutas”, à medida que estará definindo o novo papel nesta nova perspectiva.
A atuação do enfermeiro inserido no PNCT, fazendo uso das práticas de educação
em saúde, como multiplicadores de ações de prevenção nos seus postos de trabalho, compete
a ele a operacionalização do programa, responsabilidade de aconselhar, seus pacientes a
respeito dos malefícios decorrentes do uso de derivados do tabaco permitindo abordar o
tabagismo em diversas dimensões. Competindo-lhe converter o ato de cuidar e educar com
base no senso comum, tornando-o mais coerente, científico e conscientizando-se de sua
realidade concreta em relação ao sistema de saúde instituído (IGLESIAS; et al, 2008).
Configuram em recursos por meio dos quais o conhecimento científico produzido
norteando as ações intermediadas por outros profissionais de saúde, objetivando assim atingir
o cotidiano das pessoas, na medida em que compreendem os condicionantes do processo
saúde-doença, os quais oferecem subsídios para a adoção de hábitos e condutas saudáveis que,
como tais, contribuindo para melhoria na qualidade de vida (BARBOSA; MACHADO,
2015).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados do estudo permitem afirmar que é indispensável ao enfermeiro propor


a implantação de medidas e intervenções que visem prevenir e reduzir a exposição ao tabaco.
Definir continuamente o perfil da população assistida e os fatores que condicionam e
interferem na adoção de modos de vida saudáveis e as diversas ações de controle do
tabagismo, expandindo as redes de prevenção e tratamento de dependentes.
Torna essencial o embasamento de políticas efetivas de intervenção que possam
sensibilizar os grupos de indivíduos mais vulneráveis e com menos acesso a serviços de
saúde, Acarretando ao enfermeiro a ampliação do campo de atuação dentro do programa, a
implementação em diversos locais, o aumento do atendimento nos ambulatórios de
atendimento ao fumante, e a capacitação de outros profissionais para atuar no PNCT.
Implicitamente a aplicação de normas e rotinas emanadas em nível nacional, estabelecendo
atribuições e consequentemente definindo as relações interdisciplinares com outros
profissionais de saúde.
ABSTRACT

Tobacco use causes more than 5 million deaths per year, so that the forecast for 2030 unless
urgent action is taken, is that this number will increase to more than 8 million. The National
Cancer Institute, in partnership with state and local health departments and various sectors of
civil society, established the National Program for Tobacco Control. Since 1985, Brazil has
been developing interventions to control smoking. The National Programme for Tobacco
Control has the foundation and cornerstone legislation which came into force in 1996 to
restrict the use of tobacco in public places and prevent the placement of campaigns in the
media. Integrating multidisciplinary team of health and coordinating the nursing staff, the
nurse has exclusive competence to their qualification. The methodology used. The
performance of the inserted nurse at NPTC, making use of health education practices, as
multipliers of preventive actions in their jobs, it is for it to operationalize the program,
responsibility to advise their patients about the harm caused by use of derived from tobacco
allowing tackle smoking.

Keywords: Nursing. Smoking. National Program for Control Smoking. Nursing Care.
Primary Health Care.
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