Aula 5 - Alterações Fisiológicas Decorrentes de Cirurgias

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Alterações Fisiológicas

decorrentes de Cirurgias

Professora : Lilian
Gomes
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES

 Alteração dos sinais vitais


 (TPR- A hipotensão arterial: PA
 Hidratação rigorosa pela via EV, Mantendo-se
posição em caso de Hipertermia retirar os
cobertores.
Alteração dos sinais vitais (TPR-PA)

 - É importante que a temperatura corporal seja controlada com maior

frequência, bem como atentar para a instalação de quadro convulsivo,


principalmente em crianças. Como as alterações térmicas levam a
alterações nos sistemas cardiovascular e respiratório, recomenda-se que
os sinais vitais também recebam idêntica frequência de controle – o qual
possibilita a identificação precoce do choque, que é a intercorrência mais
grave, muitas vezes fatal. Assim, estes controles devem ser realizados
até que o cliente estabilize suas condições físicas.
ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS)

 - Dor: Geralmente na região da cirurgia Cefaleia pós Raquianestesia;

 Ações: Decúbito baixo em posição afrouxar e/ou trocar os curativos,


aliviar supina, a retenção de urina e fezes, fazer a Hidratação
adequada por VO mudança de decúbito, apoiar segmentos e/ou EV
do corpo em coxins e aplicar compressas frias ou quentes, escurecer
o ambiente , estimulando o cliente a repousar e/ou proporcionar-lhe
algo que o distraia, por exemplo, televisão, música, revistas, etc.

 Administração de medicação.
Sonolência

 A sonolência é uma característica muito frequente no


cliente cirúrgico.

 Ações :avaliação do nível de consciência deve ser


sempre verificada mediante alguns estímulos
(perguntas, estímulo tátil) alterações podem indicar
complicações graves
 – como, por exemplo, hemorragia interna
Soluço

 Os soluços são espasmos intermitentes do diafragma,


provocados pela irritação do nervo frênico. No pós-operatório, suas
causas mais comuns são a distensão abdominal e a hipotermia.

 Ações: aspiração ou lavagem gástrica (na distensão abdominal),


deambulação, aquecimento do cliente hipotérmico e mudança de
decúbito.

 (Plasil) de acordo com a prescrição médica.


Sede

Provocada pela ação inibidora da atropina, perdas sanguíneas e de
líquidos pela cavidade exposta durante o ato operatório, sudorese e
hipertermia. A equipe de enfermagem deve observar a presença de
sinais de desidratação (alteração no turgor da pele e da PA e
diminuição da diurese), manter a hidratação por via oral e, nos clientes
impossibilitados de hidratar-se por via oral, umidificar os lábios e a
boca, realizar higiene oral e manter hidratação endovenosa.
COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS

 Limitação na expansão pulmonar acumulo de secreção


traqueobronquica e dificuldade do cliente em elimina-la.
Atelectasia: colabamento dos alvéolos

 - Ações: pulmonares pela obstrução dos brônquios por tampão


mucoso. Manutenção da ventilação (artificial)

 Manifestações: aumento na frequência Permeabilidade das vias


respiratória .Dispneia, hipoventilação. Estimulação da tosse,
Estimulação de exercícios respiratórios, Realizar nebulização,
mudança de decúbito.
Complicações urinárias

Complicações urinárias: infecção urinária e a retenção urinária(bexigoma), é


geralmente causada por falhas na técnica de sondagem vesical e refluxo da urina.
Manifestação: hipertermia, disúria e alterações nas características da urina.

 Ações: higiene íntima adequada do cliente, bem como técnica asséptica na


passagem da sonda e sempre utilizar extensões, conectores e coletores
esterilizados com sistema fechado de drenagem.-

 Retenção urinária: medicando o cliente contra a dor, promovendo sua


privacidade, mudando-lhe de posição (se não houver contra indicação) e
avaliando a presença de dobraduras e grumos nas extensões das sondas e
drenos nas proximidades da bexiga.
COMPLICAÇÕESGASTRINTESTINAIS

 Náuseas e vômito Os efeitos colaterais dos anestésicos e a diminuição


do peristaltismo ocasionam distensão abdominal, acúmulo de líquidos e
restos alimentares no trato digestório; em consequência, o cliente pode
apresentar náuseas e vômito.
 - Ações: clientes sem sonda nasogástrica devem ser colocados em
decúbito lateral ou com a cabeça lateralizada para facilitar a drenagem
do vômito pela boca.
 - Ações: clientes com sonda nasogástrica, abrir a sonda e, mantendo-a
aberta, proceder à aspiração para esvaziar a cavidade gástrica.
Administrar antieméticos, passar a sonda nasogástrica (mantendo- a
aberta) e aspirar mais frequentemente o conteúdo gástrico, de acordo
com as orientações da enfermeira e/ou médico.
 A dieta é introduzida de forma gradativa nos clientes, desde
que não apresentem náuseas, vômitos ou distensão abdominal,
ou de acordo com as condições de aceitação.

 A equipe de enfermagem deve estar atenta quanto à ingestão


de líquidos, por ser esta uma das formas de reposição das
perdas líquidas ocorridas na cirurgia, devidas principalmente
ao sangramento.
Constipação intestinal

 Diminuição do peristaltismo provocada pelo efeito colateral do


anestésico, imobilidade prolongada no leito, quadro inflamatório, exposição e
manipulação do intestino durante as cirurgias abdominais e o medo da dor.
Como resultado, ocorre retenção de fezes acompanhada ou não de dor,
desconforto abdominal e flatulência.
 Cuidados de enfermagem:
 Iniciar deambulação precocemente;
 Aumentar ingestão de líquidos;
 Incentivar movimentação no leito;
 Providenciar dieta residuosa, caso não haja contra indicação.
 OBS.: Caso essas medidas não surtam efeito comunicar ao médico para
prescrição de um laxante, supositório ou clister.
Complicações Vasculares/Circulatórias:

 Flebite e/ou Tromboflebite:


o FLEBITE – Inflamação de uma veia
o TROMBOFLEBITE - Inflamação de uma veia
com formação de um coágulo trombo.
o TROMBO - Coágulo fixo
o ÊMBOLO - Coágulo móvel ou qualquer outro
corpo estranho
Causas:
 Longa permanência no leito, sobretudo em idosos;
 Faixas de restrição muito apertadas
 Posição cirúrgica, principalmente as que exigem MMII flexionados (ginecológicas,
retais);
 Pacientes que já possuem problemas circulatórios (varizes) em MMII;
 Pacientes idosos, obesos.
Sinais e Sintomas:


 Extremidades quentes, vermelhas, edemaciadas, doloridas;
 Febre discreta, mal estar;
Cuidados de enfermagem:
 Incentivar ingestão de líquidos para diminuir hemoconcentração;
 Afrouxar restrições e curativos;
 Incentivar movimentação no leito e deambulação precoce;
 Observação do paciente predisposto (idosos, obesos que já sejam portadores de
problemas
circulatórios).
 OBS.: Na tromboflebite existe o risco de ocorrer o desprendimento de um
coágulo que pode alojar-se no pulmão ou cérebro, correndo, nesse caso,
embolia pulmonar ou cerebral, respectivamente.
Profilaxia
  Mudar posição do paciente no leito frequentemente se não houver
contra indicação;
 Fazer movimentos de flexão e extensão dos dedos do pé, pernas
(exercícios ativos/passivos)
 Sinais e Sintomas
A principal característica é a dor aguda no tórax, subitamente;
 Pele fria, pálida e cianótica (diminuição da circulação sangüínea);
 Dispnéia
Cuidados de enfermagem:
 Avisar imediatamente o médico;
 Administrar medicação prescrita (anticoagulante).
OBS.: A conduta de enfermagem é essencialmente preventiva evitando
todos os fatores que
favorecem a formação de coágulos.
Complicações com a Incisão Cirúrgica

a) Hemorragia (interna/externa):
Sangramento pela incisão ou através dela.
Cuidados de enfermagem:
 Detecção precoce pela observação atenta do curativo,
sobretudo na primeira hora do pósoperatório;
 Se o paciente estiver com drenos, sondas, observar o aspecto
do líquido drenado;
 Observar sinais de palidez, sudorese, ansiedade
b) Infecção:

 É a principal e a mais comum complicação da incisão cirúrgica.

Causas:
A principal causa é a falta de assepsia antes, durante e após a cirurgia. Exceto em alguns casos
em que a própria cirurgia já é contaminada ou infectada. A enfermagem tem grande responsabilidade na contaminação de
um curativo cirúrgico.
Sinais/Sintomas:
 Febre, calafrios;
 Anorexia;
 Cefaleia e mal estar.
 Dor;
 Hiperemia (vermelhidão);
 Edema;
 Presença de secreção purulenta
Cuidados de enfermagem:

 Fazer curativos com rigorosa técnica asséptica;

  Observar atentamente tipo, quantidade, cheiro da secreção, anotar e


comunicar;

  Administrar medicação e executar cuidados conforme a prescrição e o


tipo de infecção.
COMPLICAÇÕES DA FERIDA OPERATÓRIA

As mais frequentes são:


- Hematoma ocorre por haver uma hemorragia oculta na
ferida. Quando é grande, pode interferir no processo de
cicatrização.
- Infecção ocorre devido a diversos fatores, inclusive devido
a curativo mal feito.
A cicatrização é um processo que ocorre de dentro para fora Pode ocorrer sem

nenhum problema (primeira intenção), apresentar dificuldade para cicatrização

imediata (segunda intenção) ou ainda necessitar de uma nova sutura (terceira

intenção).

A retirada de pontos é feita geralmente no sétimo dia após a cirurgia ou nos dias

posteriores.

Material necessário:

- Pinça anatômica

- Tesoura

- Bisturi ou gilete
RETIRADA DE PONTOS

Gases
- Antissépticos
- Esparadrapo
Procedimento
- Observar as condições da ferida
- Retirar pontos alternados e se não houver problemas
retirar o restante
- Anotar na papeleta.
Cuidados de enfermagem

 Deixar o paciente em posição que diminua a tensão


das bordas (Fowler);
 Curativos compressivos, aproximando as bordas.
Na maioria das vezes cicatrização é por segunda
intenção.
Infecção da ferida cirúrgica

 A infecção da ferida operatória caracteriza-se pela presença de secreção


purulenta que varia de clara inodora a pus espesso com odor fétido, com a
presença ou não de necrose nas bordas da ferida.

 Quando ocorre um processo inflamatório, normalmente os sintomas se


manifestam entre 36 e 48 horas após a cirurgia, mas podem passar
desapercebidos devido à antibioticoterapia.

 A equipe de enfermagem pode prevenir a infecção através de um preparo pré-


operatório adequado, utilização de técnicas assépticas, observação dos
princípios da técnica de curativo e alerta aos sinais que caracterizam a infecção
CHOQUE

 No quadro de choque ocorre suprimento inadequado de sangue para os


tecidos, provocando alterações nos órgãos essenciais. Por ser uma
ocorrência grave, o prognóstico dependerá da rapidez no atendimento.

 No PO imediato o choque hipovolêmico é o mais comum, provocado pela


perdas sanguínea excessiva ou reposição hídrica ou sanguínea
inadequada durante ou após a cirurgia.

 Outro tipo frequente é o choque séptico decorrente de cirurgias infectadas,


infecções crônicas ou adquiridas durante ou após o ato cirúrgico.
Evisceração

Quando acontece a deiscência com saída das vísceras (órgãos abdominais). É uma
complicação bastante grave.

Causa:
 Deiscência de parede, infecções.
Cuidados de enfermagem:
 Não tentar recolocar os órgãos eviscerados para dentro da cavidade;
 Proteger os órgãos eviscerados com compressa estéril embebida em soro fisiológico,
enfaixando suavemente sem comprimir;
 Comunicar imediatamente ao médico.
Úlceras por Pressão

São lesões necróticas da pele e tecido subcutâneo.


Causas:
 Pressão da pele em cama com lençóis molhados e/ou enrugados;
 Permanência prolongada no leito numa mesma posição;
 Obesidade, caquexia, anemia, deficiência circulatória, diabete, desnutrição.

Cuidados de enfermagem:
 Curativos no local;
 Mudança de decúbito;
 Colchão “caixa de ovo”, almofadas, hidratantes protetores, espumas etc.

OBS.: Os cuidados de enfermagem com relação às úlceras de pressão, devem ser


preferencialmente preventivos:
 Manter o paciente higienizado, seco, lençóis esticados;
 Massagear a pele do paciente com soluções hidratantes, para ativar a circulação;
 Realizar mudança de decúbito em pacientes que permanecem muito tempo acamados;
CUIDADOS COM DRENOS

 Dreno pode ser definido como um objeto de forma variada, produzido em


materiais diversos, cuja finalidade é manter a saída de líquido de uma cavidade
para o exterior.

 Cuidados gerais de enfermagem são: manter a permeabilidade, visando garantir


uma drenagem eficiente; realizar o adequado posicionamento do dreno, evitando
que ocorra tração e posterior deslocamento; realizar o curativo conforme a
necessidade e com o material determinado para a prevenção de infecções;
controlar a drenagem, atentando para a quantidade e aspecto da secreção
drenada, e registrar corretamente todos estes dados.
Sistema para drenagem fechada de
feridas

 realiza a drenagem com o auxílio de uma leve sucção (vácuo), sendo composto
por uma extensão onde uma extremidade fica instalada na cavidade e a outra em
uma bolsa com o aspecto de sanfona. Seu manejo consiste em manter essa
sanfona com a pressão necessária para que a drenagem ocorra com mais
facilidade.
 Este sistema é utilizado principalmente para a drenagem de secreção
sanguinolenta, sendo amplamente utilizado nas cirurgias de osteosíntese e
drenagem de hematoma craniano. Outra forma de drenagem fechada são os
drenos com reservatório de Jackson-Pratt (JP), que funciona com pressão
negativa e diferencia-se do anterior por possuir a forma de pêra – sendo
comumente utilizado para cirurgias abdominais.
 O principal cuidado com esse tipo de dreno é a correta manutenção do vácuo,
obtido com a compressão do reservatório.
 Caso contrário, a drenagem não será eficaz, podendo ocorrer acúmulo de
secreção- o que provocaria no cliente dor, desconforto e alterações dos seus
sinais vitais, entre outras intercorrências.
Cuidados com drenos
CUIDADOS COM DRENOS

 Dreno de tórax
 Na cavidade torácica a pressão é menor que a do ar atmosférico, o que
possibilita a entrada de ar. Sempre que o pulmão perde essa pressão negativa, seja
por abertura do tórax devido à cirurgia, trauma ou por presença de ar, pus, ou
sangue no tórax ocorrerá o colapso pulmonar.
 Na presença desse colapso faz-se necessária a realização de drenagem torácica
para a reexpansão pulmonar pela restauração da pressão negativa. Para tal
procedimento faz-se necessária a utilização de máscara, aventais e luvas estéreis,
 solução para a assepsia do local de punção, sistema de drenagem montado,
anestésico local e material para curativo Durante o procedimento, a equipe de
enfermagem deve auxiliar a circulação dos materiais e promover conforto e
segurança ao cliente.
 Em relação à manutenção do sistema fechado, a equipe de enfermagem deve
observar e realizar algumas ações específicas para impedir a entrada de ar no
sistema pois, caso isto ocorra, o ar pode entrar nas pleuras (colabamento
pulmonar) e comprimir os pulmões, provocando dispneia e desconforto respiratório
para o cliente.
 Como precaução a esta eventualidade o dreno deve estar corretamente fixado
ao tórax do paciente com fita adesiva – o que impede seu deslocamento.
 Visando evitar o colabamento pulmonar a equipe deve adotar os seguintes
cuidados: certificar-se de que as tampas e os intermediários do dreno estejam
corretamente ajustados e sem presença de escape de ar, o que prejudicaria a
drenagem; manter o frasco coletor sempre abaixo do nível do tórax do cliente– o
qual, durante a deambulação, poderá utilizar uma sacola como suporte para o
frasco coletor.
 O cliente deve ser orientado para manter o frasco coletor sempre abaixo
do nível de seu tórax, e atentar para que não quebre-caso isto ocorra, deve
imediatamente pinçar com os dedos a extensão entre o dreno e o frasco, o que
evitará a penetração de ar na cavidade pleural.
Princípios importantes no manuseio do sistema de drenagem torácica. Trocar o
frasco a cada 24 horas da seguinte maneira.
CUIDADOS

 Jamais o dreno torácico deve ser separado do sistema de drenagem,


antes de ser grampeado, isto é fechado. Jamais levante o sistema de
drenagem, acima da cintura sem antes grampear o sistema.
 O sistema estéril, então ao manuseá-lo deve-se tomar as precauções
de manuseio de material estéril. O selo d água deve ser verificado se
está no
nível coletor antes de abrir o sistema novamente. Adicionar água
destilada até a marca apropriada, caso nível de líquido esteja abaixo
do padrão.
 Deve-se instruir o cliente para
deambular com o sistema.
 Ao desprezar o conteúdo não esquecer de medi-lo diminuindo o
valor referente ao selo d água, descrever o aspecto e característica
do líquido drenado.
 Sistemas de drenagem aberta: o dreno mais utilizado é o de Penrose, constituído
por um tubo macio de borracha, de largura variada, utilizado principalmente para
cirurgias em que haja presença de abcesso na cavidade, particularmente nas
cirurgias abdominais – nas quais se posiciona dentro da cavidade, sendo
exteriorizado por um orifício próximo à incisão cirúrgica.

 Com relação aos cuidados de enfermagem, por se tratar de um sistema aberto-


que deverá estar sempre protegido por um reservatório (bolsa) – a manipulação
deve ser feita de maneira asséptica, pois existe a comunicação do meio ambiente
com a cavidade, o que possibilita a ocorrência de infecção – e o profissional deve
estar atento para a possibilidade de exteriorização, o que não é incomum.
DRENAGEM VESICAL SUPRA-
PÚBICA

 É realizada através da introdução de um cateter após uma incisão ou


punção na região supra-púbica, a qual é preparada cirurgicamente,
sendo que o cateter é posteriormente conectado à um sistema de
drenagem fechado.

 Suas indicações principais são pacientes com retenção urinária por


obstrução uretral sem possibilidades de cateterização, em pacientes
com neoplasia de próstata ou em pacientes com plegias, ou seja,
quando há necessidade de uso crônico da sonda.
Vantagens

 São várias as vantagens da drenagem supra-púbica: os pacientes


são capazes de urinar mais precocemente, é mais confortável do
que uma sonda de demora trans-uretral, possibilita maior
mobilidade aopaciente, maior facilidade de troca da sonda e
principalmente apresenta um menor risco de infecção urinária.
Como desvantagem é ser um método cirúrgico
Sondagem

 Apesar de termos inúmeros tipos de sondas e diferentes locais para


utilizá-los, iremos nesta aula nos deter basicamente nas sondagens
vesical, gastrointestinal e retal.
 Importante é a conceituação correta de sonda e cateter, que
frequentemente são utilizados para funções semelhantes. Sonda é
definida como um tubo que se introduz em canal do organismo, natural ou
não para reconhecer-lhe o estado, extrair ou introduzir algum tipo de
matéria.
 Na definição de cateter temos: instrumento tubular que é inserido no
corpo para retirar líquidos, introduzir sangue, soro, medicamentos e
efetuar investigações diagnósticas.
SONDAGEM VESICAL
 Quando a urina não pode ser eliminada naturalmente, deve ser drenada
artificialmente através de sondas ou cateteres que podem ser introduzidos
diretamente na bexiga, ureter ou pelve renal.

 A sondagem vesical é a introdução de uma sonda ou cateter na bexiga,


que pode ser realizada através da uretra ou por via supra púbica, e tem
por finalidade a remoção da urina.

 Suas principais indicações são: obtenção de urina asséptica para exame,


esvaziar bexiga em pacientes com retenção urinária, em preparo cirúrgico
e mesmo no pós-operatório, para monitorizar o débito urinário horário e
em pacientes inconscientes, para a determinação da urina residual ou
com bexiga neurogênica que não possuam um controle esfincteriano
adequado.
TIPOS DE SONDAS OU
CATETERES

 - variam de modelos e materiais, de acordo com o tipo


de sondagem, se de alívio ou de demora. Para as
sondagens de alívio, as mais utilizadas são a sonda de
nelaton; para as sondagens de demora temos as
sondas de duas vias, como a de Foley ou a de três
vias para lavagem vesical.
 Nas mulheres, realizar antissepsia da região pubiana, grandes lábios e colocar
campo fenestrado; entreabrir os pequenos lábios e fazer antissepsia do meato
uretral, sempre no sentido uretra-ânus, levando em consideração de que a mão em
contato com esta região é contaminada e não deve voltar para o campo ou sonda.
Introduzir a sonda lubrificada no meato urinário até a verificação da saída de urina.

 Se for uma sonda de Foley, insuflar o balão de segurança com água destilada,
obedecendo ao volume identificado na sonda. Conectar à extensão, fixar a sonda
e reunir o material utilizado.

 Se for uma sonda de alívio, aguardar esvaziar a bexiga e remover imediatamente a


sonda
 Nos homens, após a antissepsia da região púbica,
realiza-se o mesmo no pênis, inclusive a glande com
movimentos circulares, e para a passagem do cateter,
traciona-se o mesmo para cima, introduzindo-se a sonda
lentamente.
 Nas sondagens vesicais de demora, com o sistema de drenagem
fechado, deve-se observar algumas regras para diminuição do risco de
infecção do trato urinário: nunca elevar a bolsa coletora acima do nível
vesical; limpeza completa duas vezes ao dia ao redor do meato uretral;
nunca desconectar o sistema de drenagem fechado, e a troca do
sistema deve ser realizado a cada sete dias na mulher e a cada 15 dias
no homem, ou na vigência de sinais inflamatórios.
SONDAGEM
GASTROINTESTINAL

A passagem de sonda gastrointestinal é a inserção de uma sonda de plástico


ou de borracha, flexível, pela boca ou pelo nariz, cujos objetivos são:

1. Descomprimir o estômago
2. Remover gás e líquidos
3. Diagnosticar a motilidade intestinal
4. Administrar medicamentos e alimentos
5. Tratar uma obstrução ou um local com sangramento
6. Obter conteúdo gástrico para análise
 7. Lubrificar cerca dos 10 cm iniciais da sonda com uma substância
solúvel em água (K-Y gel), introduzir por uma narina, e após a introdução
da parte lubrificada, flexionar o pescoço de tal forma que o queixo se
aproxime do tórax. Solicitar para o paciente que faça movimentos de
deglutição, durante a passagem da sonda pelo esôfago, observando se a
mesma não está na cavidade bucal.

 8. Introduzir a sonda até a marca do esparadrapo.

 9. Fixar a sonda, após a confirmação do seu posicionamento


COMPROVAÇÃO DE CORRETO
POSICIONAMENTO


1. Teste da audição: colocar o diafragma do estetoscópio na altura do estômago do paciente e
injetar rapidamente 20 cc de ar pela sonda, sendo que o correto é a audição do ruído característico.

 2. Aspiração do conteúdo: aspirar com uma seringa o conteúdo gástrico e


determinar do seu pH. O pH do conteúdo gástrico é ácido (aproximadamente 3),do aspirado
intestinal é pouco menos ácido (aproximadamente 6,5) e do aspirado respiratório é alcalino (7 ou
mais); também está confirmado o correto
posicionamento, se com a aspiração verificarmos restos alimentares.

 3. Teste do borbulhamento: colocar a extremidade da sonda em um copo com


água, sendo que se ocorrer borbulha, é sinal que está na traqueia.

 4. Verificação de sinais: Importância para sinais como tosse, cianose e dispneia.


 2. Preparo do material: forro, vaselina ou xilocaína geleia, papel
higiênico, comadre, biombos, sonda retal, gaze, equipo de soro e luvas.
3. Lavar as mãos e utilizar luvas
4. Adaptar a sonda retal à solução prescrita e ao equipo de soro
5. Colocar o paciente na posição de Sims
6. Lubrificar cerca de 10 cm da sonda com vaselina
7. Afastar os glúteos e introduzir a sonda
Treinamento:

Médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, auxiliares e


técnicos de enfermagem devem ter o conhecimento
técnico necessário ao perfeito funcionamento do
SCDPM, devendo estar capacitados para a
resolução das eventuais complicações inerentes à
drenagem pleural, pericárdica ou mediastinal.
Instruções de uso:

Recomenda-se a leitura do manual por toda a Equipe hospitalar de modo a padronizar e


protocolar a rotina do uso do SCDPM.

 As técnicas de manuseio poderão ser individualizadas, a critério médico e de acordo com as

necessidades cirúrgicas.

 Preparo do frasco coletor: Verificar a capacidade do frasco coletor escolhido e colocar solução

fisiológica ou água destilada estéril no frasco coletor, de modo a atingir a marca do nível líquido
mínimo obrigatório, conforme a capacidade do reservatório.

 Preparo do sistema coletor:

 A tampa do SCDPM deve ser rosqueada ao frasco coletor de modo correto firme.

 Somente o correto rosqueamento possibilitará a vedação adequada quando for necessária a

aspiração contínua.
 Revisão do sistema de drenagem:

 Rever se a extremidade do tubo no interior do frasco ficou submersa


cerca de 2 cm abaixo do nível líquido mínimo obrigatório.

 Marcar na etiqueta do frasco coletor o nível líquido, a data e a hora


da instalação do frasco coletor.

 Verificar se existe oscilação ou borbulhamento no nível líquido.


  Faixa adesiva de fixação:

  A faixa adesiva de fixação é de extrema importância para o conforto

do paciente e deverá ser fixada no flanco do paciente.

  Ela evita que as trações da mangueira do SCDPM sejam transmitidas

ao(s) ponto(s) de fixação cirúrgica do dreno torácico com a pele.

  Desta forma, se previne o doloroso deslocamento ou arrancamento

do dreno torácico.
Instruções ao paciente:

 A instrução sobre o funcionamento do SCDPM ao paciente ou aos seus


representantes é da responsabilidade da Equipe médica e da
enfermagem.
 As instruções devam incluir noções e cuidados para se obter uma
perfeita sifonagem do SCDPM no paciente acamado, na deambulação e
no transporte.

 Orientar que não se deve elevar o frasco coletor acima do nível da


cintura, para evitar o refluxo de líquidos do frasco coletor para a cavidade
torácica.
 Orientar como manter a mangueira de drenagem quase esticada, sem formar
sinuosidades acentuadas, dobras ou acotovelamentos.
 Também, deve-se orientar que o paciente não deite em cima da mangueira de

 Orientar como se devem evitar movimentos corpóreos bruscos de modo a não


tracionar a mangueira de drenagem, o que pode provocar desconexões,
deslocamento doloroso ou arrancamento do dreno torácico.

 Avisar imediatamente ao médico, em caso de desconexão acidental ou


sangramento.
Transporte do paciente:

  Não deixar formar curvas acentuadas, dobras ou


acotovelamentos na mangueira de drenagem
  Manter sempre o frasco coletor abaixo do nível da cintura, deste
modo se evita que o líquido seja aspirado para o interior do tórax
do paciente.
  Na presença de fístula aérea, o dreno não deve ser pinçado
durante o transporte em maca ou cadeira de rodas.
  Não pinçar o dreno torácico ao fazer radiografias, transporte ao
centro cirúrgico ou nas ambulâncias.
Exames radiográficos:

  A radiografia de tórax e a tomografia computadorizada de


tórax são indicadas na avaliação do posicionamento do dreno
torácico e da efetividade da drenagem pleural.
PROCESSO DE CUIDADO

 As funções exercidas pela enfermagem durante a trajetória


de sua história, multiplicaram-se com o passar do tempo, deixando
de ser apenas curativa e ganhando dimensões preventivas e de
reabilitação.

 O procedimento cirúrgico é uma situação estressante para o


paciente, ao depararse com a mesma é acometido de muitos
medos, diante destas características entendemos que a
sistematização da assistência de enfermagem perioperatória
possibilita a melhoria da qualidade da assistência prestada, “...pois
torna-se um processo individualizado, planejado,valiado e,
principalmente, contínuo...”

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