Questão 5 - DPOC

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DPOC

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica


INTRODUÇ
ÃO
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma
expressão que costuma ser aplicada a pacientes com
enfisema, bronquite crônica ou um misto de ambos.
Muitos pacientes que referem dificuldade respiratória
progressiva têm tosse crônica, pouca tolerância ao
exercício, evidência de obstrução da via aérea, pulmões
hiperinsuflados e piora da troca gasosa. Por isso, é difícil
saber em que extensão esses pacientes têm bronquite
crônica ou enfisema, tornando a expressão DPOC um nome
operacional para evitar que se faça um diagnóstico não
confiável.
DEFINIÇ
ÃO
Segundo a GOLD (Iniciativa Global para Doença Pulmonar
Obstrutiva Crônica), a DPOC é definida como uma doença
comum prevenível e tratável, caracterizada pela limitação
persistente ao fluxo aéreo normalmente progressiva
associada a uma resposta inflamatória crônica aumentada
nos brônquios e nos pulmões a partículas ou gases
tóxicos, excluindo a presença de outras doenças que
causam obstrução ao fluxo aéreo.
01
Enfisema
Patologia, tipos e
patogênese
PATOLOGIA
• Se caracteriza pela dilatação dos espaços aéreos distais aos
bronquíolos terminais, consequente à destruição das suas
paredes.
• Como se vê na imagem ao lado, o enfisematoso apresenta
perda das paredes alveolares com consequente destruição
de porções do leito capilar. As pequenas vias aéreas ficam
estreitas, tortuosas e reduzidas numericamente e suas
paredes ficam finas e atrofiadas.
• Na imagem abaixo, podemos observar (a olho nu) perdas nas
grandes vias aéreas.
TIPOS
• Enfisema centroacinar: Destruição limitada à parte central do lóbulo, os ductos alveolares
periféricos e os alvéolos podem ser poupados. Mais comum no ápice dos pulmões, podendo
se estender inferiormente com a evolução da doença.
• Enfisema paracinar: Distensão e destruição de todo o lóbulo. Mais comum nos lobos
inferiores.
PATOGÊNESE
• Uma hipótese atual é a liberação pelos neutrófilos de
grandes quantidades da enzima lisossomal elastase – que
causa a destruição da elastina (uma proteína estrutal
fundamental do pulmão) e do colágeno tipo IV (uma molécula
importante para determinar a resistência do lado fino do capilar
pulmonar [definindo a integridade da parede alveolar]).
• O fumo é o fator patogênico mais importante, agindo por meio
da estimulação dos macrófagos para a liberação de
substâncias quimioatrativas de neutrófilos.
Bronquite
Crônica
Patologia e Patogênese
PATOLOGIA
• Se caracteriza pela grande produção de muco
na árvore brônquica, suficiente para causar
expectoração excessiva.
• Na prática, o critério que defina uma
“expectoração excessiva” é uma expectoração
na maioria dos dias por pelo menos 3 meses
ao ano, por pelo menos 2 anos sucessivos.
• O achado característico é a hipertrofia das
glândulas mucosas nos brônquios maiores
(como se vê na imagem ao lado) e alterações
inflamatórias crônicas nas pequenas vias
aéreas.
• Excesso de muco pode ser encontrado nas
vias aéreas.
• As pequenas vias aéreas são estreitas e
apresentam alterações inflamatórias.
PATOGÊNESE
• O fumo também é o principal responsável. A exposição
repetida às suas substâncias irritantes causa inflamação
crônica.
Achados
Clínicos
Tipo A e Tipo B
INTRODUÇ
ÃO
A bronquite crônica é definida clinicamente. Contudo,
não é possível fazer um diagnóstico definitivo de enfisema,
haja vista a necessidade de comprovação histológica.
Uma combinação de anamnese, exame físico e imagem
(em especial TC) pode fornecer uma alta probabilidade
diagnóstica; mesmo não sendo possível quantificar o grau de
enfisema – por isso a importância da expressão DPOC.
Dentro do espectro da DPOC, existem 2 extremos de
apresentação clínica: Tipo A e Tipo B – sendo,
respectivamente, enfisema e bronquite crônica. Contudo,
na maioria dos pacientes, há achados clínicos mistos.
TIPO A
Apresentação típica: Paciente, em torno dos 50 anos, com
dificuldade progressiva para respirar nos últimos 3 a 4
anos. Tosse pode estar ausente e, se presente pode ser
acompanhada de pouca expectoração clara. O paciente
é astênico (“fraqueza” em vários âmbitos) e parece ter
perdido peso recentemente.
O tórax é hiperinsuflado e a ausculta apresenta
murmúrio vesicular (ruídos respiratórios suaves ouvidos
na maior parte do tórax são causados pela turbulência do
ar circulante) reduzido e ausência de sons adventícios
(sons graves).
A radiografia confirma a hiperinsuflação, o diafragma
rebaixado, um mediastino (espaço entre os 2 pulmões)
estreito e um aumento da transluscência retroesternal
(entre o esterno e o coração na incidência lateral).
TIPO A
Na TC, podemos observar (em um corte axial do pulmão) buracos esparsos por todo o pulmão.
TIPO B
Apresentação típica: Paciente, em torno dos 50 anos, com
tosse crônica e produtiva durante vários anos. O
volume do escarro vem aumentando. Exacerbações
agudas com franca expectoração purulenta estão cada
vez mais comuns. Diminuição do fôlego durante
exercício. Quase sempre, o paciente é fumante há vários
anos.
Ao exame físico, o paciente é pletórico (aumento de
volume de sangue no organismo, que provoca inchaço
vascular) com algum grau de cianose. Pode haver
edemas e hipertensão. Á ausculta, encontram-se
estertores crepitantes (sons semelhantes a estalidos
finos frequentemente associados à presença de líquido
nos alvéolos pulmonares) e roncos.
Observa-se na radiografia, algum grau de cardiomegalia,
congestão pulmonar e cicatrizes de infecções passadas.
Linhas paralelas (sinal do trilho de trem) podem ser
vistas – provavelmente devido ao espessamento e à
inflamação das paredes brônquicas.
DIFEREN
ÇAS
Alguns clínicos afirmam que a principal diferença entre
os 2 tipos está no controle da respiração. Eles sugerem que
os pacientes do tipo B apresentam hipoxemia (baixo nível
de O2 no sangue) mais grave e maior incidência de cor
pulmonale (aumento do ventrículo direito secundário à
pneumopatia, o qual provoca hipertensão arterial pulmonar,
sucedida por insuficiência ventricular direita).
Prova de Função
Pulmonar

Espirometria
INTRODUÇ
ÃO
Identificar a DPOC na espirometria pede
conhecimentos sobre valores de referência e cruzamento
com sintomas.
Nesse contexto, a prova de função pulmonar oferece
dados importantes, sendo o exame que permite a tomada
de decisão correta para cada caso.
Conhecido também como teste do sopro e prova de
função pulmonar, a espirometria avalia a saúde dos
pulmões – permitindo a verificação da quantidade de ar e
velocidade com que é inspirado e expirado - e indicando
a possibilidade de patologias restritivas e obstrutivas
(como a DPOC).
VALORES DA ESPIROMETRIA PARA
• Segundo a GOLD, a DPOC pode ser
DPOC
identificada quando houver relação VEF1/CVF
pós-broncodilatador < 70%, lembrando que:
 VEF1 corresponde ao Volume Expiratório
Forçado no Primeiro Segundo: Quantidade de
ar eliminada no primeiro segundo da
manobra expiratória forçada.
 CVF é a Capacidade Vital Forçada
Expiratória: é o volume eliminado em
manobra expiratória forçada desde a CPT
(Capacidade Pulmonar Total: quantidade de
ar nos pulmões após uma inspiração
máxima) até o VR (Volume Residual:
quantidade de ar que permanece nos
pulmões após a exalação máxima).
• Dessa forma o VEF1 deve corresponder a
pelo menos 70% da CVF.
Tratamento

Hábitos e Cirurgia
MUDANÇA DE HÁBITOS E CIRURGIA REDUTORA DO
VOLUME PULMONAR
É fundamental que o paciente pare de fumar e, tanto quanto possível, reduza a exposição à poluição ocupacional e
atmosférica.
A bronquite crônica deve ser tratada com antibióticos e broncodilatadores quando houver componente reversível.
A cirurgia visa remover áreas danificadas (enfisematosas e avasculares) do pulmão que não estão contribuindo
adequadamente para a função respiratória e que estão causando hiperinsuflação.
Ela tem como base fisiológica a redução do volume que aumenta a tração radial (força que ajuda os alvéolos a se
manterem abertos durante a respiração, permitindo uma troca eficiente de oxigênio e dióxido de carbono), ajudando a
limitar a compressão dinâmica.
Em um pulmão hiperinsuflado, a perda de elasticidade dos tecidos pulmonares pode resultar em uma expiração
menos eficaz, tornando necessário um esforço extra para expelir o ar. Isso pode levar à compressão excessiva dos
alvéolos, o que pode prejudicar ainda mais a função pulmonar. Ao reduzir o volume do pulmão, a cirurgia ajuda a limitar
essa compressão excessiva durante a expiração, facilitando o esvaziamento dos pulmões.
Além disso, a musculatura inspiratória, em suma o diafragma, é encurtada, melhorando a sua eficiência mecânica.

Para quem quiser ver um vídeo da cirurgia: https://www.youtube.com/watch?v=lyz5XG0Vlvw


Referência

● Fisiopatologia Pulmonar de West: Princípios Básicos.


● Dica de aprofundamento:
https://www.medway.com.br/conteudos/dpoc-quem-sabe-o-que-proc
ura-encontra/

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