• por Bianca Alves
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Pizza caseira de mascarpone, azeitonas e pesto (Foto: Divulgação)

Pizza caseira de mascarpone, azeitonas e pesto (Foto: Divulgação)

Comer em casa é sempre mais saudável do que ir a restaurantes. Por mais que hoje vários estabelecimentos tenham se especializado em comidas saudáveis, quando preparamos nossas próprias refeições podemos controlar a quantidade de óleo adicionada e saber a origem de cada ingrediente.

Para comprovar essa máxima, um estudo realizado por especialistas do Instituto Silent Spring, nos Estados Unidos, sugere que quem consome mais comidas caseiras possui uma quantidade de compostos químicos tóxicos no organismo menor do que quem tem o hábito de comer fora. A descoberta é importante porque estas substâncias são associadas a problemas reprodutivos, disfunções no sistema imunológico e ao câncer.

Para além da comida, estes componentes podem ser encontrados em vários lugares, de forma que eles podem ser carregados pelo vento e pela água, indo parar nos alimentos. Eles também podem estar presentes em embalagens, como nas caixinhas de fast food e até nos sacos de pipoca de micro-ondas. Infelizmente, ainda não há uma forma de se proteger contra estas toxinas.

Os alimentos industrializados prejudicam a saúde e agravam o colesterol ruim (Foto: Pexels / Isaac Taylor / CreativeCommons)

Os alimentos industrializados prejudicam a saúde e agravam o colesterol ruim (Foto: Pexels / Isaac Taylor / CreativeCommons)

Conhecidas como PFAS, essas substâncias  são capazes de desregular hormônios, especialmente os emitidos pela tireoide. Muitos produtos domésticos as utilizam como ingredientes, uma vez que são hidrofóbios e lipofóbicos, ou seja, resistentes à água e a manchas. Criadas na década de 1930, elas já firam associadas a problemas de fertilidade, aumento do colesterol, disfunções do sistema imunológico e aumento do risco de câncer.

De volta ao estudo do instituto sem fins lucrativos, os cientistas analisaram dados sobre os hábitos de alimentação e os níveis de PFAS no sangue de mais de 10 mil estadunidenses. Dessa forma, eles conseguiram criar associações entre os costumes dos invidíduos e a exposição às toxinas, o que os levou a concluir que aqueles que comiam em restaurantes com maior frequência apresentavem níveis de contaminação mais altos.

Além disso, os especialistas acreditam que quanto mais substâncias danosas o preparo entre em contato, maior a concentração no nosso organismo. "Esse é o primeiro estudo a observar uma ligação entre diferentes fontes de alimentos e as exposições de PFAS na população dos Estados Unidos", destaca Laurel Schaider, química do Silent Spring e uma das autoras do estudo.