Comportamento

Por Por Gladys Magalhães


A natação ajuda os pets a gastarem energia com menor impacto nas articulações e nos ligamentos — Foto: ( Piabay/ Iannnnn/ CreativeCommons)
A natação ajuda os pets a gastarem energia com menor impacto nas articulações e nos ligamentos — Foto: ( Piabay/ Iannnnn/ CreativeCommons)

Não é raro nos depararmos com imagens e vídeos de cães se refrescando alegremente em uma piscina, o que leva muitos a se perguntarem: será que todo cachorro sabe nadar? Se a questão já passou pela sua mente, saiba que a resposta é não.

“Na verdade, apenas algumas raças de cães em específico possuem essa habilidade, não são todos que podem ser jogados na água e não vão se afogar. Os que mais têm habilidade são golden retrievers e labradores. Por outro lado, os que chamamos de braquicefálicos (que têm o focinho curto ou quase não têm), possuem muita dificuldade para se exercitar na água, pois a troca respiratória pela anatomia é mais difícil. É o caso do shih-tzu, buldogue francês e inglês, por exemplo”, explica a médica-veterinária Ana Claudia Balda, coordenadora e diretora da escola de Medicina Veterinária da FMU e colunista do Vida de Bicho.

Cães podem aprender a nadar?

Alguns cachorros com patas mais curtas ou tronco desproporcional também podem apresentar dificuldade para aprender a nadar. Na opinião da Dra. Ana, para estes, assim como para os braquicefálicos, o ideal é optar por outros tipos de exercícios, como uma caminhada em um período fresco do dia.

Para os cães que não são nadadores natos, mas não apresentam tantas dificuldades, é possível ensiná-los a nadar. Contudo, segundo o médico-veterinário Aldo Macellaro Jr, proprietário de um hotel fazenda para cães, que possui aulas de natação, localizado no interior de São Paulo, é preciso ter paciência e recorrer a profissionais especializados.

“No treinamento, fazemos com que eles se acostumem com a água, levando-os para perto da borda, molhando o focinho e o corpo. Tudo é feito com muita calma para evitar traumas. Depois, quando sentem mais seguros, colocamos uma boia própria para cães e os levamos para dentro da piscina. No início, a tendência é que eles mexam apenas as patas dianteiras e afundem as de trás", comenta.

Cuidados

Segundo os especialistas, no geral, a natação ajuda os pets a gastarem energia com menor impacto nas articulações e nos ligamentos. Além disso, a prática traz bem-estar e relaxamento aos cães. Contudo, se o cachorro coloca a cauda entre as pernas, vocaliza, treme e abaixa as orelhas, estes são sinais de que está com medo, o que, segundo Dra. Ana, indica que é melhor não insistir.

Dr. Aldo lembra ainda que a prática não é recomendada para animais debilitados, com problemas cardíacos ou de pele. Portanto, na dúvida, consulte antes o veterinário.

Cães podem aprender a nadar, mas é preciso paciência e recorrer a profissionais especializados — Foto: ( Clube de Cãompo/ Divulgação)
Cães podem aprender a nadar, mas é preciso paciência e recorrer a profissionais especializados — Foto: ( Clube de Cãompo/ Divulgação)

Durante e depois

Independente se o cão já se aventurou ou não em uma piscina, vale ressaltar que ele nunca deve ser deixado sozinho e o ideal é que frequente locais com escadas de fácil acesso, que possibilitem que saia sozinho da água.

Depois da diversão também é preciso tomar algumas providências, como uma ducha de água doce para retirar o cloro e evitar alergias, além de secar bem o animal para que a pele e os pelos não fiquem úmidos.

Outro cuidado é com as orelhas, que são bastante sensíveis. “A umidade, aliada ao calor, pode favorecer a proliferação de fungos e bactérias no canal auditivo dos cães. Por isso, os ouvidos devem ser sempre bem secos com algodão ou gaze”, finaliza Dr. Aldo.

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