Saúde

Por Por Izabel Gimenez


Assim como os humanos, cachorros também apresentam doenças oculares — Foto: Canva/ CreativeCommons
Assim como os humanos, cachorros também apresentam doenças oculares — Foto: Canva/ CreativeCommons

Existem diversas doenças comuns entre os seres humanos que também podem afetar os pets e devem estar no radar dos tutores. Talvez você não saiba, mas problemas de visão causados por erros de refração, como é o caso da miopia, hipermetropia e do astigmatismo, podem também afligir os cães. A diferença está na maneira como a característica influenciará na rotina do bicho e como ela será tratada, afinal, seria arriscado deixá-los com lentes de contato ou óculos.

Enquanto a miopia tem como principal característica a dificuldade de enxergar objetos distantes, a hipermetropia cumpre o papel oposto e o astigmatismo une as duas complicações. Aline Coelho, médica-veterinária e oftalmologista, tranquiliza ao dizer que elas não são tão comuns entre os cães, embora possam, sim, existir.

A alteração refratária pode, muitas vezes, passar despercebida, uma vez que os cachorros não realizam tantas atividades que seriam afetadas por estes distúrbios visuais, como dirigir ou ler um livro, por exemplo. “A evolução da estrutura ocular da espécie contribui para este cenário. O humano tem necessidade de alterar este foco entre o que está perto e o que está longe, mas os animais possuem outras habilidades, como a visão noturna", relata a profissional.

Os cães braquicefálicos, com o focinho mais curto, têm maiores chances de desenvolver estes problemas. “Essas raças foram selecionadas para se assemelharem aos humanos, por isso, possuem olhos projetados e o ‘nariz’ no mesmo plano da boca. Shih-tzu, pug, buldogue e lhasa apso possuem a caixa óssea, responsável por acomodar o olho, mais rasa, deixando a área exposta e, consequentemente, mais vulnerável a doenças oculares”, explica Dra. Aline.

Ao identificar algo de diferente na visão do pet, leve-o ao médico-veterinário — Foto: ( Pixabay/ /Sabrinasfotos/ CreativeCommons)
Ao identificar algo de diferente na visão do pet, leve-o ao médico-veterinário — Foto: ( Pixabay/ /Sabrinasfotos/ CreativeCommons)

O médico-veterinário oftalmologista José Olimpo informa que a miopia, a hipermetropia e o estigmatismo costumam afetar animais que cumprem funções específicas, como é o caso de cães guias ou policiais. Os sinais clínicos mais comuns são a dificuldade de andar e de identificar objetos ou pessoas, a redução do interesse por atividades que antes eram corriqueiras e a sensibilidade à luz.

“Falando da saúde do olho, podemos analisar também se o animal o mantém fechado, se a região está avermelhada, se houve alguma outra alteração na coloração, a presença de secreções e se o pet demonstra algum incômodo”, alerta o especialista.

Como a ciência ainda não encontrou uma forma de comunicação direta entre os cães, o tradicional teste das letras, usado para identificar, nos humanos, se a visão está borrada ou não em determinada distância, não funciona. "Nós avaliamos a saúde ocular por meio de equipamentos capazes de identificar a reação da pupila com tipos diferentes de luz para distinguir as condições dos receptores na retina. Dessa forma, conseguimos analisar como está o funcionamento deles", afirma Dra. Aline.

Dr. Jpsé esclarece que a grande parte dos tratamentos neste tipo de caso é realizado à base de colírios específicos para cada quadro e indicados por um veterinário da área. “Dependendo da alteração, o especialista pode empregar o tratamento com medicamentos sistêmicos associados aos colírios ou, se necessário, optar por uma intervenção cirúrgica para reconstituir as estruturas oculares. Graças ao avanço da medicina, existem cada vez mais recursos visando a plena recuperação dos olhos dos nossos companheiros”, finaliza.

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