Marcelo Mujalli

Por Marcelo Mujalli

Colunista | Designer de interiores na área residencial e corporativa há mais de 25 anos. É Presidente da Associação Brasileira de Designers de Interiores (ABD)

Em um campo tão dinâmico quanto o de design de interiores, a constante expansão do repertório técnico e criativo é essencial. A busca por inspiração vai muito além das tradicionais revistas e catálogos de tendências.

Explorar referências menos convencionais, como filmes, museus, exposições, mostras e, especialmente, viagens, é uma estratégia prática para enriquecer a criatividade e a versatilidade dos designers.

Os filmes são verdadeiros manuais visuais para designers de interiores, pois oferecem a oportunidade de absorver paletas de cores, técnicas de iluminação que definem o clima, estilos arquitetônicos e composições visuais únicas. A análise detalhada de longa-metragens pode oferecer inspirações valiosas sobre como combinar esses elementos para criar espaços envolventes, que contam histórias e evocam emoções específicas.

Bibliotecas como esta em Dublin, na Irlanda, são um bom exemplo de como é possível encontrar inspiração na arquitetura e nos livros — Foto: Ann Marie Kennon / Pexels / Creative Commons
Bibliotecas como esta em Dublin, na Irlanda, são um bom exemplo de como é possível encontrar inspiração na arquitetura e nos livros — Foto: Ann Marie Kennon / Pexels / Creative Commons
Obras de Pierre Paulin foram expostas no último projeto de Oscar Niemeyer, em mostra na França — Foto: Instagram / paulinpaulinpaulin / Reprodução
Obras de Pierre Paulin foram expostas no último projeto de Oscar Niemeyer, em mostra na França — Foto: Instagram / paulinpaulinpaulin / Reprodução

Visitar museus e exposições permite a conexão tanto com as raízes históricas do design quanto com as tendências emergentes. Essas experiências são fundamentais para entender a evolução do design e para incorporar elementos clássicos e contemporâneos de maneira equilibrada e inovadora em seus projetos.

As mostras de design, longe de serem simples vitrines de tendências, oferecem um terreno fértil para observações práticas. Analisar minuciosamente a implementação de ideias inovadoras, a configuração dos móveis e os detalhes de design não apenas inspira, mas também fornece insights sobre como incorporar soluções criativas e integrar novos conceitos nos próprios projetos.

Viagens oferecem uma oportunidade de absorver culturas distantes e estilos arquitetônicos variados — Foto: Ena Marinkovic / Pexels / Creative Commons
Viagens oferecem uma oportunidade de absorver culturas distantes e estilos arquitetônicos variados — Foto: Ena Marinkovic / Pexels / Creative Commons

As fronteiras geográficas desaparecem quando se trata de inspiração. Seja por meio de viagens, seja por pesquisa direta, é importante absorver influências de culturas distantes e estilos arquitetônicos variados.

Da simplicidade serena de uma casa tradicional japonesa à complexidade industrial de um loft em Nova York, cada influência é uma nota única em seu processo criativo. Incorporar elementos culturais de maneira sensível e prática acrescenta autenticidade e enriquece o significado dos ambientes projetados.

Ao diversificar suas fontes de inspiração no design de interiores, os profissionais podem colher benefícios em seus projetos. O repertório criativo, longe de ser apenas uma coleção estética, é uma ferramenta vital enraizada nas experiências práticas dos designers.

A transposição intuitiva de elementos cinematográficos, a aplicação consciente de observações em exposições e a incorporação sensível de influências culturais em desafios específicos de design definem a eficácia desse repertório. Ele se torna uma bússola para projetos esteticamente impactantes e funcionalmente eficientes.

Mais recente Próxima A importância da boa fotografia para o designer de interiores