Dicas para iluminar espaços pequenos e garantir conforto

Segundo dados da Secovi-SP, em 2016, foram lançadas 461 unidades com as características de micro apartamentos, muito diferente de 2022, quando o mercado imobiliário anunciou 16.261 unidades à venda, ou seja, subiu 3.427% em 6 anos. Os motivos pela procura dos pequenos espaços são inúmeros: praticidade, localização, bem-estar e um bom custo-benefício – tudo o que é ofertado para quem está começando a vida atualmente.

Assim como a decoração tem um papel crucial na concepção desses pequenos espaços, a iluminação também requer atenção, cuidado e estratégia para criar uma atmosfera acolhedora, afinal, todos querem um ambiente convidativo, não importa a metragem. A escolha adequada do efeito de luz, bem como as luminárias que serão usadas no espaço, podem fazer toda a diferença, transformando um local compacto em um ambiente visivelmente ampliado.

Por isso, separei algumas dicas que podem te ajudar na hora de projetar a iluminação de apartamentos de até 40 m².

Em apartamentos pequenos, a combinação entre luz natural e artificial ajudam a criar ambientes agradáveis, práticos e visualmente expansivos. Integrar essas duas fontes de iluminação de maneira estratégica pode transformar completamente os espaços compactos, proporcionando conforto, funcionalidade, saúde e bem-estar.

Porém, a luz natural nem sempre está disponível em quantidades suficientes, especialmente durante a noite ou em dias nublados. É aí que a iluminação artificial entra em cena. Escolher luminárias adequadas para complementar a luz natural é essencial. Fonte de luminosidade com temperatura de cor próxima à luz do dia é essencial para criar uma transição suave entre a artificial e a natural, mantendo uma sensação de continuidade.

Otimizar o espaço se tornou regra na hora de projetar imóveis de até 40 m² – e isso não se diz respeito apenas a marcenaria e móveis, mas também à iluminação. Por isso, a escolha de luminárias compactas e versáteis desempenham um papel fundamental na criação de cômodos funcionais e esteticamente agradáveis.

Uma mesa de jantar, por exemplo, não precisa ter um pendente, mas pode incluir spots de embutir ou sobrepor, trazendo a luz de foco que o ambiente necessita e sem delimitar a decoração. Um modelo que está em alta e é super recomendado para pequenos espaços, é a arandela articulada e com haste, que ajuda na versatilidade e ainda traz um ponto de design ao ambiente.

O uso de iluminação embutida é uma estratégia inteligente para apartamentos pequenos. Essas soluções não apenas economizam espaço visual, mas também contribuem para uma estética clean e contemporânea, transformando ambientes compactos em espaços luminosos e convidativos.

Quando digo embutida, não estou dizendo apenas no teto, mas também em móveis, marcenarias, estantes ou nichos. Isso não só serve a um propósito funcional, mas também adiciona camadas de luz, que contribuem para uma atmosfera mais acolhedora. Combinando eficiência, estética e funcionalidade, a iluminação embutida e oculta é uma estratégia valiosa a fim de otimizar o espaço em ambientes compactos.

Os apartamentos pequenos têm uma singularidade que, quando aproveitada de maneira inteligente, pode transformar desafios em oportunidades, destacando pontos fortes que definem seu charme e sua praticidade. Nesses espaços compactos, a criatividade desempenha um papel crucial na maximização do potencial.

Minha sugestão é utilizar luzes direcionadas para destacar elementos decorativos, como obras de arte, plantas ou detalhes arquitetônicos. Esses pontos de destaque não apenas adicionam charme ao espaço, mas também direcionam o foco para longe das limitações de tamanho.

A temperatura de cor desempenha um papel crucial na busca pela unidade e integração entre os espaços. Se, por acaso, as sugestões anteriores não puderem ser aplicadas, vale ressaltar que esta faz uma grande diferença.

Em pequenos espaços, indicamos usar a mesma temperatura de cor para todos os ambientes. Dessa forma, conseguimos criar unidade e amplitude utilizando apenas a iluminação.