Decoração

O apartamento de 150 m² na Asa Sul, em Brasília (DF), passou por uma transformação com foco na integração dos espaços e na valorização da arquitetura original, inspirada na estética modernista brasileira das décadas de 1950 e 1970, cuja marca é simplicidade e engenhosidade estrutural. Afinal, essa é a essência do escritório Bloco Arquitetos (@bloco_arq), composto pelos arquitetos Henrique Coutinho, Daniel Mangabeira e Matheus Seco.

ESTAR | O aparador "Vitrola", de Felipe Protti, e a obra de arte assinada por Irany Poubel recebem quem chega ao apartamento. Logo à frente, esta o par de poltronas "Lia", de Sergio Rodrigues. Iluminação da Reka — Foto: Julia Tótoli / Divulgação
ESTAR | O aparador "Vitrola", de Felipe Protti, e a obra de arte assinada por Irany Poubel recebem quem chega ao apartamento. Logo à frente, esta o par de poltronas "Lia", de Sergio Rodrigues. Iluminação da Reka — Foto: Julia Tótoli / Divulgação

"Em Brasília, a cidade onde vivemos, esse período [modernista] inclui diversas obras com características similares, fazendo com que elas perdurassem até hoje sem que parecessem 'datadas', preservando o que consideramos essencial para um bom projeto", diz Henrique.

Nesse sentido, quando o escritório faz um projeto de arquitetura de interiores em edifícios dessa época, procura ressaltar algumas dessas características.

ESTAR | Neste canto, o aparador abaixo da janela é de concreto feito in loco pela Salar Construtora. Sofá "Fluu", com design de Roberta Banqueri. Poltrona "Safari" do designer paquistanês M. Hayat pertence ao acervo pessoal dos moradores. Tapete da Carminati. Ao fundo, vaso com costela-de-adão — Foto: Julia Tótoli / Divulgação
ESTAR | Neste canto, o aparador abaixo da janela é de concreto feito in loco pela Salar Construtora. Sofá "Fluu", com design de Roberta Banqueri. Poltrona "Safari" do designer paquistanês M. Hayat pertence ao acervo pessoal dos moradores. Tapete da Carminati. Ao fundo, vaso com costela-de-adão — Foto: Julia Tótoli / Divulgação

Um dos pontos mais marcantes deste projeto, portanto, foi a preservação e restauração de elementos originais, como as vigas de concreto aparente e o piso de taco de madeira de peroba-dourada, retirado, restaurado e reinstalado. "A maior dificuldade foi a integração dos ambientes: como a demolição foi grande, a solução foi tirar partido da estrutura, deixando-a aparente", explica Matheus.

RETRATO | O casal de advogados Nathalia Vidigal Bastos e Alexandre Bastos estão no estar do apartamento — Foto: Julia Tótoli / Divulgação
RETRATO | O casal de advogados Nathalia Vidigal Bastos e Alexandre Bastos estão no estar do apartamento — Foto: Julia Tótoli / Divulgação

Segundo os arquitetos, outro desafio foi adaptar o layout às novas demandas dos moradores, um casal de advogados. "Para o nosso primeiro apartamento, queríamos não só um lugar para desacelerarmos no nosso dia a dia, mas também para sempre podermos receber os nossos amigos e familiares e, com eles, compartilhar bons momentos", diz Alexandre Bastos, marido de Nathalia Vidigal Bastos, proprietários do imóvel.

Como o casal não tem filhos, o imóvel de três quartos foi transformado em um grande salão social com apenas uma suíte. Para isso, o apartamento originalmente compartimentado, viu suas paredes serem demolidas para criar um grande salão social.

COZINHA | Totalmente aberto, o ambiente recebeu bancada em quartzo Superwhite executada pela Marmoraria Sahara, que se integra à mesa de jantar, com cadeiras Fina, de Zanini de Zanine. Pendente Corda, de Guilherme Wentz. Elementos remetem à estética modernista brasileira, como os cobogós originais do prédio ao fundo, o painel de azulejos do Aeroporto JK, de Athos Bulcão, e a obra de arte de Daniel Jacaré, 'Asa Sul – Bloco H', sobre o aparador — Foto: Julia Tótoli / Divulgação
COZINHA | Totalmente aberto, o ambiente recebeu bancada em quartzo Superwhite executada pela Marmoraria Sahara, que se integra à mesa de jantar, com cadeiras Fina, de Zanini de Zanine. Pendente Corda, de Guilherme Wentz. Elementos remetem à estética modernista brasileira, como os cobogós originais do prédio ao fundo, o painel de azulejos do Aeroporto JK, de Athos Bulcão, e a obra de arte de Daniel Jacaré, 'Asa Sul – Bloco H', sobre o aparador — Foto: Julia Tótoli / Divulgação

A cozinha foi reposicionada e integrada à sala de jantar e estar, enquanto um dos quartos foi anexado à sala e se transformou em um versátil home theater e escritório, com possibilidade de isolamento através de esquadrias de aço e vidro.

A marcenaria feito de freijó também se destaca e confere um toque de sofisticação e acolhimento ao ambiente, ao lado do mobiliário moderno brasileiro desenhado entre os anos 1960 e 1970. "Existe uma relação entre o mobiliário e objetos que utilizamos e a arquitetura que admiramos", diz Daniel.

ESCRITÓRIO | Versátil, o ambiente faz as vezes de home theater e escritório. Bancada feita de lâmina natural de freijó executada pela marcenaria Caminho Oficina. A cadeira é herança de família. Persianas de alumínio originais do edifício — Foto: Julia Tótoli / Divulgação
ESCRITÓRIO | Versátil, o ambiente faz as vezes de home theater e escritório. Bancada feita de lâmina natural de freijó executada pela marcenaria Caminho Oficina. A cadeira é herança de família. Persianas de alumínio originais do edifício — Foto: Julia Tótoli / Divulgação

A seleção feita pelo escritório, portanto, combina peças icônicas com criações contemporâneas, que refletem o gosto dos moradores por arte e design. Nesse mix, figuram as poltronas Lia, Mole e Paraty, de Sergio Rodrigues; as poltronas Zeca, de Zanine Caldas; as cadeiras Fina, de Zanini de Zanine; e o aparador Vitrola, de Felipe Protti.

SUÍTE | O banco criado pelo designer George Nelson fica ao pé da cama. A poltrona Safari do designer paquistanês M. Hayat é do acervo pessoal dos moradores. — Foto: Julia Tótoli / Divulgação
SUÍTE | O banco criado pelo designer George Nelson fica ao pé da cama. A poltrona Safari do designer paquistanês M. Hayat é do acervo pessoal dos moradores. — Foto: Julia Tótoli / Divulgação

A paleta de cores e materiais privilegiou o uso do concreto, madeira e freijó, que ganhou iluminação com proposta discreta e com pouca intervenção. No ambiente social, foram utilizados trilhos e luminárias de sobrepor integrados ao forro, com alguns destaques em pontos específicos, como a mesa de jantar, com o pendente Corda, de Guilherme Wentz, além de abajures nas mesas laterais.

SUÍTE | Cabeceira feita em lâmina natural de freijó executada pela marcenaria Caminho Oficina. Arandela da Reka. Roupa de cama da Zara Home e Member's Mark — Foto: Julia Tótoli / Divulgação
SUÍTE | Cabeceira feita em lâmina natural de freijó executada pela marcenaria Caminho Oficina. Arandela da Reka. Roupa de cama da Zara Home e Member's Mark — Foto: Julia Tótoli / Divulgação

No quarto do casal, a marcenaria em lâmina natural de freijó também impera, tanto na cabeceira, como na penteadeira e na estrutura do armário, que recebeu portas de alumínio e vidro pontilhado.

SUÍTE | Penteadeira e moldura do espelho são feitas em lâmina natural de freijó executadas pela marcenaria Caminho Oficina, material também está na estrutura do armário com portas de de alumínio e vidro pontilhado. A cadeira é herança de família — Foto: Julia Tótoli / Divulgação
SUÍTE | Penteadeira e moldura do espelho são feitas em lâmina natural de freijó executadas pela marcenaria Caminho Oficina, material também está na estrutura do armário com portas de de alumínio e vidro pontilhado. A cadeira é herança de família — Foto: Julia Tótoli / Divulgação

O banheiro da suíte, outro ambiente que também foi reposicionado no projeto, ficou conectado diretamente à fachada ventilada de cobogós do edifício, onde também foi possível criar um jardim logo ao lado da banheira.

BANHEIRO | Bancada feita em concreto executada pela empresa Cimentare remete ao concreto da arquitetura modernista, assim como os cobogós originais preservados. Abaixo da pia, o armário é feito em lâmina natural de freijó executado pela marcenaria Caminho Oficina. Ao lado da banheira Porto Belo, da Immersi, foi possível instalar um jardim com espada-de-são-jorge. Os misturadores de mesa Docol Stillo têm acabamento em grafite escovado — Foto: Julia Tótoli / Divulgação
BANHEIRO | Bancada feita em concreto executada pela empresa Cimentare remete ao concreto da arquitetura modernista, assim como os cobogós originais preservados. Abaixo da pia, o armário é feito em lâmina natural de freijó executado pela marcenaria Caminho Oficina. Ao lado da banheira Porto Belo, da Immersi, foi possível instalar um jardim com espada-de-são-jorge. Os misturadores de mesa Docol Stillo têm acabamento em grafite escovado — Foto: Julia Tótoli / Divulgação
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