Brasil tem uma das 7 poltronas mais confortáveis do mundo. Veja qual é!

Nada de adulação: a peça fixa figura entre as sete cadeiras mais confortáveis do mundo, sendo a única brasileira no rol, segundo a lista publicada pelo Wall Street Journal. Agora, a chaise ganha uma irmã em balanço, que promete uma experiência de relaxamento indescritível.

Conversamos com Aristeu para entender o que explica o conforto tão característico da linha Pitu e as particularidades de cada peça. Veja abaixo!

Todo o conceito por trás da linha Pitu se concentra em uma musa inspiradora mais do que especial: Alice, a filha de Aristeu. O designer conta que, aos 6 anos, a menina adorava sentar na cadeira de balanço Gisele – que ele também assina e fez para a sua mãe –, o que o motivou a fazer uma versão pequena da peça para a caçula.

"Então, a primeira Gisele de balanço foi para a avó dela, mas a Alice dominou a coisa toda. Então fiz uma Gisele do tamanho dela e, quando pensei na Pitu de balanço, também lembrei da Alice, já que ela adorava isso", diz.

Outra inspiração veio das cadeiras infantis que deixam a criança suspensa por uma lona. Aos 6 meses, Alice parecia amar a ideia, pois sempre que sentava em uma "ficava esparramada com a cara mais relaxada".

Esse foi o ponto de partida para a poltrona Pitu. Em seguida, Aristeu desenvolveu a chaise, que é mais inclinada e um pouco mais baixa, permitindo que o usuário se deite. "Pitu vem de pitchulinha, que era o apelido da Alice. Mas agora ela é uma moça de 13 anos", explica.

A linha Pitu conta ainda com a chaise de balanço, lançada na DW!; sofás de dois, três e quatro lugares; e pufes.

Para Aristeu, ver a sua obra destacada como referência em conforto internacionalmente foi como um sinal de que está cumprindo o seu papel enquanto designer.

"Desde quando comecei a desenhar, algo que sempre pensei foi fazer produtos que as pessoas queiram ter ao seu lado pelo resto da vida. Vender não é o objetivo, é uma necessidade (...). Mas o real propósito é fazer com que os outros se sintam confortáveis, acolhidos e que não enjoem com aquilo", conta.

Para atender a esse objetivo, ele explica, a peça deve ser durável, atemporal e confortável – atributos reunidos na chaise Pitu. O conforto, por exemplo, explica-se pela estrutura em suspensão, fazendo com que a estrutura não seja rígida.

"Como a chaise tem uma lona, adapta-se à pessoa. As almofadas, por sua vez, têm três tipos de espuma e são desenvolvidas com plumas de ganso. Então, quando a pessoa senta, fica com o corpo todo abraçado. A pluma cede um pouquinho, mas preenche os espaços", afirma.

Isso também o lembra da filha caçula, dona de um "abraço mágico", em suas palavras: "Toda vez que eu estava triste, a Alice vinha e me abraçava sem falar nada. Hoje mesmo, fui levá-la na escola e, na hora de sair, ela me deu esse abraço gostoso. Então eu acho que a chaise é como ela", diz.

Quanto à estética, as peças são compostas por uma estrutura de madeira com curvas simples e sem muitos detalhes, garantindo a atemporalidade visada por Aristeu.

"Nem sempre a gente consegue, mas o sonho de todo designer é buscar algo que não siga um modismo. Eu não quero saber o que se está usando – na realidade, eu faço produtos que eu gostaria de ter", conta.

Os móveis de sua casa, aliás, são majoritariamente assinados por ele mesmo, com exceção das poltronas Paulistana, de Paulo Mendes da Rocha; e Kilin, de Sergio Rodrigues.

Atualmente, a linha Pitu está disponível em diversos acabamentos diferentes. Para simular a opção que mais lhe agrada, vale a pena visitar o site da Sossego Design, a empresa-mãe por trás da marca de Aristeu Pires e que o representa nos Estados Unidos.