Aglaonema: como cultivar as plantas de folhagens tropicais estampadas

“A meia-sombra consiste em insolação pela manhã, até as 10h, e no fim da tarde, a partir das 16h. Também pode ser a condição de claridade constante, ao lado de uma janela, por exemplo”, explica a paisagista Gabriela Pileggi, do escritório Jardineiro Fiel.

“Já a planta de sombra deve permanecer sob claridade constante, abrigada do sol, e no máximo a 3 metros de distância da luz natural. Muitos lugares em que colocam plantas são um breu e não podem sequer ser classificados como sombra”, completa.

As espécies coloridas, como a Aglaonema rosa, costumam exigir mais luz natural para se manterem saudáveis e bonitas. Já as variedades café-de-salão e Aglaonema pataya suportam bem a sombra e são excelentes opções para quartos e escritórios. “Um diferencial é que suas folhas têm a capacidade de filtrar toxinas presentes no ambiente, auxiliando na purificação do ar”, destaca a paisagista Renata Guastelli.

Suas flores são semelhantes às do antúrio, com pouca importância ornamental, assim como os frutos, pequenas bolinhas vermelhas.

• Aglaonema commutatum
  Uma das variedades mais comuns no Brasil, a Aglaonema commutatum ficou conhecida popularmente como café-de-salão, facilmente reconhecida por suas manchas brancas.

• Aglaonema rosa
  A Aglaonema rosa começou a ser comercializada recentemente, há cerca de 5 anos. É uma espécie que requer mais luz natural para que suas folhas ganhem destaque.

• Aglaonema vermelha
  A Aglaonema vermelha possui folhas verdes e vermelhas brilhantes. Ideal para ambientes de luz indireta e bem úmidos.

• Aglaonema pataya
  A Aglaonema pataya possui folhas super ornamentais, com bordas verde-escuras e centro mais claro.

• Aglaonema queen
  A Aglaonema queen se diferencia por não possuir manchas e ter folhas maiores. Seu plantio deve ser feito, obrigatoriamente, em meia-sombra ou sombra, nunca sob luz natural direta.

• Aglaonema iawan
  Outra opção com tons de rosa é a Aglaonema iawan, uma espécie resistente e de fácil manutenção.

Além de respeitar as condições de luz indicadas anteriormente, a aglaonema deve ser cultivada em um lugar arejado e bem ventilado. “Lembre-se sempre do clima de origem. Esta é uma planta de floresta, portanto, aprecia calor e umidade. Nos meses mais frios, é possível que sofra um pouco”, diz Gabriela.

O solo deve ser úmido, bem drenado, rico em nutrientes e minerais. Para isso, Renata recomenda regar a planta de duas a três vezes por semana, sem encharcá-la, e realizar a adubação a cada três meses.

A poda fica a critério do morador, mas é necessário retirar os galhos e folhas secas. “Teoricamente, elas não ficam muito altas, mas podem passar um pouco de 1 metro quando cultivadas em condições ideais. Muitas vezes, quando ultrapassa 80 centímetros, o caule não possui rigidez suficiente para se sustentar. Neste caso, o ideal é podá-la e realizar a estaquia”, orienta Gabriela.

A estaquia é o método mais indicado para reproduzir a aglaonema. Confira um passo a passo simples a seguir!

1. Corte o caule abaixo de um nó, onde nasce a folha.
2. Retire a folha para deixar o nó aparente.
3. Você pode colocar a estaca diretamente na terra para cultivo em solo ou em vasos.
4. Outra maneira de cultivar a aglaonema é na água. Neste caso, basta colocar a estaca em um recipiente pequeno com água para enraizar.
5. Retire todas as folhas que ficarão em contato com a água.
6. Troque a água uma vez por semana.

A principal praga da aglaonema é a cochonilha branca. Esses pequenos animais sugam a seiva e os nutrientes das plantas, que acabam perdendo vigor, a começar pelas folhas, que ficam quebradiças e secas. É uma das pragas mais comuns que podem atacar o jardim, tanto em áreas externas, como internas.

Em geral, a presença de cochonilha na aglaonema indica falta de luz natural ou excesso de água. “Se perceber alguma mancha branca na planta, limpe a folha com água e sabão para retirar a cochonilha. Depois, comece a borrifar água e sabão diariamente até que vença a praga”, ensina Gabriela.