• Andreia Friques
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“Meus filhos Miguel, 5, e Pietro, 3, simplesmente não comem frutas e legumes. Damos exemplo, oferecemos sempre, mas eles recusam. É fase? Devemos nos preocupar? Quais as consequências para a saúde deles?”
Alana Amaral, via Facebook

Criança seletiva que não gosta de vegetais (Foto:  Mikhail Nilov/Pexels)

(Foto: Mikhail Nilov/Pexels)

Primeiro, precisamos sempre lembrar que os filhos são reflexo de tudo que vivenciam em casa. Então, o exemplo refletirá em bons hábitos no futuro. Por isso, continue oferecendo uma alimentação saudável, não desista! Apesar de a seletividade alimentar ser comum atualmente, nem sempre é uma fase. Devemos ficar atentos porque, em alguns casos, ela pode, sim, trazer repercussões para a saúde, como a carência de vitaminas e minerais essenciais para o desenvolvimento do organismo, bem como para a execução das tarefas rotineiras.

A criança precisa estar nutrida para crescer bem, se desenvolver, ter foco, concentração, facilidade no aprendizado e praticar atividade física, por exemplo. Afinal, é nos alimentos que encontramos macro e micronutrientes fundamentais para o funcionamento do nosso corpo. Não há outro caminho, a alimentação equilibrada e variada é a melhor forma de promover saúde em abundância.

Mas o que fazer, então? Mantenha-se sendo exemplo e oferecendo o que é saudável. Providencie uma boa avaliação do estado geral da saúde deles com o pediatra e o nutricionista materno-infantil. E use palavras positivas, motivadoras. Nada de rótulos do tipo: “Chato para comer”, “Você não vai crescer”, “Você não come nada”. Não implore, chantageie ou prometa algo em troca – isso é uma grande cilada. Por último, a dica mais importante: não desista! Vai dar tudo certo!

5 dicas para vencer a resistência:

1. Seja exemplo e coma de forma saudável.

2. Não deixe a criança ficar beliscando/petiscando entre as refeições.

3. Tenha uma casa repleta de “comida de verdade”, sem guloseimas.

4. Ignore o comportamento alimentar negativo.

5. Leve seu filho para a cozinha. Incentive-o a tocar nos alimentos, sentir a textura, o cheiro e o sabor.
 

Andreia Friques é nutricionista materno-infantil, mestre em Ciências Farmacêuticas, presidente da Associação Brasileira de Nutrição Materno-Infantil (ABRANMI) e mãe de Miguel e Davi. É autora de “Nutrição Materno-Infantil”  (Foto: Arquivo pessoal)