• Vanessa Lima, do home office
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Arthur conversando com os amigos na "pracinha virtual" (Foto: Arquivo pessoal)

Arthur conversando com os amigos na "pracinha virtual"; (Foto: Arquivo pessoal)

"Quando eu vou poder brincar com meu amigo?", "Quando vamos poder ir jogar bola na praça?", "Quando poderemos voltar para a escola?", "Já podemos dar uma volta?". Se você é pai ou mãe e está isolado em casa com as crianças, certamente ouve perguntas como essas diariamente,durante a quarentena do coronavírus. Os pequenos ficam entediados facilmente e muitos sentem falta dos amigos, com quem conviviam diariamente na escola, no prédio, no clube, nos parques... Pais de um grupo de amigos da zona leste de São Paulo estavam acostumados a levar as crianças quase semanalmente a uma praça no bairro da Mooca. Eles estudavam juntos, na mesma escola. De tanto ouvir os pequenos dizerem que estavam com saudade uns dos outros, os pais tiveram a iniciativa de criar uma "pracinha virtual" para os pequenos poderem conversar. 

Erica Bortolotte, gerente de Customer Experience, mãe de Arthur, 6, que está trabalhando em home office por causa da pandemia, foi quem teve a iniciativa. "Como tenho usado diariamente aplicativos para reuniões de trabalho e para me comunicar com meus colegas nesse período em que estou trabalhando remotamente, pensei: por que não usar a mesma ferramenta e proporcionar um encontro social das crianças?", conta. "Percebi que meu filho estava começando a sentir o isolamento social e apesar de estarmos com ele todos os dias, ele sentia falta de outras crianças", explica. Erica, então, combinou com os outros pais e mães de entrarem no Skype e criou um grupo. Eles acertaram um horário e, um a um, começaram a se conectar. 

Os amigos se revezaram no bate-papo (Foto: Arquivo pessoal)

Os amigos se revezaram no bate-papo (Foto: Arquivo pessoal)

"Ele adorou a ideia, acho que por dois motivos principais. Primeiro, pela imitação, porque poderia fazer algo 'igual à mamãe', e, segundo, pela comunicação com os amigos mesmo, de contar como estão sendo os dias, mostrar os brinquedos, compartilhar brincadeiras", diz. 

Mostrar livros e brinquedos foi uma das diversões deles (Foto: Arquivo pessoal)

Mostrar livros e brinquedos foi uma das diversões deles (Foto: Arquivo pessoal)

Eles aproveitaram para matar a saudade (Foto: Arquivo pessoal)

Eles aproveitaram para matar a saudade (Foto: Arquivo pessoal)

Participaram do encontro cerca de dez crianças. "Foi bem divertido ver a dinâmica deles. No começo, as mães tentaram acompanhar, mas era impossível com todos falando ao mesmo tempo (risos). Então, deixamos a comunicação mais livre, mesmo que supervisionada", explica Erica. O "encontro" também rendeu um alívio para os pais. "Foi um momento de descanso nos constantes chamados e pedidos porque esse período de isolamento não é fácil para os pais, já que as crianças acabam demandando bastante. Pedem, constantemente, por companhia e brincadeiras, o que nem sempre podemos atender porque, mesmo em casa, estamos trabalhando. No fim, foi bem legal vê-lo tendo o momento dele, com os amiguinhos dele, e aliviando um pouco esse momento de isolamento", finaliza. 

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