• Juliana Malacarne
Atualizado em
Como não errar na escolha da escola (Foto: Thinkstock)

O período da volta às aulas pode trazer à tona alguns problemas não resolvidos nos semestres passados. Se a criança não se comporta bem na escola, as reuniões entre pais e professores são o momento de descobrir o que pode ser feito para melhorar a situação e oferecem uma oportunidade de trabalhar em equipe. Afinal, as duas partes querem ver a melhora na vida escolar da criança.

Pensando nisso, conversamos com alguns pais para descobrir quais são as maiores “preocupações” relatadas pelos educadores em relação aos pequenos e com a diretora da Associação Brasileira de Psicopedagogia Quezia Bombonatto para saber o que pode ser feito em casa:                                                                       

“Minha filha fica frustrada com facilidade e demonstra fazendo birra na escola. Ela se joga no chão, chora e atira coisas”. Raquel, mãe de Renata, 2 anos e 7 meses.
Quezia Bombonato: A birra sempre é uma forma de a criança chamar atenção. Se ela não quer aceitar um limite e reage assim é porque acredita que no final será atendida. Às vezes os pais quando estão em um espaço público ficam com vergonha e acabam cedendo. Mas isso não pode acontecer. O ideal é não dar atenção a esse mau comportamento. Ao perceber que não consegue o que quer dessa forma, ela vai parar de fazer isso em todos os ambientes, inclusive na escola.

“Ele questiona as ordens da professora e se recusa a obedecer”. Rilma Moreira, mãe de Murilo, 5 anos.
Q.B.: No caso de crianças desobedientes, os pais devem valorizar o papel do professor nas conversas. Mesmo que não concordem com algumas atitudes do educador, eles não devem tirar sua autoridade ao falar com os pequenos. As diferenças devem ser discutidas em particular. Muitas vezes o professor toma uma atitude mais severa e recebe críticas da família, mas é preciso entender que o profissional precisa da sua autonomia e do apoio dos pais para conseguir manter a disciplina dentro da sala de aula.

“Meu filho conversa com os colegas o tempo todo e isso acaba interferindo nas atividades”. Ana Ferreira, mãe de Arthur, 4 anos.
Q.B.: A primeira coisa que o pai deve perguntar é como o professor está agindo nessa situação. Às vezes, sugerir que a criança mude de lugar na sala de aula e sente-se mais perto do educador pode resolver. Quando a criança volta para casa, os pais podem dar uma estrelinha toda vez em que o pequeno conseguir ficar quieto em sala de aula. Quando juntar um número de, por exemplo, 10 estrelas, os pais podem trocá-las por algo especial como um passeio no parque. Assim, há um reforço positivo e a criança entende que os pais dão importância ao bom comportamento na escola.

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