• maria Clara Vieira
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urso pelúcia esquecido perdeu perder esquecimento brinquedo  triste (Foto: thinkstock)

Esquecer itens por aí costuma ser comum entre as crianças mais novas. Mas entre 3 e 4 anos, quando elas já conseguem se comunicar, você pode – e deve – incentivar a responsabilidade. (Foto: thinkstock)

Um dia some o agasalho do uniforme, no outro um brinquedo, na semana seguinte um caderno... Ninguém sabe, ninguém viu. Onde será que perdeu? Se isso acontece muito na sua família, essa matéria é para você. Quem tem um filho esquecido, que sempre deixa algo para trás por onde passa, deve tomar alguns cuidados extras na criação, para que a criança aprenda a cuidar melhor daquilo que pertence a ela.

Antes de tudo, saiba que esquecer itens por aí costuma ser algo comum entre as mais novas. Que criança nunca caiu no choro por que perdeu uma chupeta, um paninho ou o bicho de pelúcia favorito, por exemplo? Isso é normal. Porém, a partir dos 3 ou 4 anos, quando ela domina a linguagem e consegue se comunicar, você já pode – e deve – começar a incentivar a responsabilidade.

“Muitas vezes, a criança esquece de algo simplesmente porque não prestou atenção ou porque os pais sempre fazem tudo por ela. Esquecer as coisas só se torna um problema quando começa a trazer prejuízos, ou seja, quando atrapalha outras áreas, como ir mal na escola”, explica Deborah Moss, neuropsicóloga e mestre em psicologia do desenvolvimento infantil.

Embora esses pequenos esquecimentos sejam parte do desenvolvimento, aquela desatenção que é muito frequente pode indicar a necessidade de buscar orientação de um profissional. As crianças com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), por exemplo, costumam apresentar essa característica bem marcada. “Mas mesmo nesses casos dá para ajudar a criança”, ensina Deborah.

A seguir, confira dicas práticas da especialista para ajudar seu filho no dia a dia:

*Não rotule a criança. Por mais que você note uma característica muito forte nela, não fique repetindo o quanto é esquecida, avoada, desatenta ou coisas do tipo.

*Dê o exemplo. O filho aprende com as ações dos pais e com aquilo que vê diariamente no ambiente doméstico. Portanto, se a casa é desorganizada e as coisas somem sempre, a criança irá entender que esse comportamento é aceitável.

*Faça alertas. Se vocês estão indo passear em um lugar muito cheio ou distante, onde há a chance de que ela esqueça ou perca o brinquedo favorito, por exemplo, converse e explique que talvez seja melhor não levar. Se ela insistir, reforce o alerta e peça para ela cuidar bem do objeto.

*Dê autonomia. Alguns pais fazem tudo pelos filho, a todo instante. Com isso, a criança demora a entender sobre responsabilidade.

*Nomeie os materiais escolares. Seja com etiquetas, bordados ou caneta permanente, essa medida ajudará a criança a identificar o que pertence a ela em meio a tantos uniformes, materiais, livros e objetos iguais aos dela.

*Responsabilize a criança pelas perdas. Se a cada vez que algo é perdido ela ganha outro objeto novo no lugar, não aprenderá sobre consequências de seus atos e não dará valor ao que já tem.

*Quando algo for esquecido ou perdido, converse com a criança sobre o que poderia ter sido feito para evitar. Deixe que ela sugira ideias e cobre essas atitudes na próxima vez. 

*Ensine o valor das coisas. Explique que tudo o que a criança tem custou dinheiro e que alguém – o pai, a mãe, a avó, etc... – precisou trabalhar bastante para poder comprar aquilo. Ela deve entender que mesmo os itens mais simples, sem valor financeiro, podem ter um valor sentimental.

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