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Em uma coletiva de imprensa transmitida pela internet na última quarta-feira (8), autoridades do estado americano de Mississippi anunciaram que a taxa de natimortos dobrou desde o início da pandemia da covid-19.

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O oficial de saúde do Mississippi, Thomas Dobbs, disse que a doença é especialmente perigosa para mulheres grávidas e para bebês que ainda estão no útero. "Com a covid, vimos uma duplicação da taxa de morte fetal, ou a morte do bebê no útero, após 20 semanas. Foi uma verdadeira tragédia”, lamentou. 

De acordo com a autoridade, o estado registrou 72 mortes fetais causadas pela covid-19 desde o início da pandemia (sem incluir abortos ocorridos antes da marca de 20 semanas de gestação), o que representa "o dobro da taxa esperada para o período”.

Também foi notado um aumento de mortes entre mulheres grávidas. Desde março de 2020, mais de 1.500 grávidas no estado foram diagnosticadas com covid-19, assim como mais de 76.900 crianças menores de 17 anos, de acordo com a emissora de TV local CBS News

"Estamos no auge do aumento de casos pela variante Delta. Infelizmente, vimos um número bastante significativo de mulheres grávidas que não sobreviveram à doença nas últimas semanas", disse Dobbs. A autoridade disse ainda que muitas dessas mulheres conseguiram dar à luz por meio de cesariana de emergência, antes de falecer. 

De acordo com dados divulgados pela emissora de TV, apenas 40% da população de Mississippi foi totalmente vacinada – uma das menores taxas do país. Dados do Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), mostram que menos de uma em cada quatro gestantes nos EUA recebeu ao menos a primeira dose da vacina. 

“O CDC encoraja todas as grávidas, pessoas que estão pensando em engravidar ou que estão amamentando a se vacinarem”, disse a diretora do CDC, Dra. Rochelle Walensky, para o site. “As vacinas são seguras e eficazes. Nunca foi tão urgente aumentar as vacinações, visto que enfrentamos a variante Delta altamente transmissível e vemos resultados graves da covid-19 entre gestantes não vacinadas."

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