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Mulheres grávidas devem ter atenção redobrada para a sífilis, que é muito perigosa para o feto (Foto: Gettyimages)

Mulheres grávidas devem ter atenção redobrada para a sífilis, que é muito perigosa para o feto (Foto: Gettyimages)

Todo mundo, em algum momento da vida, já deve ter ouvido falar sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Mas nem todos têm ideia do que realmente significa, na prática, contrair algumas dessas infecções. Experimente fazer uma pesquisa na internet por imagens de sífilis, gonorreia, cancro mole ou herpes genital. Você imagina o que vai encontrar pela frente?

Foi a partir dessa ideia que o Ministério da Saúde lançou, neste mês, uma campanha nacional para alertar os jovens sobre o perigo das Infecções Sexualmente Transmissíveis e reforçar que o uso da camisinha ainda é a principal forma de prevenção.

Utilizando o modelo de “react”, muito comum nos vídeos compartilhados por jovens, a campanha procura estimular também o diagnóstico precoce, informando que toda a rede de saúde está apta a fazer o diagnóstico e o tratamento. A maioria dos testes são feitos de forma instantânea.

Mas o que são as IST?

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. São transmitidas por meio do contato sexual (oral, vaginal ou anal), sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada.

A transmissão de uma IST pode acontecer também da mãe para a criança, durante a gestação, o parto ou a amamentação. O tratamento das pessoas com IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. Se não tratadas adequadamente, podem provocar diversas complicações e levar, inclusive, à morte.

Principais tipos

Existem diversos tipos de Infecções Sexualmente Transmissíveis, mas os exemplos mais conhecidos são: herpes genital, sífilis, gonorreia, infecção pelo HIV, infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), hepatites virais B e C e cancro mole. Mulheres grávidas devem ter atenção redobrada para a sífilis, que é muito perigosa para o feto. O exame é gratuito no SUS.

No Brasil, a incidência da sífilis entre recém-nascidos é alta. Além disso, é difícil identificar essa doença. A sífilis primária costuma não ser percebida pelo paciente e, na fase latente, pode se prolongar por muitos anos. Por isso, para evitar a Sífilis Congênita, é importante que você solicite o teste para seu diagnóstico durante o pré-natal. A triagem faz parte do exame pré-natal e deve ser realizada no início da gravidez, e de novo no início do 3º trimestre. Também é recomendada durante a internação hospitalar por parto ou aborto. A sífilis congênita é de notificação compulsória, e cada caso diagnosticado deve ser informado pelo médico à vigilância epidemiológica municipal ou estadual. O tratamento é simples, barato e efetivo, e o companheiro da mulher infectada também deve ser tratado, para evitar a reinfecção.

Sintomas

As IST podem se manifestar de diversas formas, de acordo com cada caso, mas normalmente os sintomas incluem feridas, corrimentos e verrugas. Os sinais aparecem principalmente nos órgãos genitais, mas também podem surgir em outras partes do corpo, como na palma da mão, nos olhos e na língua.

Algumas infecções podem ainda não apresentar qualquer sintoma e, se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a graves complicações, como infertilidade e câncer.

O corpo deve ser observado durante a higiene pessoal, pois isso pode ajudar a identificar uma Infecção Sexualmente Transmissível ainda no estágio inicial. Sempre que for percebido algum sinal ou sintoma, é preciso procurar o serviço de saúde. E, sempre que indicado, avisar a/o parceira/o sexual.

Características

Cada Infecção Sexual Transmissível apresenta sinais, sintomas e características distintos:

1) Características de IST por corrimentos

• Corrimentos.
• Verrugas anogenitais.
• Aparecem no pênis, na vagina ou no ânus.
• Podem ser esbranquiçados, esverdeados ou amarelados.
• Podem ter cheiro forte e causar coceira.
• Provocam dor ao urinar ou durante a relação sexual.
• Nas mulheres, quando é pouco, o corrimento só é visto em exames ginecológicos.
• Podem se manifestar em casos de gonorreia, clamídia e tricomoníase.
• Importante: a vaginose bacteriana e a candidíase vulvovaginal também causam corrimento, mas não são consideradas Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).

2) Por feridas

• Aparecem nos órgãos genitais ou em qualquer parte do corpo, com ou sem dor. Podem ser manifestações de sífilis, herpes genital, cancroide, donovanose e linfogranuloma venéreo.

3) Por verrugas anogenitais

• São causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV) e podem aparecer em forma de couve-flor, quando a infecção está em estágio avançado. Em geral, não doem, mas podem causar irritação ou coceira.

Se ver já é desagradável, imagine pegar. Quem não usa camisinha, assume o risco de contrair uma Infecção Sexualmente Transmissível. Portanto, o melhor é não vacilar, conhecer as infecções, os principais sintomas e estar sempre protegido.

Se notar qualquer alteração, é preciso procurar ajuda. Os testes e tratamentos podem ser feitos gratuitamente pelo SUS, que também faz a distribuição de camisinhas. Mais informações estão disponíveis no site do Ministério da Saúde.