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Uma feliz estudante de apenas 7 anos, da Irlanda do Norte, que sofreu queimaduras devastadoras quando era um bebê, em seu berço, precisa passar por difíceis procedimentos de enxertos de pele a cada seis meses. O incêndio que vitimou Elizabeth Soffe quando tinha apenas 6 meses foi causado por um aparelho de ar condicionado com defeito. Agora, o objetivo da família é arrecadar £ 130 mil (aproximadamente R$ 1 milhão) para comprar equipamentos de última geração, que podem substituir as cirurgias regulares. "O que aconteceu com Elizabeth mudou todas as nossas vidas", disse o pai, Liam, 42.

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À esquerda, Elizabeth com 6 meses, pouco antes do acidente e, à direita, com 7 anos (Foto: Reprodução/Mirror)

À esquerda, Elizabeth com 6 meses, pouco antes do acidente e, à direita, com 7 anos (Foto: Reprodução/Mirror)

Na época, a menina sofreu queimaduras de terceiro grau em 60% de seu corpo e perdeu a maioria dos dedos, seu cabelo e uma orelha, segundo o Birmingham Live. A família morava no Catar quando o acidente aconteceu. No dia do incêndio, o berço de Elizabeth Soffe pegou fogo quando um aparelho de ar condicionado avariou.

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Segundo a família, o estado de saúde dela era gravíssimo. Felizmente, ela foi levada de ambulância aérea para o Hospital Infantil de Birmingham, onde passou semanas de cirurgia plástica complexa e operações de reconstrução. Milagrosamente, Elizabeth sobreviveu após semanas em coma. Desde então, foram 70 cirurgias.

Elizabeth ficou em estava grave, tendo 60% do seu corpo queimado (Foto: Reprodução/Just Giving)

Elizabeth ficou em estava grave, tendo 60% do seu corpo queimado (Foto: Reprodução/Just Giving)

No entanto, quase sete anos depois, a menina ainda precisa de tratamento regular, incluindo enxertos de pele, cirurgias reconstrutivas, fisioterapia e vários banhos por dia para ajudar a aliviar suas cicatrizes. "Elizabeth está completamente coberta de enxertos de pele. Sua pele não cresce na mesma proporção que deveria, não é elástica como a pele normal, então, ela precisa de operações de enxerto de pele para liberá-la, especialmente em torno dos pulsos, cotovelos e pescoço, que ficam bem tensos. Quando ela era bebê, fazia essas operações a cada dois dias e eram grandes operações de nove horas, tirando a pele de suas costas, que era o único lugar que não tinha queimado porque ela estava deitada. Então eles apenas esperavam ela crescer para fazer novamente. Com o passar dos anos, as operações tornaram-se menos frequentes. Antes da Covid, era uma vez a cada seis meses", explica o pai.

No entanto, um tratamento especial a laser ajudaria a afrouxar o tecido da cicatriz de Elizabeth e estimularia seu corpo a gerar mais células da pele, mas o equipamento não está atualmente disponível em seu hospital. Por isso, a família está determinada a levantar o dinheiro necessário para comprar a máquina. E a própria Elizabeth está engajada nisso. A menina está realizando uma maratona para angariar patrocínio, enquanto seus irmãos mais velhos estão focados em um rapel beneficente. "A esperança é que esta máquina reduza o número de operações que ela terá de fazer, e ajudar outras crianças como ela, que tenham queimaduras ou cicatrizes de grande porte. Não acho que Elizabeth jamais ficará livre de uma operação, ela precisará de reconstrução contínua nas mãos e logo terá uma para tirar o dedão do pé e implantar no local de seu polegar na mão esquerda. Mas se pudermos tornar essas operações menos frequentes, então vale a pena", disse.

Apesar de seus tratamentos frequentes, os pais contam que a filha "leva tudo com calma", embora se preocupem que o impacto emocional se torne mais difícil conforme ela crescer. “Ela está um pouco mais velha agora, então ela percebe que é diferente e entende porque ela precisa das operações, mas eu suponho que isso se tornará mais real conforme ela tiver mais idade. Ela está acostumada com as pessoas olhando para ela, mas imagino que isso ficará mais difícil. O que aconteceu com Elizabeth mudou todas as nossas vidas. Foi um daqueles eventos traumáticos em que tudo depois é diferente do que era antes. Hoje ela não pode entrar em uma sala sem que as pessoas saibam que algo aconteceu com ela. Ela lida com tudo muito bem, mas, às vezes, recebe comentários negativos ou pessoas olhando e até mesmo adultos. Como pais, podemos proteger nossos filhos quando eles são pequenos, mas não seremos capazes de fazer isso para sempre. Ela pode lidar com os desafios físicos, mas são as coisas psicológicas e o impacto constante das pessoas olhando para os quais é mais difícil encontrar uma cura", lamentou.

Elizabeth deve terminar sua maratona na segunda-feira (26), e está a meio caminho de sua meta de arrecadação de fundos, mas tem seus desafios. "Ela teve que se isolar duas vezes quando as crianças de sua classe testaram positivo para covid, mesmo assim, ela acabou de dar 73 voltas no jardim. Ela estava correndo em círculos no jardim por dez dias. Fora isso, ela está indo muito bem. Se dependesse dela, ela teria tentado administrar tudo em um dia. Ela está realmente entusiasmada e não há como pará-la. É sua determinação que a leva lá. Ela quer ser uma piloto de Fórmula 1 quando crescer, e não tenho dúvidas de que ela encontrará um jeito", finalizou o pai, orgulhoso.

Para doar para a página de arrecadação de fundos de Elizabeth, clique aqui.

Elizabeth com sua mãe (Foto: Reprodução/Mirror)

Elizabeth com sua mãe (Foto: Reprodução/Mirror)