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A mãe Corinne Wardle, de Liverpool, na Inglaterra, notou que Molly, sua filha recém-nascida, tinha uma cabeça “bastante grande” e que estava sempre olhando para a direita, mas os médicos diziam que isso era “normal de bebê”. Pouco tempo depois, no entanto, foi descoberto que a pequena estava com um câncer agressivo no cérebro.

Bebê de 3 meses foi diagnosticada com câncer no cérebro (Foto: Reprodução/GoFundMe/Jasmine Ward)

Bebê de 3 meses foi diagnosticada com câncer no cérebro (Foto: Reprodução/GoFundMe/Jasmine Ward)

Em entrevista ao site de notícias local North Wales Live, Corinne contou que a bebê nasceu saudável em novembro de 2021, mas começou a ter convulsões com três semanas de vida. Naquele momento, a mãe – que é enfermeira – soube que “algo estava muito errado”. “Sua cabeça era bastante grande e seus olhos sempre olhavam para a direita, mas quando eu fui a vários profissionais, eles sempre atribuíam seus sintomas a ‘coisas normais de bebê’”, relatou.

Os médicos instruíram Corinne a levar a filha parar fazer exames de check-up em alguns meses. Porém, no início de fevereiro, o estado de saúde da pequena piorou e ela foi levada às pressas para outro hospital, onde os médicos realizaram uma varredura do cérebro e encontraram um grande tumor.

O cérebro de Molly estava sendo muito comprimido pelo tumor e ela precisou passar por uma cirurgia de emergência. “Chegamos muito perto de perdê-la. A cirurgiã deixou muito claro que ela não teria sobrevivido mais 24 horas sem a cirurgia. Naquele momento, eu fiquei entorpecida", desabafou a mãe.

Embora a cirurgia tenha sido um sucesso, exames posteriores confirmaram que o tumor era um Ependimoma, uma forma agressiva de câncer no cérebro. Molly agora precisará passar por um ano de quimioterapia, para remover as células cancerígenas.

A mãe contou, ainda, que passou em nove médicos antes que o tumor da filha fosse detectado. “Não tenho medo de brigar com os médicos, é claro que vou defender minha filha. Mas depois de passar por tantas pessoas, cheguei ao ponto de duvidar de mim mesma e achar que estava vendo coisas que não existem. Mas meu parceiro me disse: 'se você não tivesse insistido, ela estaria morta agora'. Isso é assustador de se pensar”, concluiu a mãe. A família criou uma vaquinha online, para ajudar nos custos com o tratamento.

Mais sobre os tumores cerebrais na infância

Tumores cerebrais são o segundo tipo de câncer mais comum em crianças, representando cerca de 26% dos casos. A doença se manifesta de várias formas, mas costuma começar nas partes inferiores do cérebro, como o cerebelo ou o tronco cerebral. A estimativa é de que 3 a cada 4 crianças com tumores cerebrais tenham sucesso no tratamento, mas a perspectiva de cura pode variar muito dependendo do tipo do tumor, localização e fase do diagnóstico.

Sintomas: tumores em qualquer parte do cérebro aumentam a pressão dentro do crânio e isso pode levar a alguns sintomas específicos, como dores de cabeça constantes, náusea, vômitos, visão turva, problemas de equilíbrio, convulsões, sonolência e mudanças de comportamento.

Diagnóstico: após o aparecimento dos primeiros sintomas, normalmente são feitos exames de imagens, como tomografia e ressonância magnética.

Tratamento: o tratamento depende da região que o tumor ocupa e seu tamanho. Em alguns casos, é possível fazer uma cirurgia para sua retirada. O tratamento também pode ser complementado com quimioterapia. Nesse caso, a radioterapia não costuma ser recomendada para crianças.

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