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Quando George, um pré-adolescente de 12 anos, começou a acordar de madrugada com dores de cabeça terríveis, sua mãe ficou preocupada e o levou ao médico, já que os episódios se repetiam muitas vezes. Eles nem imaginavam que dali a menos de um ano, a expectativa de vida dele seria de apenas alguns meses - e que estariam presos em outro país. Louise Fox, a mãe dele, que vive na Inglaterra, contou o drama ao jornal The Sun.

George com os pais (Foto: Go Fund Me)

George com os pais (Foto: Go Fund Me)

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“Ele acordava às 5h da manhã com dores de cabeça terríveis. A dor realmente o acordava", lembra ela. Os médicos deram medicação para enxaqueca, mas não resolveu. Em abril do ano passado, ele vomitou e convulsionou no jardim de casa. “Parecia ser algo mais grave do que enxaquecas, então pedi para fazerem uma ressonância magnética”, explica.

Então, vieram as más notícias: “Foi aterrorizante. Os médicos nos levaram para uma sala sem George e foi como se todos os nossos piores medos tivessem se tornado realidade. George sabia que algo estava acontecendo, então tivemos que contar a ele imediatamente. Ele também estava apavorado”, conta. O menino tinha um tumor cerebral de glioblastoma (GBM) do tamanho de uma bola de golfe, uma das formas mais agressivas e letais de câncer.

“Fomos informados de que não há cura e aconselhados a aproveitar ao máximo o tempo que resta com nosso filho. O tumor dele é de alto grau e estágio IV, não tem cura. Ele passou a fazer radioterapia apenas para manter o tumor sob controle, para aproveitar melhor o nosso tempo com George”, afirmou a mãe.

Luz no fim do túnel - e novo drama

Em 15 de janeiro, em meio a toda a tragédia, a família recebeu uma informação que parecia ser uma luz no fim do túnel. Mas não foi bem assim que a história aconteceu. George poderia participar de um tratamento experimental em Los Angeles, nos Estados Unidos. A família rapidamente conseguiu arrecadações pelo GoFundMe e voou para lá no último dia 21 de janeiro. O garoto receberia células T CAR, uma forma de imunoterapia, com taxa de sucesso de 30 a 40% para remissão do tumor a longo prazo.

O menino passou por cirurgias, mas não conseguiu eliminar o tumor (Foto: Go Fund Me)

O menino passou por cirurgias, mas não conseguiu eliminar o tumor (Foto: Go Fund Me)

No entanto, o menino sofreu várias convulsões durante o voo de 11 horas do Reino Unido para os Estados Unidos e, chegando lá, foi considerado doente demais para participar dos testes. Agora, a família não tem dinheiro para voltar para casa. Os custos para a recuperação do menino lá em Los Angeles também são altos, então, eles estão precisando apelar para mais arrecadações - e o filho ainda não tem esperança de viver por muito mais tempo. “A situação é completamente devastadora”, resume Louise.

“Não sabemos qual será nossa conta final. Estamos aqui há uma semana e custou 270 mil libras (o equivalente a quase R$ 2 milhões). É simplesmente aterrorizante. Agora, só queremos levá-lo para casa. Não nos arrependemos de ter vindo, lamentamos que não tenha dado certo, mas tivemos que tentar. Quando ele estiver bem, queremos voltar para casa, pois ele quer estar na escola com os amigos, jogar futebol, quer assistir ao Arsenal. E faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir que ele faça exatamente isso”, finaliza a mãe.

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