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Aos 29 anos e com três filhos pequenos, Bex Papa-Adams recebeu a notícia que ninguém gostaria de ouvir: que estava com um câncer agressivo no intestino, em estágio avançado, e tinha apenas mais um ano de vida. Hoje, aos 45, ela é a paciente que sobreviveu mais tempo com a doença e, felizmente, está livre dela. A jornada, contudo, não foi fácil. Em entrevista ao Daily Mail, ela relembrou a luta pelo diagnóstico e disse que o legado de Deborah James, a jornalista e podcaster da BBC que faleceu há pouco tempo com o mesmo problema, ajudou a aumentar a conscientização sobre a doença.

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Bex foi diagnosticada com câncer de intestino aos 29 anos e os médicos disseram que ela só viveria mais um ano (Foto: Reprodução/ Daily Mail)

Bex foi diagnosticada com câncer de intestino aos 29 anos e os médicos disseram que ela só viveria mais um ano (Foto: Reprodução/ Daily Mail)

Deborah morreu no mês passado em decorrência do câncer, deixando dois filhos. No podcast Me and the Big C, em que falava sobre a doença, ela alertava muito sobre a importância do diagnóstico precoce e de como as pessoas deveriam prestar atenção no próprio cocô, para detectar possíveis alterações o quanto antes. Bex bate na mesma tecla e pode comprovar o quanto essa mensagem é essencial. “Demorou 18 meses para me diagnosticar, mas tive sintomas como sangue nas fezes”, conta a mãe.

Ela explicou que demorou também para que os próprios médicos acreditassem que era câncer. Segundo ela, os profissionais de saúde diziam, na época, que ela era muito jovem, que estava paranóica e que, provavelmente, tratava-se de algum problema mais simples, como hemorróidas. Mas ela insistiu e, quando, finalmente, descobriu que era um tumor, ele já estava avançado, em estágio quatro. Os médicos diziam que, provavelmente, ela só teria mais um ano de vida. “Muitas vezes, me disseram que eu não sobreviveria e minha família foi chamada para se despedir”, contou ela.

Bex com os filhos mais velhos, Claire e Phodi, hoje com 25 anos (Foto: Reprodução/ Daily Mail)

Bex com os filhos mais velhos, Claire e Phodi, hoje com 25 anos (Foto: Reprodução/ Daily Mail)

Hoje, 17 anos e seis cirurgias depois, ela, finalmente está livre da doença e pode ter se tornado a pessoa a sobreviver por mais tempo com esse tipo de tumor. “Todas as minhas cirurgias salvaram a minha vida e duravam, pelo menos, seis horas cada. Minha última cirurgia foi há seis semanas e eu fiquei uma semana em uma unidade de terapia intensiva (UTI) e quatro em uma ala para pacientes graves”, relata.

Agora, ela se tornou uma professora de ioga e diz que a prática é uma das coisas que a ajudou a passar por tudo, junto com seu marido, Theo. Hoje, os filhos são todos adultos. Claire e Phodi têm 25 anos e Andy tem 21. “Deborah James abriu uma conversa sobre câncer de intestino. Muitas pessoas sofrem em silêncio. Eles se sentem envergonhados de falar sobre isso”, afirmou. Hoje, Bex tem uma bolsa permanente de colostomia, mas agradece a oportunidade de estar viva. Ela acredita que, se o problema tivesse sido detectado e tratado antes, o tratamento seria mais simples e o câncer não teria se espalhado rapidamente. “Você deve pressionar por respostas e fazer perguntas. Estamos vivendo um dia de cada vez e a cada vez estamos nos recuperando”, completa.

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