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Ir ao mercado e ter de analisar cada ingrediente no rótulo de embalagens para decidir o que pode ou não entrar no seu carrinho não é uma tarefa fácil, mas rotineira para muitas pessoas que sofrem com restrições nutricionais. No Brasil, a intolerância à lactose (tipo de açúcar presente no leite) é uma das limitações alimentares que mais acomete a população: pesquisas indicam que até 70% dos brasileiros não consegue digerir a substância, em graus que variam de leve, moderado até grave. 

Para a comodidade dessa alta parcela da população, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deliberou, na terça-feira passada (31), depois de muita polêmica, critérios e normas para que as indústrias fabricantes de alimentos indiquem nos rótulos das embalagens a presença ou não da lactose. A decisão surge para regulamentar a lei 13.305, sancionada em julho do ano passado pelo Governo Federal, que exige alerta sobre a presença da substância em produtos comestíveis. 

A regulamentação, que tem prazo para acontecer até 2019, dividirá os alimentos em três categorias que devem aparecer nos rótulos. São elas as indicações:

Quantidade de lactoseFrase no rótuloProdutos com até ou mais de 100mg a cada 100g ou 100ml de alimentoContém lactoseProdutos com menos de 100mg a cada 100g ou 100ml de alimentoIsento de lactose, zero lactose, 0% lactose, sem lactose ou não contem lactoseProdutos com 100mg ou até 1g por 100g ou 100ml de alimentoIsento de lactose ou baixo teor de lactose

Segundo a Anvisa, o limite de 100 mg considerado foi decidido após avaliações de risco em intolerantes à substância e com base na experiência de populações de outros países nos quais a regulamentação já existe há tempos. 

Ainda que a lei regulamentada pela Federação no ano passado previsse o mês de janeiro de 2017 como prazo de início da norma, o limite da medida agora passa a ser o ano de 2019. A extensão do vigor da data se deve principalmente à reivindicação da indústria de alimentos e de seus fornecedores, que apontam alto custo durante a mudança e pouco tempo de adaptação.

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