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Bebê prematuro (imagem ilustrativa) (Foto: ThinkStock)

Bebês que morreram tinham crescimento limitado dentro do útero (Foto: ThinkStock)

Onze bebês morreram depois que as mães tomaram sildenafil, nome do composto vendido com diferentes nomes na indústria farmacêutica, entre eles, Viagra. Elas participavam de um estudo, conduzido pelo Amesterdam University Medical Center, na Holanda. A pesquisa foi interrompida depois das mortes, mas outras dez ou quinze mães, que também tomaram o medicamento em sua versão genérica, ainda aguardam - com medo - para saber se algo vai acontecer com seus bebês. 

De acordo com informações do jornal britânico The Guardian, a pesquisa com humanos começou depois de os resultados terem sido promissores com roedores. O objetivo era testar se a droga, normalmente indicada para homens com disfunção erétil, já que dilata os vasos, ajudaria no crescimento de bebês quando a placenta tem restrições de funcionamento

No total, os pesquisadores recrutaram 93 grávidas cujos bebês estavam com restrição de crescimento. A hipótese testada por eles era a de que o sildenafil poderia ajudar a aumentar o fluxo de sangue da placenta, estimulando o ganho de peso do feto. Os médicos ainda estão investigando as causas, mas uma das reações pode ter sido causada por pressão alta nos pulmões dos bebês, levando-os a receber pouco oxigênio.  

Além dos 11 que não sobreviveram, 17 desenvolveram problemas pulmonares. Outros oito morreram de causas não relacionadas ao medicamento. Um número entre 10 e 15 mulheres ainda esperam o nascimento de seus bebês para verificar se eles foram afetados, já que as mortes ocorreram após o parto. 

+ Especial Prematuros: “Disseram que o bebê tinha parado de crescer, mas foi um erro de cálculo”

Em entrevista a um jornal holandês, o líder da pesquisa, De Volkskrant, e a ginecologista Wessel Ganzevoort, disseram que "queriam mostrar que isso é um caminho efetivo para promover o crescimento do bebê, mas o contrário aconteceu". "Estou chocado. Não queríamos prejudicar os nossos pacientes. Já notificamos pesquisadores canadenses que estão conduzindo um estudo similar. De qualquer forma, eles pararam temporariamente a pesquisa", disseram.

O estudo começou em 2015 e a previsão era que terminasse em 2020 com a participação de 350 pacientes.

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