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Autumn Benjamin contraiu septicemia e quase morreu (Foto: Reprodução Facebook)

Autumn Benjamin contraiu septicemia e quase morreu (Foto: Reprodução Facebook)

A cena parece comum: após o parto é normal sentir-se um pouco desconfortável. Se tiver passado por uma cesárea então, o desconforto é inevitável. Com a americana Autumn Benjamin, 22 anos, de Tenessee, nos Estados Unidos, as dores indicavam algo além. Logo após o parto ela começou a ter febre alta. Seu rosto ficou vermelho e ela passou a ter tontura e forte dores abdominais. No entanto, Autumn ignorou seus sintomas por uma semana, pois sempre que reclamava a família e os amigos a convenciam que estava "exagerando". Finalmente, depois de estar com um coágulo de sangue do tamanho de uma bola de golfe ela foi ao pronto-socorro em Portland, Tennessee, onde passou por vários testes. Os médicos a diagnosticaram com septsemia, uma infecção fatal causada por germes. Segundo os especialistas que a atenderam, se Autumn tivesse esperado mais um dia para procurar atendimento médico, ela poderia ter morrido.

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Em entrevista ao Daily Mail Online, a americana descreveu sua recuperação e pede que outras mães ouçam seus corpos se acreditarem que algo está errado. Ela contou que seu trabalho de parto foi induzido, em janeiro deste ano, quando deu à luz sua filha, Layla Vance. “"Fiquei tão feliz e em êxtase que tive minha filha depois de esperar por tanto tempo, mas houve muita dor, muita lentidão. Estava tomando analgésicos, mas não dormia muito, porque você está com seu bebê e quer ter certeza de que seu bebê está bem”, contou.
Depois de três dias no hospital, ela foi para casa, mas, naquela noite, as febres recomeçaram. Ela tomava antitérmicos, mas a febre permanecia durante a noite. "Eu me sentia tonta, me sentia fora do corpo, tive dor abdominal, minha pele parecia estar em chamas, meu rosto ficava realmente vermelho", disse ela.
Amigos e familiares, no entanto, diziam que os sintomas eram normais. “Diziam que era devido aos hormônios, que ficam desestabilizados porque o corpo passou por uma experiência traumática. Então, eu confiava nas pessoas ao meu redor, embora no fundo soubesse que algo estava errado."

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Coágulos se formaram pelo corpo de Autumn (Foto: Reprodução Facebook)

Coágulos se formaram pelo corpo de Autumn (Foto: Reprodução Facebook)

A descoberta do problema
Cerca de uma semana depois de receber alta do parto, Autumn estava no chuveiro tentando se acalmar quando viu sair de seu corpo um coágulo de sangue do tamanho de uma bola de golfe. Ela resolveu que iria ao pronto-socorro, mas naquela noite o seu pai, que ficaria com sua filha, a convenceu de não ir. “Ele disse que provavelmente eu estava exagerando", contou.
Mas no dia seguinte, durante uma conversa com sua mãe, ela foi orientada a consultar o médico o quanto antes. Ao chegar no consultório do obstetra ela foi diretamente encaminhada para ao pronto-socorro. Depois de esperar por cerca de 10 horas, ela recebeu uma ressonância magnética. Várias horas depois, ela foi visitada por seu médico, que a diagnosticou com septicemia grave.

Autumn ao lado da filha após o nascimento (Foto: Reprodução Facebook)

Autumn ao lado da filha após o nascimento (Foto: Reprodução Facebook)

Os riscos da doença
Septicemia ou sepse é uma infecção causada que provocam a inflamação nos tecidos do corpo, podendo levar à morte. Muitos médicos classificam a complicação em três estágios, progredindo da sepse para sepse grave e, finalmente, do choque séptico, o que pode resultar em morte. Febre e aumento da frequência cardíaca são alguns sintomas, podendo evoluir para dificuldade respiratória, mudança brusca do estado mental ou dor abdominal. 
Se a condição ocorrer durante a gravidez, ela é chamada de sepse materna e, dentro de seis semanas após o parto, sepse pós-parto.
Autumn disse que ela nunca tinha ouvido falar da complicação, mas ficou horrorizada quando entendeu a gravidade da situação. "Você ouve falar de outras pessoas passando por isso e eu pensei: "Não tem como uma coisa tão séria estar acontecendo comigo”, mas depois que entendi a gravidade da situação corri atrás do que poderia ser feito. Eu não queria deixar minha filha sem uma mãe", disse em entrevista ao Daily Mail Online.

Nesta foto Autumn está com o companheiro e com a filha, recém-nascida (Foto: Reprodução Facebook)

Nesta foto Autumn está com o companheiro e com a filha, recém-nascida (Foto: Reprodução Facebook)

Tratamento
Autumn fez tratamento com antibióticos para a infecção e recebeu medicamentos para reduzir os coágulos de sangue que haviam se formado. Algumas semanas depois ela visitou o médico porque suas pernas estavam inchadas. Eles disseram que ela tinha danos permanentes nas veias atingidas pelos coágulos e que ela não pode ficar de pé por muito tempo. Seu obstetra também a aconselhou a não ter mais filhos: "Ela me disse que, se eu engravidar novamente, eles teriam que me monitorar muito de perto a gestação e que eu teria que tomar anticoagulantes durante toda a gravidez", contou.
A experiência foi compartilhada em sua página no Facebook. Ela disse que, apesar de ter se recuperado bem, gostaria de ter escutado seu corpo e encorajado outras recém mães a fazerem o mesmo. "No fundo eu sabia que algo estava errado, mas quando você tem pessoas falando no seu ouvido, dizendo que está exagerando, você tende a acreditar nelas. "Eu também tinha ansiedade em deixar minha filha, mas estava brincando com algo sério e poderia ter deixado minha filha sem mãe”, finalizou.

Mais um dia sem procurar ajuda médica e Autumn poderia não ter resistido (Foto: Reprodução Facebook)

Mais um dia sem procurar ajuda médica e Autumn poderia não ter resistido (Foto: Reprodução Facebook)