Saúde
 

Por Crescer online


É comum as pessoas dizerem que pais de recém-nascidos são exagerados e, geralmente, correm para o pronto-socorro desnecessariamente, diante de qualquer sintoma simples. No caso de Jenna e Sandon Olive, um casal australiano, foi graças à decisão de terem buscado ajuda médica o quanto antes, que sua filha, a pequena Pixie, continua nos braços deles para, um dia, quem sabe, contar sua história.

Pixie chegou a ter insuficiência cardíaca por conta de infecção por vírus respiratório — Foto: Reprodução/ 7 News
Pixie chegou a ter insuficiência cardíaca por conta de infecção por vírus respiratório — Foto: Reprodução/ 7 News

A caçula entre seis irmãos nasceu em agosto, saudável, pesando 2,7 kg, na zona rural de Victoria, na Australia. Logo, teve alta da maternidade e, junto com a mãe, pode ir para casa conhecer o restante da família. Porém, com apenas uma semana de vida, ela apresentava sinais estranhos, dos quais Jenna começou a desconfiar. Pixie estava respirando de um jeito diferente e passou a recusar o leite. No início, a mãe achou que fossem cólicas ou gases, mas seu instinto dizia que havia algo errado.

O hospital infantil mais próximo da casa da família ficava a mais de seis horas de distância, então, Jenna e Sandon correram com a filha para o Hospital Base de Mildura. Lá, os médicos encaminharam a recém-nascida para a enfermaria pediátrica. A desconfiança da mãe estava certa: Pixie foi direto para a UTI. O estado dela era grave e, diante da situação, a família foi transportada de avião, em caráter de emergência, para o Hospital Infantil Royal, onde chegaram no dia seguinte, às 14h30.

Os médicos a avaliaram e ela foi diagnosticada com rinovírus, um vírus muito comum, que costuma causar resfriados sem grandes complicações na maioria da população. Pixie passou por mais exames e ficou em monitoramento contínuo. Ela também foi diagnosticada com enterovírus, uma infecção respiratória, e miocardite, uma inflamação do coração, geralmente causada por infecção viral. “Ambos os vírus causam um resfriado comum para crianças mais velhas e adultos, mas, para um bebê sem sistema imunológico, como você pode ver, é bastante devastador”, escreveu Jenna, em seu perfil no Instagram.

O coração de Pixie estava acelerado enquanto seu minúsculo corpo seguia lutando contra as doenças. Então, os pulmões entraram em colapso e ela ficou “em estado de insuficiência cardíaca”. “O corpo dela está lutando muito”, disse a mãe. “Eles a entubaram para que a máquina pudesse respirar por ela, para que seu corpinho pudesse descansar”, relatou.

Conforme os dias foram passando, felizmente, o estado de Pixie começava a apresentar sinais de melhora. A equipe médica pode iniciar a retirada da morfina e remover o tubo respiratório. “É a coisa mais difícil para um pai/mãe ouvir quando pergunta aos médicos se o filho vai ficar bem e tudo o que eles podem dizer é 'Esperamos que sim'”, disse Jenna.

Quando a pequena completou três semanas, as enfermeiras e médicos ficaram radiantes com os avanços que ela estava tendo. Até que um dia, Jenna saiu para almoçar e, quando voltou, se deparou com um mar de médicos em volta do corpo de Pixie, tentando mantê-la estável. “Todo mundo estava correndo; eles pediram que alguém ficasse de prontidão para as manobras cardiorrespiratórias”, disse ela, em entrevista ao 7News. A bebê conseguiu permanecer estável durante a noite, surpreendendo os médicos. “Ela é uma estrela!”, declarou a mãe, orgulhosa.

Agora, com cinco semanas de vida, Pixie está com a pressão arterial “sob controle” e continua sem uso de analgésicos. “Eles não estavam errados quando disseram que ela teria uma longa jornada pela frente, mas ela está viva, e foi por isso que oramos”, disse Jenna. Ela ainda se recupera no hospital.

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Hoje, Jenna compartilha sua história para tentar incentivar outros pais a confiarem em seus instintos, enfatizando que nunca é uma reação exagerada procurar assistência médica para uma criança doente. “As enfermeiras disseram para sempre confiar no instinto da mãe e que fizemos absolutamente a coisa certa na hora certa ao trazê-la para o hospital”, afirmou. “Me disseram que meu instinto de mãe salvou a vida dela... Se eu tivesse esperado até a manhã seguinte, provavelmente estaríamos contando uma história diferente agora. Nunca, em um milhão de anos, pensei que um resfriado comum pudesse quase matar um bebê”, admira-se.

Amigos da família criaram uma página de financiamento coletivo no GoFundMe para dar apoio à família, enquanto os pais ainda precisam continuar passando o tempo a horas de distância de casa, no hospital, que fica em Melbourne. “Nós realmente pensamos que voltaríamos para casa sem ela, mas ela é uma lutadora!”, finalizou a mãe.

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