Carolina Ambrogini

Por Carolina Ambrogini

Carolina Ambrogini é ginecologista, sexóloga e mãe de Marina, 14, e Victor, 13. CRM 102.706

 


“Estou casada há muitos anos, nós dois temos quase 40, e geralmente fazemos sexo uma vez por semana. Acho que ele não sente mais desejo sexual por mim — não me toca no dia a dia (beijos ou abraços), e tudo é mecânico. Tenho medo de falar sobre isso com ele. Como resolver?”
Anônima, por e-mail

O desejo sexual no relacionamento longo é bem menos espontâneo e muito mais feito de intenção. Falta aquele fogo da paixão do início, em que o desejo é intenso e o sexo rola solto. No entanto, o gostoso de um relacionamento longo é a história vivida pelo casal, a intimidade que foi construída. No seu caso, parece que existe falta dessa intimidade, vergonha de falar, vazio de toque e de carinho.

 (Foto: Thinkstock) — Foto: Crescer
(Foto: Thinkstock) — Foto: Crescer

Reflita para entender o porquê de vocês estarem tão distantes. Foram mágoas ou decepções? A rotina massacrante do dia a dia? Qual foi o ponto onde pararam de sonhar em conjunto? Onde deixaram de se empolgar um com o outro e passaram a ser, digamos, colegas?

Por outro lado, a falta de diálogo entre vocês pode gerar suposições como esta, de que ele não te deseja mais. É meio complicado para um homem “fingir” uma ereção, e se existe uma ereção é porque antes existiu algo que o excitasse, certo? Porém, isso não apaga o fato de você sentir que o sexo está mecânico e sem emoção.

Será que ele está assim porque pensa que o sexo para você é só para agradá-lo? Você manifesta desejo e carinho por ele? Muitas mulheres têm o péssimo hábito de achar que a iniciativa para o sexo tem de vir do(a) parceiro(a). Talvez ele também esteja com a autoestima baixa por não se sentir desejado, assim como você.

Só há uma maneira de descobrir e ela envolve uma boa conversa. DR não significa briga, acusações ou término e é necessária de tempos em tempos em qualquer relacionamento.

Maneiras de facilitar uma DR

  • Esteja calma, fale sem acusar ou cobrar, em tom de conciliação, e sem levantar a voz.
  • Nunca faça DR na frente das crianças. Esse assunto pertence apenas a vocês, e os filhos precisam ser preservados.
  • Se a comunicação está difícil ou envolve muitas brigas, procurem a terapia de casal. Ter um intermediador neutro ajuda bastante.

Carolina Ambrogini é ginecologista, sexóloga e mãe de Marina e Victor (Foto: Guto Seixas/Editora Globo) — Foto: Crescer
Carolina Ambrogini é ginecologista, sexóloga e mãe de Marina e Victor (Foto: Guto Seixas/Editora Globo) — Foto: Crescer

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