Avaliação não é fechamento. Avaliação é proposição. É olhar para frente e refazer os caminhos. Avaliação é bússola. Orientação que refaz a navegação do aprender e do ensinar. É reconhecer que cada passo é importante. Que cada ação é decisiva.
![Criança pequena fazendo avaliação — Foto: Freepik](https://s2-crescer.glbimg.com/Ji_Dvuyi_IXCG4NxjVqY5qgqkx0=/0x0:1500x1000/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_19863d4200d245c3a2ff5b383f548bb6/internal_photos/bs/2024/L/W/CLhIY9TYyua3MawSoFBA/2147659426.jpg)
Avaliação é também composição cotidiana do compromisso entre ensinar, compartilhar e aprender. Avaliação é processo que não cessa. Continua para além da escola. Avaliação é autoconhecimento. É processo reflexivo e crítico.
Avaliação é convite para a empatia. Entender em que lugar e como o próximo está para melhorar a comunicação, a intervenção, o gesto que ensina.
Avaliação é mais do que o recorte da prova, do exame, do vestibular. Ninguém aprende para um fim apenas, mas para todos os começos possíveis. Avaliação é mais do que uma questão de múltipla escolha, uma resposta prevista, que gera um número que não nos diz quem somos, nem o que podemos ser.
Avaliação não é canetada. Não é o que determina o que e quanto sabemos com um X vermelho. Avaliação é um arco-íris que celebra que sempre somos capazes de mudar, de aprender, de sair de onde estamos para outro lugar.
Avaliação é convite para que professores olhem cada criança como única. Um conceito que deve revelar a relação entre professores e seus estudos, suas aulas, suas adaptações e suas intervenções. Afinal, avaliação é sobre ensino também.
Mas como disse no começo: avaliar é propor um novo caminho a partir do que se aprende em cada produção.
Avaliação é mais sobre as perguntas que nascem das perguntas do que sobre as respostas que as perguntas perguntam.
Avaliar é dizer: estamos juntos. Estou atenta ao seu processo. Estou do seu lado. Aprendemos juntos. Eu te ensino e você me ensina. Transformamo-nos juntos nessa caminhada. Bora mudar a maneira como enxergamos provas na escola? Bora ampliar a visão de que nossas crianças não podem ser colocadas em caixinhas de notas?
Se queremos um mundo mais respeitoso e mais colaborativo, devemos respeitar todo esforço e desafio - e nos comprometermos a atravessar juntos tudo o que o saber pode nos oferecer.
Nota 10 pra gente, sempre!
![Marcelo Cunha Bueno é um educador apaixonado pela infância. É pai do Enrique, 12 anos. Diretor da Escola Estilo de Aprender, autor dos livros 'Sopa de pai' e 'No chão da escola: por uma infância que voa' (Foto: Divulgação) — Foto: Crescer](https://s2-crescer.glbimg.com/RiVvZKraiiOLkvoekKcJdrIGk7I=/0x0:338x338/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_19863d4200d245c3a2ff5b383f548bb6/internal_photos/bs/2022/h/b/q1vqGUStCCgcFEjJRqIQ/2021-08-16-marcelo-bueno.jpeg)
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