Comportamento
 


Uma mãe australiana marcou o fim de sua jornada de amamentação com uma festa para seu filho. Lauren McLeod, de 31 anos, presumiu que seu primeiro filho deixaria de amamentar por volta dos 2 anos, mas Bowie, agora com 7, tinha outros planos. Ele continuou amamentando mesmo depois que sua irmã, Tigerlily, nasceu — três anos depois.

Então, quando a mãe de dois, em conversa com seu filho, decidiu encerrar o capítulo de sua jornada de amamentação, ela não pôde deixar de marcar a ocasião. Ela fez um bolo de brownie "bye-bye boobie" — com ilustração de mamilos — para comemorar o fim "da era". “Nós dois sabíamos que esse dia chegaria e estávamos prontos, mas, ainda assim, foi muito triste dizer adeus a um momento tão especial em nossas vidas”, admitiu.

Menino amamentou até os 6 anos — Foto: Reprodução/Kidspot
Menino amamentou até os 6 anos — Foto: Reprodução/Kidspot

Quando o menino de 6 anos passou a mamar por alguns minutos uma vez por semana, na hora de dormir, ela percebeu que a fase estava terminando. Eles discutiram a data, e ela compartilhou que estava feliz por terem terminado de forma positiva. Depois de comer o bolo, Bowie deu sua última mamada, onde eles conversaram sobre suas memórias favoritas.

Quando Lauren engravidou do segundo filho, ela disse que estava com a "mente aberta" sobre continuar sua jornada de amamentação. "Meu leite secou por volta de 15 semanas de gravidez, mas ele continuou mamando como se nada tivesse mudado. "Quando Bowie nasceu, eu não tinha ideia de que ainda o amamentaria aos cinco anos de idade. Não que houvesse algo de errado nisso, eu simplesmente nunca imaginei que faria isso", disse ela.

Lauren nunca pensou em dar fórmula aos filhos, e não porque fosse contra, mas porque a amamentação em conjunto "simplesmente funcionou" para sua família e seus dois filhos. “Houve momentos em que as crianças estavam mais velhas e eu pensei: 'Meu Deus, não consigo mais fazer isso. Preciso parar'”, ela disse. “Mas isso é só em um dia ruim. Estou feliz com nossa jornada e aberta a ela mudar sempre que precisar mudar”, continua.

A australiana amamentava os dois filhos — Foto: Reprodução/Kidspot
A australiana amamentava os dois filhos — Foto: Reprodução/Kidspot

Outro motivo para comemorar o fim da jornada foi ajudar a normalizar a amamentação prolongada, acrescentando que "a sociedade ocidental fez as mães sentirem que estavam fazendo algo errado por continuarem com esse ato". Lauren disse que geralmente recebe mensagens de apoio e nunca recebeu comentários negativos pessoalmente, mas recebe comentários online rotulando a amamentação com o filho mais velho como "nojenta" e "pervertida".

"Seis meses após o desmame, e ainda não posso assistir a esse vídeo inteiro! Estou mandando muito amor para vocês, que jornada", escreveu uma mãe solidária. Outra reconsideração sobre o desmame após ver a história de Lauren: "Bem no clima! Pensei que estava pronta para desmamar meu filho de 4 anos, agora estou pensando duas vezes." Embora Bowie não esteja mais amamentando, sua filha ainda amamenta, "então veremos se ela continuará amamentando por tanto tempo quanto seu irmão".

Amamentação prolongada

O leite materno ainda traz benefícios, mesmo quando a criança já tem uma dieta de sólidos estabelecida? A resposta é sim. “Mesmo depois dos seis meses, quando o bebê já passa a comer e a ingerir líquidos, o leite materno continua trazendo benefícios. Além dos nutrientes, há a questão do vínculo entre mãe e filho e das imunoglobulinas, que ajudam a fortalecer a imunidade”, explica o pediatra e neonatologista Nelson Douglas Ejzenbaum, de São Paulo (SP).

Esse fator protetor, aliás, faz com que muitas famílias prossigam com o aleitamento materno até a fase em que a criança entra no berçário ou na creche pela primeira vez. “Dentro dos dois primeiros anos, faz uma grande diferença”, afirma Ejzenbaum. Silvana Salgado Nader, do Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), concorda e diz: “As evidências científicas demonstram que há benefícios da amamentação não só do ponto de vista nutricional, mas também imunológico, metabólico, ortodôntico, fonoaudiológico, afetivo, econômico e social. Tudo isso é evidenciado de forma intensa quando a amamentação ocorre de forma exclusiva até os 6 meses de idade e complementada até pelo menos os 2 anos ou mais” -- recomendações, aliás, da Organização Mundial de Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria e do Ministério da Saúde.

Esse tempo “a mais” é justamente a dúvida que fica para muitas mães. Os benefícios do leite materno continuam existindo. De acordo com Silvana, o aleitamento materno depois dos 2 anos está relacionado com menor chance de sobrepeso e obesidade, uma vantagem e tanto já que, atualmente, esse é um dos maiores perigos que rondam a infância. O leite ainda oferece nutrientes, mas seu papel principal nesse ponto já foi desempenhado. Ele não passa a ser "um alimento vazio", como muita gente costuma repetir, mas os nutrientes já são supridos com a alimentação sólida.

Por isso, não há uma resposta exata sobre o momento certo do desmame. Tudo depende da decisão da família. “A idade ideal para desmamar é uma questão polêmica. Em algumas culturas não-ocidentais, as mulheres amamentam seus filhos até 3 ou 4 anos de idade. O desmame sofre influências de aspectos socioculturais e econômicos”, diz a especialista. Para ela, o fim dessa fase faz parte do desenvolvimento do bebê e da evolução da mulher como mãe. “O fim da amamentação deve ser visto como um processo e não como um evento isolado. A decisão do tempo de duração do aleitamento materno cabe ao binômio mãe-bebê e à sua família”, explica.

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