8 momentos inesquecíveis para a infância do seu filho

É fato que certos episódios são mais lembrados do que outros. E a ciência explica! Segundo especialistas, recordamos mais algumas situações porque elas nos marcam positivamente ou negativamente. Se o seu filho tem uma experiência com uma liberação grande de hormônios do prazer, essa memória vai se fortalecer com mais facilidade. E mesmo a criança não lembrando das experiências por completo, todo o entorno que ela viveu foi importante para construir a arquitetura cerebral. Ou seja, vale o investimento nas vivências com seu filho.

Em meio a tantas experiências da infância, selecionamos oito momentos que seu pequeno certamente irá se lembrar mesmo depois de crescer. Confira:

Demonstre entusiasmo! Expresse sua emoção e empolgue-se com seus filhos diante de suas vivências. Vale desde aquele grito de adrenalina em uma montanha-russa, vibrar ao ver um jogo de futebol ou até mesmo na descida de um escorregador ou balanço. Esse sentimento de empatia é importante para que o pequeno se sinta confiante e perceba que seu comportamento está sendo aprovado.

O senso de segurança de uma criança está diretamente ligado às ações de seus pais, especialmente em situações em que sentem-se vulneráveis ou tratadas com injustiça. Momentos de suporte ajudam a solidificar a confiança de uma criança nos pais, trazendo sentimentos que impactam a criança até mesmo na fase adulta.

Você já parou para pensar nos rituais e nas atividades cotidianas que estarão na memória dos seus filhos? Pode até parecer bobagem, mas são esses momentos que, além de proporcionar prazer, fortalecem o vínculo familiar e, por consequência, influenciam positivamente o desenvolvimento emocional e cognitivo das crianças. "O jantar em família, a conversa sobre o dia que está chegando ao fim, o ritual de secar os cabelos do seu filho após o banho, de preparar um bolo no fim de semana. Perceba: não são objetos nem coisas. O que estrutura a nossa memória são as atitudes feitas com amor”, explica o educador Marcelo Cunha Bueno, colunista da CRESCER.

Sentir-se ouvido é uma experiência poderosa, especialmente para as crianças. Quando os pais tiram um momento para ouvir seus pensamentos, medos e ideias, dando autonomia para que os filhos participem ativamente da rotina familiar e contribuam com suas opiniões, isso faz com que eles sintam-se validados e compreendidos.

Quando uma mãe ou um pai abraça um filho, o mundo para. O carinho é tão completo que mexe com muitos sentidos. Tem cheiro, toque e até som. Se esse abraço preenche o seu coração, ele também beneficia (e muito!) o seu filho, que lembra das vezes em que sentiu-se verdadeiramente amado e apoiado, independente de suas ações ou resultados.

Quem não se lembra de uma manhã ensolarada na praia, no parque ou de uma tarde preguiçosa de pescaria? Seja em uma viagem em família, um passeio no parque ou simplesmente uma dinâmica no quintal de casa, as crianças se lembram dos momentos em que se permitiram explorar e se aventurar.

Ao sair da rotina, ficamos mais abertos a novas experiências: é por isso que seu filho pode não querer provar determinado alimento em casa, mas criar coragem para experimentar durante uma viagem ou passeio. Essas experiências nutrem a criatividade, independência e senso de admiração sobre o mundo, formando momentos especiais que ficam para sempre.

Crianças, principalmente as mais novas, sentem-se seguras com rotinas e horários bem definidos. Use isso a seu favor, incluindo momentos de conexão com seu filho ao longo das atividades do dia. Na hora de dormir, por exemplo, crie um clima especial para leitura, como um cantinho de almofadas no chão. Solte a imaginação!

Ao mesmo tempo em que a segurança da rotina traz conforto, não há problema em quebrar algumas regrinhas e padrões de vez em quando, liderando momentos que peguem os pequenos de surpresa. Quer ver o rosto do seu filho se iluminar? Pegue um travesseiro e comece uma guerra. Ou, então, corra para a chuva e o convide para um banho. Pule na lama e faça a maior sujeira. Para o psicólogo infantil Frederico Veloso, diretor do Instituto BoraBrincar (MG), ver a mãe ou o pai começar esse tipo de atividade mostra uma versão diferente dos responsáveis, mais leve, divertida, e garante aos pequenos que, naquele momento, a bagunça é permitida e muito bem-vinda. Com certeza, isso criará lembranças inesquecíveis e fortalecerá o vínculo familiar.