Uma professora de uma escola no Missouri, nos Estados Unidos, foi afastada depois que administradores do distrito educacional descobriram que ela mantinha um perfil na plataforma de venda de conteúdo adulto OnlyFans. De acordo com a Fox News, Megan Gaither, 31, entrou em licença compulsória no dia 27 de outubro. Em uma entrevista, ela contou que decidiu criar a conta para complementar sua renda, já que tinha US$ 125 mil (equivalente a mais de R$ 610 mil, na cotação atual) em empréstimos estudantis — o que não conseguiria pagar com o salário que recebia pelo trabalho na escola.
“Ensinar não sustenta financeiramente uma pessoa”, disse Megan. "É muito difícil fazer esses pagamentos renderem até o verão. Foi por isso que fiz a conta", argumentou.
Um relatório sobre o caso afirma que o salário da professora, que inclui uma remuneração para treinar a equipe de líderes de torcida da escola, era de cerca de US$ 47.500 anuais (cerca de R$ 233 mil).
A professora disse que, inicialmente, tinha excluído sua conta do OnlyFans na mesma época em que uma colega, a professora de inglês Brianna Coppage, foi afastada pelo mesmo motivo, por conta de sua participação na venda de conteúdo adulto explícito.
Quando Meghan excluiu o perfil, ela tinha cerca de 1.500 assinantes e ganhava entre US$ 3 mil e US$ 5 mil (entre R$ 14 mil e R$ 24,5 mil) extras por mês. Para tentar parecer anônima, ela nunca mostrava o rosto nos conteúdos que postava.
Porém, em meados de outubro, começaram as especulações sobre o envolvimento da professora na plataforma. Na época, ela teria sido vista em um vídeo postado na conta de Brianna, sua colega. Embora o vídeo não incluísse o rosto de Meghan, ele foi gravado em uma festa e ela foi vista em uma foto pública, na qual usava a mesma fantasia que aparecia no vídeo do OnlyFans.
“Eu participei, talvez, de quatro minutos, no total, e, definitivamente, não achei que isso arruinaria toda a minha carreira”, disse a professora na entrevista. Segundo ela, depois que o vídeo foi postado, ela recebeu um bilhete de um aluno por baixo da porta da sala de aula, dizendo que “eles sabiam do segredo dela”.
O superintendente do distrito escolar, Kyle Kruse, afirmou que o “distrito não tem uma declaração para emitir neste momento”. A administração do distrito disse à Megan que a licença era motivada pelo “profissionalismo e comunicação estudantil”, uma acusação que ela nega. “No momento, só espero ganhar o suficiente para sustentar minha família”, alegou, afirmando que sua escolha de ingressar no OnlyFans foi motivada pelos baixos salários dos professores.
“Para fazer mudanças, você tem que fazer barulho e acho que foi isso que Brianna fez”, disse a professora afastada. “E acho que é isso que talvez esteja me preparando para fazer – barulho sobre como o pagamento dos professores pode ser injusto”, afirmou.
Em uma postagem no Facebook, a professora disse que adorava seu trabalho. “EU AMO a educação e o ensino e adorei ver meus alunos e líderes de torcida aprendendo e crescendo. Sou muito boa em ajudá-los a fazer isso”, escreveu. "Vou contar minha história. E, ei, pelo menos, não tentei negligenciar meus deveres de pagar o que pedi emprestado para estudar, certo? Fiz a escolha adulta de conseguir um trabalho paralelo. E adivinhe? Estava funcionando bem até agora”, afirmou.
Brianna Coppage, a colega de Megan, disse à Fox News Digital que ganhou perto de US$ 1 milhão (equivalente a R$ 4,9 milhões) vendendo conteúdo explícito no OnlyFans. “Comecei, primeiro, apenas para complementar minha renda e ver o que aconteceria, além de possivelmente ganhar dinheiro extra. Tipo, eu tenho empréstimos estudantis. E, então, eu estava trabalhando no meu diploma de especialista", relatou, em entrevista.
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