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Quando viu o filho mancando, a inglesa Sarah Mackay, de 38 anos, sabia que havia algo de errado com o pequeno Jack. Preocupada, ela decidiu levar o garotinho, que estava sentindo muita dor, ao hospital e ficou muito abalada ao receber os resultados dos exames. A família, do Reino Unido, descobriu que a criança tinha um neuroblastoma de alto risco, em estágio 4. Esse tipo de câncer acomete, principalmente, as crianças menores de 10 anos.

A doença aparece, geralmente, nas glândulas adrenais, localizadas na parte superior do rim e leva ao aumento do tamanho do abdome. Segundo informações do tabloide inglês Mirror, em fevereiro, os médicos encontraram um tumor do tamanho de uma "bola de tênis" acima do rim direito de Jack. Com a piora do seu quadro, o paciente foi encaminhado para uma cirurgia e passou por oito rodadas de quimioterapia. Atualmente, o garotinho está internado no Hospital Infantil de Bristol, na Inglaterra se recuperando de um transplante de células-tronco.

Menino é diagnosticado com câncer em estágio 4 — Foto: DAILY MIRROR
Menino é diagnosticado com câncer em estágio 4 — Foto: DAILY MIRROR

"Apenas seis meses atrás, ele estava absolutamente bem — é difícil processar como ir de saudável para ter câncer em estágio quatro em algumas semanas". Embora tenha enfrentado dificuldades nos últimos meses, Jack tem lutado contra a doença. Sua família ainda espera que o pequeno possa fazer um tratamento inovador nos Estados Unidos no próximo ano. "Jack corre alto risco de recaída", disse Sarah. "Se isso acontecer, a chance de sobrevivência é de apenas 5%. Meu filho precisa de tratamento que não está disponível aqui no Reino Unido para diminuir a chance de ocorrência de uma recaída", desabafou

Para financiar o tratamento do filho, Sarah e o marido Ben Gyde, de 37 anos, estão arrecadando fundos de doadores com a meta de atingir o valor de 250 mil libras (R$ 1,8 milhão). Ao saber da situação da família, o cantor Darren Sims doou todos os lucros de seu single Cowboy Jack. "Jack adora se vestir como um cowboy, então pensei em escrever uma música refletindo isso e encher as letras de esperança para o futuro. Tantas pessoas de todo o mundo estão se unindo para ajudar nosso cowboy favorito. Senti que precisava fazer o que pudesse para ajudar esse jovem corajoso", o artista afirmou.

Sarah também destacou que não medirá esforços para ajudar o filho a passar por esse momento difícil. "Você lê sobre crianças passando pelo mesmo tipo de coisas, mas nunca assume que será o seu. Nunca desistiremos, faremos tudo o que pudermos para ajudar nosso filho. Não podemos agradecer a todos o suficiente por toda a ajuda", ressaltou.

Cantor fez doação para ajudar tratamento de Jack — Foto: DAILY MIRROR
Cantor fez doação para ajudar tratamento de Jack — Foto: DAILY MIRROR

Neuroblastoma

Representa cerca de 6% dos cânceres na infância e normalmente se desenvolve em bebês e crianças menores de 10 anos. Pode começar em qualquer parte do corpo, mas costuma aparecer primeiro na barriga. É resultado do crescimento desordenado de células nervosas do sistema nervoso simpático. O sucesso do tratamento depende de fatores individuais de cada paciente, mas, mesmo nos casos mais agressivos, as chances de cura podem chegar a 50%.

Sintomas: podem variar de acordo com a localização e o tamanho do tumor. Os sinais mais comuns são caroços ou inchaços na barriga, dificuldade de respirar e engolir, perda de peso, falta de apetite, perda do controle para fazer xixi e cocô e dores nos ossos.

Diagnóstico: na investigação, podem ser feitos exames físicos, de sangue, de urina e de imagem, mas apenas a biópsia é capaz de ajudar no diagnóstico definitivo da doença.

Tratamento: as cirurgias podem ser usadas tanto para fechar um diagnóstico quanto para tratar a doença. Para tumores menores, que ainda não se espalharam para outras partes do corpo, o procedimento cirúrgico muitas vezes é a única intervenção necessária. Em tumores maiores, a quimioterapia e o transplante de medula podem ser considerados.

Diagnóstico precoce salva vidas!

Quando uma criança é diagnosticada com câncer, seja qual for, os pais sentem um grande aperto no peito! É impossível não pensar na cena dos pequenos passando por sessões de quimioterapia e logo depois seu cabelo caindo. No entanto, com o diagnóstico precoce, é possível fazer um tratamento muito menos agressivo para a criança. "Ele é de extrema importância para as indicações do tratamento, bem como para as maiores chances de cura. Para a maior parte dos tipos de câncer na criança, quando o diagnóstico é precoce, o tratamento é muito menos agressivo", explica Ana Paula Kuczynski, oncologista do Hospital Pequeno Príncipe, em entrevista à CRESCER.

Segundo a médica, em alguns casos, apenas é necessário fazer uma cirurgia com a retirada do tumor. Porém, para as crianças com câncer, o tempo é valioso. A demora para um diagnóstico pode resultar em altas doses de quimioterapia e com drogas mais fortes, podendo causar complicações graves como infecções e hemorragias. Ana Paula ainda complementa que, conforme o tipo do câncer, também pode ser necessário o tratamento com radioterapia, a qual pode causar vários efeitos colaterais.

Mas, quais sinais devo ficar atento? Existem vários sintomas que os pais precisam ficar de olho, como por exemplo: febre prolongada, dor nas pernas ou em outros locais que não melhoram com analgésicos comuns, dor de cabeça associada a vômitos, perda de peso, palidez associada a cansaço e sonolência, falta de atenção e queda no rendimento escolar, perda do equilíbrio e quedas, alterações visuais, ínguas (caroços) em qualquer local do corpo, dor e crescimento do abdome, manchas no corpo e sangramento. Então, se seu filho apresentar esses sinais, não hesite em levá-lo ao pediatra.

De acordo com a especialista, no caso dos pequenos, geralmente, os tipos de câncer mais comuns são leucemias agudas, tumores do sistema nervoso central, linfomas, neuroblastoma, tumor de Wilms (tumor renal), sarcomas, tumores ósseos, tumores de células germinativas e retinoblastoma (tumor ocular).

Durante o tratamento, é importante ressaltar que o apoio à família é essencial. "Muitas vezes os pais devem receber o apoio em conjunto com seu filho (a) pela equipe multidisciplinar do hospital ou clínica, constituída por médicos, enfermeiros e psicólogos, para que haja um bom entendimento sobre a doença, o tratamento e suas consequências", afirma Ana Paula.

É essencial também que os pais possam apoiar sem filhos e que estejam serenos, demonstrando muita confiança no tratamento e, claro, na cura da doença. "Respeitar os seus sentimentos nos momentos de angústia, procurando acalmá-los e confortá-los. Explicar que será uma fase de algumas mudanças no seu estilo de vida, com algumas limitações, mas que será por um período passageiro, reforçando a confiança nos bons resultados", pontua a oncologista.

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