Nicole Virzi, 29, uma estudante em um curso de doutorado, pode ser executada se for condenada pelo assassinato de um bebê de 6 semanas, de acordo com os promotores do caso. A mulher é acusada pela morte do pequeno Leon Katz, filho de uma amiga dela. Ela estava cuidando da criança na casa da família, em Pittsburgh, nos Estados Unidos, em junho, quando o crime aconteceu.
De acordo com o Daily Mail, a polícia alega que ela é responsável por infligir uma fratura no crânio de Leon, que teve vários sangramentos no cérebro detectados por uma tomografia computadorizada. Ela também é acusada de ferir o irmão gêmeo de Leon, Ari, que sobreviveu.
Documentos judiciais obtidos pela emissora WPIX, dos Estados Unidos, mostram que o Gabinete do Promotor Público do Condado de Allegheny está pedindo a pena de morte contra Nicole. “A ré cometeu o assassinato enquanto perpetrava um crime. O crime foi cometido por meio de tortura”, diz o documento que justifica o pedido de execução. “A ré tem um histórico significativo de condenações por crimes graves, envolvendo o uso ou ameaça de violência contra a pessoa. A vítima era uma criança com menos de 12 anos de idade”, afirmava o relatório.
Não foram compartilhados outros detalhes sobre essas condenações anteriores. Uma verificação de registros públicos de Nicole Virzi mostrou apenas informações sobre as acusações que ela enfrenta pelo assassinato de Leon.
A estudante era uma "amiga de confiança" dos pais dos bebês, Ethan Katz e Savannah Roberts. Ela cuidava dos gêmeos durante as férias da faculdade. O pai dela, Peter J Virzi, é um renomado cardiologista afiliado ao Mt. Sinai Doctors em Manhattan e é certificado pelo Conselho Americano de Medicina Interna.
Quando Ethan e Savannah perceberam que Ari, o irmão gêmeo de Leon, estava com um ferimento na região da virilha, eles o levaram ao hospital. Enquanto isso, Nicole continuou cuidando de Leon. Ela relatou aos policiais que tinha ido até a cozinha para pegar uma mamadeira, quando, de repente, começou a ouvir gritos. A voltar, ela alegou que a criança tinha caído da cadeira de balanço e ligou para a emergência.
"Os ferimentos sofridos por ambos (os gêmeos) são consistentes com os sofridos em decorrência de abuso infantil, pois são ferimentos infligidos que não são naturais nem acidentais", disse um médico aos investigadores, de acordo com os autos do processo.
Nicole negou qualquer irregularidade e seu advogado mantém sua alegação de inocência. Ela é acusada de homicídio, perigo infantil e agressão agravada.
A polícia ainda não divulgou o motivo do crime.
Em um vídeo postado dias antes de supostamente ter matado o bebê de sua amiga, a estudante aparece discutindo um artigo que ela escreveu sobre depressão em mulheres. Nas imagens, compartilhadas pelo periódico acadêmico Heart and Mind em 13 de junho, ela veste blazer branco e fala sobre como os sintomas somáticos da depressão em mulheres podem levar a riscos de doenças cardíacas.
Uma página de financiamento coletivo no GoFundMe foi criada para os pais do bebê, que estão arrasados. O texto afirma que Leon foi "tragicamente morto em circunstâncias horríveis" e que uma "amiga de confiança da família" foi presa. “Leon sempre será lembrado como um bebê feliz, sorridente e brincalhão. Sua morte prematura e trágica impactou profundamente a comunidade de Pittsburgh”, diz o texto.