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Enterrar um filho é difícil. Imagine, então, ter de fazer isso três vezes, ao longo dos anos. Foi o que aconteceu com June Dunn, 65, uma mãe britânica, que descobriu que partes do corpo de seu filho, que morreu, foram retiradas sem autorização e mantidas em um hospital do NHS, o sistema público de saúde do Reino Unido.

Ben morreu aos 12 anos, com uma doença cerebral rara — Foto: Reprodução/ The Sun
Ben morreu aos 12 anos, com uma doença cerebral rara — Foto: Reprodução/ The Sun

Segundo o The Sun, o filho dela, Bem Mallia, morreu aos 12 anos, em 1997, com uma doença cerebral rara. Ela o enterrou pela primeira vez, na ocasião. Um ano e meio depois, ela teve de fazer um segundo funeral porque descobriu que o cérebro dele havia sido removido sem permissão durante uma autópsia no Hospital Addenbrooke, em Cambridge, na Inglaterra. Quase três décadas depois, a mãe descobriu que o Guy's Hospital, no centro de Londres, continuava armazenando suas células.

Após uma longa batalha, o hospital se ofereceu na semana passada para pagar o custo do terceiro funeral de Ben e devolver tubos de células para ela. Acredita-se que as células da pele foram armazenadas depois que os médicos realizaram uma biópsia no menino enquanto ele ainda estava vivo. A amostra deveria ter sido descartada.

E-mails aos quais o The Sun teve acesso mostram um médico admitindo que tubos de ensaio foram mantidos em um recipiente de armazenamento de nitrogênio líquido e teriam de ser lavados para remover produtos químicos tóxicos antes de serem devolvidos a June. As autoridades insistiram que nenhuma pesquisa médica havia sido conduzida com o material.

Hoje, a mãe de três filhos disse que se sentiu aliviada por estar certa, mas exigiu uma reunião com os chefes do hospital para ouvir um pedido de desculpas pessoalmente. “Eu nunca dei consentimento para nada disso”, disse ela. “Meu filho já sofreu o suficiente na vida – eu só queria que o deixassem em paz na morte, queria que o deixassem descansar. Esta tem sido uma batalha nos últimos 30 anos. Os culpados são os que estão no topo e os executivos que não estão sendo responsabilizados. Qualquer coisa que seja usada em um laboratório, eles têm que provar que têm permissão. Os chefes do hospital tentaram esconder tudo de mim a todo momento sobre o que aconteceu com os restos mortais do meu filho”, afirma.

“Tenho transtorno de estresse pós-traumático por lidar com isso, e o que descobri no Guy's Hospital me fez perder o controle. Nenhum pai deveria ter que enterrar seu filho uma vez, muito menos duas, e três vezes é chocante. Há questões sérias a serem respondidas. Quantas outras pessoas eles têm no laboratório que suas famílias não conhecem?”, questiona.

“Eu nunca, nem uma vez, jamais dei permissão. O hospital continuou me dizendo que eu poderia ter esquecido, mas eu sei de tudo o que aconteceu com Ben porque ele era meu filho”, afirma.

Ben sofria de uma doença cerebral rara, conhecida como atrofia dentatorrubro-palidoluisiana, que desencadeia lentamente o declínio da memória e da cognição.

Na época, a lei dizia que os órgãos só poderiam ser retirados se não houvesse "nenhuma razão para acreditar" que os parentes se oporiam. No entanto, June garante que pediu aos médicos para não tocarem em seu filho depois que ele faleceu.

Um porta-voz do Guy's Hospital disse: “Pedimos desculpas à família de Ben por qualquer sofrimento que possamos ter causado e reconhecemos o quão difíceis são as circunstâncias quando uma criança morre. Trabalharemos com a família de Ben para resolver quaisquer preocupações”.

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