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Jessica Chriss comemora dois aniversários por ano — um para celebrar o seu nascimento e outro para o seu renascimento, o que ela chama de “vida bônus”. O segundo só acontece até hoje pela coragem de sua mãe, Kim. Hoje, depois de se tornar mãe, Jessica compreende ainda melhor a atitude heroica que sua mãe teve quando ela tinha apenas 6 anos de idade e poucas chances de chegar à vida adulta.

Jess desafiou todas as probabilidades e, além de sobreviver, conseguiu ter um bebê — Foto: Reprodução/ The Mirror
Jess desafiou todas as probabilidades e, além de sobreviver, conseguiu ter um bebê — Foto: Reprodução/ The Mirror

Antes mesmo do nascimento de Jessica, seus pais, Kim Thurloway e Simon Turpitt, souberam que ela tinha uma condição potencialmente fatal, conhecida como atresia biliar. O problema impede que a bile, produzida pelo fígado, flua para o intestino.

Aos 3 anos, ela passou por uma cirurgia com o objetivo de tentar aliviar o bloqueio nos dutos biliares do fígado. Aos 5, ela estava muito magra e a pele tinha ficado amarela por conta da icterícia. De acordo com os médicos que acompanhavam seu caso, resíduos estavam se acumulando em seu sangue. A saída mais viável era um transplante de fígado e a menina entrou na fila de espera por um órgão.

A menina tinha 6 anos quando sua mãe, Kim, se submeteu a uma cirurgia arriscada e pouco conhecida para tentar salvá-la — Foto: Reprodução/ The Mirror
A menina tinha 6 anos quando sua mãe, Kim, se submeteu a uma cirurgia arriscada e pouco conhecida para tentar salvá-la — Foto: Reprodução/ The Mirror

Os doadores eram raros e a família foi instruída a se preparar para o pior. “Eu mal conseguia comer e estava tão amarela devido à icterícia que, quando eu saía, as pessoas paravam e olhavam”, diz Jess, que hoje tem 30 anos.

Ela passou um ano esperando um doador, sem sucesso. Kim, sua mãe, uma ex-gerente de RH de West Sussex, na Inglaterra, tinha ouvido falar que um pedaço de fígado poderia ser transplantado de um doador vivo. Esse tipo de cirurgia era uma novidade, e o risco era enorme. Mas Kim não poupou esforços para salvar a vida de Jess e se ofereceu para doar parte de seu fígado.

“Os médicos tentaram dissuadi-la, porque era muito arriscado. Ela poderia morrer. Mas depois de fazer os testes, ela decidiu ir em frente. Sou muito grata por ela ter feito isso. Eu tinha 6 anos e estava quase sem tempo. Meus joelhos e barriga estavam inchados e eu estava amarela”, lembra Jess, em entrevista ao The Mirror. “Alguns outros membros da família foram testados para ver se eram compatíveis – e, felizmente, minha mãe foi. Ela arriscou a vida para me salvar e eu não estaria aqui hoje se não fosse por ela”, afirma.

Kim agora é uma mãe e uma avó orgulhosa — Foto: Reprodução/ The Mirror
Kim agora é uma mãe e uma avó orgulhosa — Foto: Reprodução/ The Mirror

Em fevereiro de 2001, em uma operação de cinco horas — uma das primeiras do tipo — Kim teve metade de seu fígado removido e transplantado para o corpo de Jessica, enquanto ambas estavam sob anestesia geral. A cirurgia ocorreu no King's College Hospital, em Londres, o único lugar no Reino Unido, na época, que era licenciado para realizar transplantes de doadores vivos. Felizmente, deu tudo certo e, em seis semanas, Jessica estava de volta à escola. Em 12 semanas, tanto o fígado dela quanto o de Kim tinham crescido de volta ao tamanho máximo.

Na época, os médicos disseram que seria improvável que Jessica pudesse ter filhos no futuro. Mas a vida dela tinha sido salva – e era o que importava. “Eu amei recuperar minha energia e finalmente sentir que não era tão diferente dos meus colegas de classe. Foi quando eu senti, pela primeira vez, que tinha ganhado uma vida bônus. E eu prometi aproveitá-la ao máximo”, conta ela.

Com medicamentos para impedir que seu corpo rejeitasse o fígado e exames de sangue regulares, Jess seguiu em frente. Ela terminou os estudos e iniciou uma carreira em recrutamento, criando um amplo círculo social. Ela sabia que a possibilidade de ter filhos era mínima, mas estava disposta a lutar. “Eu nunca deixaria o que passei me segurar de forma alguma, então por que agora?”, questiona.

Em dezembro de 2022, ela conheceu James, um carpinteiro, em um aplicativo de namoro. Então, em agosto do ano passado, Jessica começou a ter dores nas costas. Ela passou a suspeitar de que pudesse estar grávida, apesar tas probabilidades. Ao fazer um teste, veio a confirmação. "Fiquei surpresa e animada. Liguei para James, empolgada e um pouco nervosa. Nós dois estávamos nas nuvens. Eu me senti muito grata e sortuda. Mesmo com tudo contra mim, nós teríamos a vida que eu sempre sonhei”, celebra.

A gravidez de Jessica, no entanto, não foi nada tranquila. A doença levou a complicações, que precisaram ser acompanhadas de perto. “A gravidez foi difícil. Eu tive um sangramento com 18 semanas e, naquele momento, os médicos acharam que o bebê não sobreviveria. Eles queriam que eu chegasse às 24 semanas, mas eu desafiei as probabilidades e cheguei às 37 semanas. Então, meus rins começaram a sofrer”, lembra.

Primeiro, a equipe de saúde tentou induzir o parto, mas, depois de quatro dias, Jess precisou passar por uma cesárea de emergência. Felizmente, o bebê Finley nasceu em 11 de abril, saudável. “Foi surreal para todos. Foi tudo muito emocionante. Adorei voltar para casa com o pequeno Finley”, comemora.

A condição do fígado da mãe não é genética – o que significa que Finley não tem o mesmo problema. Ainda assim, ele teve um começo difícil, com suspeita de sepse antes de deixar o hospital. O bebê foi tratado e agora está bem. E a avó, Kim, 68, não cabe em si de tanta felicidade. “Estou muito orgulhosa por tudo que Jessica conquistou. Ela nunca viu sua condição médica como um limitador em sua vida”, disse. “Jess é uma mãe e esposa brilhante, eu não poderia estar mais orgulhoso. Ela é a cola que mantém nossa família unida”, afirma James, seu marido.

Jess ainda toma medicamentos antirrejeição diariamente e precisa fazer exames de sangue a cada dois meses. Mas sua saúde é estável. "Tive muita sorte. Um transplante não resolve o problema, apenas lhe dá mais tempo, então há todas as chances de que eu precise de outro no futuro”, conta ela. “Mas acho que mostrei que é possível ter uma vida normal. Realmente há esperança. Adoraríamos aumentar nossa família no futuro. Claro, sendo de alto risco, sempre há uma questão aí. Mas eu definitivamente sou uma batalhadora. Quero mostrar a qualquer um que tenha passado por um transplante o que é possível. E quero que Finley se inspire em mim, assim como eu me inspiro na minha mãe”, finaliza.

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