Mãe com tumor cerebral pede ajuda para prolongar sua vida em até dois anos: "Imploro por esse tempo extra"

Rachael foi levada às pressas para o hospital após uma enxaqueca tão forte que a impediu de abrir os olhos. Mas pior do que a dor, foi o diagnóstico: um tumor cerebral já com metástase. "Disseram-me que a expectativa de vida de alguém com o meu diagnóstico era de 12 meses, e eu já vinha apresentando sintomas há oito", conta


Rachael Burns, uma jovem mãe de 22 anos da Inglaterra, recebeu uma notícia devastadora ao descobrir a verdadeira causa das suas fortes dores de cabeça. Após dar à luz sua primeira filha, Raeya, ela começou a notar mudanças na visão e a sofrer com enxaquecas intensas, que pioraram em março de 2023. De acordo com o tabloide britânico The Sun, as dores eram tão severas que Rachael ficava acamada por dias.

Rachael Burns, 22, com seu parceiro Ryan e sua filha de um ano, Raeya — Foto: Reprodução Mirror

Inicialmente, um oftalmologista a diagnosticou com "olho seco" e prescreveu colírio e óculos. "Fui mandada para casa com colírio e óculos, o que só me fez sentir mais tonta," disse ela. "Minha visão piorou, o que me fez andar na frente dos carros devido ao ponto cego do meu lado direito. Eu não podia mais tirar minha filha de casa sozinha, pois tinha muito medo de colocá-la em perigo", lembra.

Apesar do agravamento da condição, Rachael hesitou em procurar mais ajuda, temendo estar sendo dramática. No entanto, uma enxaqueca particularmente intensa a levou ao hospital, onde uma ressonância magnética revelou um tumor cancerígeno, chamado glioma difuso da linha média (DIPG). A doença já havia se espalhado para sua coluna, e os médicos informaram que Rachael tinha apenas alguns meses de vida. "Quando me disseram que eu tinha um tumor cerebral, meu mundo inteiro desabou," disse Rachael. "Disseram-me que a expectativa de vida de alguém com o meu diagnóstico era de 12 meses, e eu já vinha apresentando sintomas há oito", conta.

Diagnosticada em maio de 2023, quase um ano após notar os primeiros sintomas, Rachael foi informada de que a cirurgia não era uma opção, pois o tumor estava no tronco cerebral. Sua família, desesperada, lançou uma campanha no GoFundMe para arrecadar fundos para um tratamento que possa ao menos prolongar sua vida.

A jovem mãe foi informada de que tinha "olhos secos" — Foto: Reprodução Mirror

Atualmente, Rachael está passando por seis semanas de tratamento de radiação, com 30 sessões no cérebro e 28 sessões na medula espinhal. "Alguns dias, eu acordo e minhas pernas não funcionam, e eu fico chorando de agonia por horas a fio por causa da dor," compartilhou Rachael. "Meu parceiro Robert teve que assumir a maior parte dos cuidados com nossa filha e isso me faz sentir muito inútil", lamenta.

Apesar dos desafios, Rachael valoriza os momentos que pode passar com Raeya. "Às vezes, eu consigo andar sem ajuda e consigo pegar Raeya. Tudo o que posso fazer é esperar pelo máximo de dias bons possível, porque as memórias com minha família são tudo o que importa para mim agora", refletiu.

Rachael também está dedicada a aumentar a conscientização e o financiamento para pesquisas sobre tumores cerebrais. "É uma tragédia que uma jovem mãe como Rachael não consiga os melhores medicamentos e tratamentos no Reino Unido e, em vez disso, tenha que gastar centenas de milhares pela chance de passar mais tempo com sua filha," disse Louise Aubrey, gerente de desenvolvimento comunitário da Brain Tumor Research.

"Tumores cerebrais matam mais crianças e adultos com menos de 40 anos do que qualquer outro tipo de câncer, mas apenas 1% dos gastos nacionais em pesquisa sobre o câncer foi alocado para tumores cerebrais desde que os registros começaram em 2002. Isso é inaceitável. Muito mais precisa ser feito para evitar que famílias jovens como a de Rachael sejam destruídas por essa doença devastadora", afirmou.

Com a ajuda da comunidade, Rachael e sua família esperam arrecadar fundos suficientes para o tratamento com o medicamento ONC201, que pode prolongar sua vida em até dois anos. "Por mais difícil que seja pedir ajuda, estou realmente engolindo meu orgulho e me deixando vulnerável o suficiente para implorar por esse tempo extra", disse. "Não estou pronta para deixar minha família e meu bebê. Um ano não é tempo suficiente para experimentar o presente da maternidade", finalizou.

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