A justiça inglesa determinou que uma mulher deverá ser indenizada após uma conduta discriminatória do seu chefe. Na época, grávida do terceiro filho, a funcionária foi instruída a colocar uma televisão no seu quarto para fazer "menos sexo". A indenização foi estipulada em 16.200 libras, cerca de R$ 117 mil, informou o tabloide inglês Daily Mail.
Poppy Duggan, de 31 anos, trabalhava como líder em uma empresa de gerenciamento de tráfego. A funcionária tinha trabalhado na companhia por dois anos e, depois de ficar um período fora, voltou para a empresa. Dois depois de seu retorno, em 2019, ela informou aos seus gerentes que estava grávida.
Nesse momento, um dos gerentes sugeriu que ela colocasse uma TV em seu quarto, conforme informações do processo. No mesmo mês, Poppy passou por outra situação discriminatória com relação à maternidade. Quando contou que pretendia voltar ao trabalho após o parto, sua gerente disse: "E com três filhos, como isso vai funcionar?". Ela ainda foi repreendida por erros em um relatório após tirar dois de folga por orientação de sua parteira.
Na ocasião, a mulher teria gritado com a funcionária e dito: "Vá para então, não quero você aqui". Em depoimento no tribunal, Poppy contou que foi desqualificada nos meses seguintes. Diante da situação, a funcionário fez uma queixa sobre os abusos dos gerentes e eles receberam uma advertência verbal de seis meses por assédio.
Em abril de 2023, ela deixou a empresa no dia do fim da sua licença-maternidade. Sua alegação de discriminação na gravidez e na maternidade foi mantida em parte, mas sua alegação de demissão injusta não foi aceita. Decidindo a favor da autora da ação, o tribunal disse que a discriminação na gravidez poderia atrair prêmios mais altos, pois deveria ser um "período de alegria".