Parto
 


A influenciadora e chef, Juliana Perdomo, que recentemente enfrentou complicações graves após o parto devido a uma embolia amniótica, anunciou em suas redes sociais, no último sábado (3), que recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Juliana permanece no hospital, mas foi transferida para um quarto para seguir com o acompanhamento médico. Na publicação, ela afirmou que está se recuperando e agradeceu o carinho que tem recebido.

Juliana Perdomo teve embolia amniótica — Foto: Reprodução/Instagram
Juliana Perdomo teve embolia amniótica — Foto: Reprodução/Instagram

“Hoje recebi alta da UTI para o quarto e estou muito emocionada. Eu sou um milagre para a medicina e hoje vou conhecer o Zac”, escreveu ela, referindo-se ao seu filho. A mãe também disse que pretende compartilhar mais detalhes sobre sua experiência em breve. “Prometo que volto aqui contando tudo que aconteceu”, destacou.

A influenciadora foi internada em Goiânia, Goiás, após sofrer graves complicações no parto devido a uma embolia amniótica, segundo postagem feita nas redes sociais pela irmã, Tatiana Perdomo. Ela teve síndrome da angústia respiratória aguda, causada pela embolia, devido ao acúmulo de líquido nos pulmões.

Juliana deu à luz seu terceiro filho em 26 de julho em Iporá, no oeste goiano. A irmã explicou que a influenciadora teve uma descompensação cardiorrespiratória ainda na sala de parto. Ela foi socorrida logo em seguida e, posteriormente, foi encaminhada a Goiânia, onde foi internada na UTI e entubada. O diagnóstico foi feito por exclusão. “Não tem um exame que comprove. O diagnóstico é por eliminação mesmo”, afirmou Tatiana.

De acordo com ela, o parto da irmã foi agendado e feito com mais de 39 semanas de gestação. Juliana não teve nenhuma complicação durante a gravidez e não possui histórico de doença cardíaca ou respiratória. Os outros dois partos também foram tranquilos, sem nenhuma complicação. “Não importa onde ela estivesse. Foi um acontecimento, uma raridade”, explicou Tatiana.

O que é a embolia amniótica?

"A embolia amniótica é uma condição rara que acontece de 1 para cada 40 mil partos para cada pessoa. Infelizmente, tem uma alta mortalidade, de 20 a 60%", afirmou Eduardo Cordioli, diretor técnico de obstetrícia do Grupo Santa Joana. Ela normalmente acontece durante o trabalho de parto, no parto em si e até alguns minutos após o parto. "Também pode ocorrer em casos de traumas, acidentes, descolamentos de placenta ou até em partos muito rápidos", disse.

"Nesses casos, o líquido amniótico, células do feto, às vezes até o cabelo do bebê entram na circulação materna. Quando isso acontece, você tem como se fosse uma resposta inflamatória intensa, como se fosse corpo estranho. Ocorre uma ativação do sistema imunológico muito intensa e tem uma vasoconstrição [contração dos vasos sanguíneos], principalmente do pulmão", explicou Cordioli. Segundo ele, isso pode provocar a hipoxemia, isto é, o baixo nível de oxigênio no sangue, o que pode causar a hipóxia, ausência de oxigênio suficiente nos tecidos para manter as funções corporais, e levar a uma parada cardíaca.

"O corpo continua com essa resposta inflamatória e aí você tem até uma coagulação intravascular disseminada, ou seja, o sangue fica mais líquido para tentar passar pelo pulmão que está com vasoconstrição e, com isso, a mulher pode ter hemorragia em vários órgãos, podendo evoluir para falência de múltiplos órgãos e, infelizmente, morte", afirmou o especialista.

Também é possível que a mulher tenha sequelas neurológicas. "Se demorar muito tempo para tirar o paciente do estado de hipoxemia, mais de 30 minutos, a mãe pode sofrer uma lesão cerebral devido à falta de oxigênio no cérebro", acrescenta. Além disso, o bebê pode correr risco. "Se tiver falta de oxigênio na placenta, o bebê também pode vir a óbito se a mulher com embolia amniótica não tiver um parto rápido para tirá-lo da barriga", alerta.

'É invisível, inevitável e intratável'

Existem alguns fatores de risco, como mulheres com idade materna avançada, hipertensão, trabalho de parto muito rápido, descolamento da placenta, traumas ou acidentes e polidrâmnio (excesso de líquido amniótico). Mas, também pode ocorrer sem causa aparente. Além disso, a embolia amniótica costuma ocorrer de forma súbita. Por isso, segundo Eduardo Cordioli, é muito difícil ter um diagnóstico anterior. "Algumas mulheres podem apresentar sintomas como agitação, confusão, falta de ar, náusea vômito, e, se ela estiver grávida, pode ter um aumento na frequência cardíaca do feto. Mas, em muitos casos, o primeiro sintoma é uma dispneia súbita [falta de ar], uma parada cardíaca, um colapso", afirmou.

"Tudo isso ocorre durante o trabalho de parto ou logo após e, por ser uma condição muito rara, é difícil fazer o diagnóstico rapidamente", acrescentou. Não existe um teste ou exame para diagnosticar a embolia amniótica. O diagnóstico geralmente é feito por eliminação. "A embolia amniótica é invisível, inevitável e intratável. É uma raridade, infelizmente, o processo de nascimento de um ser humano não é perfeito por natureza", destacou.

"Não existe remédio para tratar a embolia amniótica. Quando isso acontece, que é muito raro, o médico tem que fazer um diagnóstico rápido e dar suporte de vida, ou seja, internar a mulher na UTI, e esperar que ela melhore", disse Eduardo Cordioli. Na UTI, a mulher recebe suporte para manter a oxigenação e prevenir hemorragias.

Assim, Cordioli reforçou a importância de ter uma assistência médica na hora do parto. "Quanto mais rápido você dá suporte, maior a chance de você recuperar. Por isso é muito importante fazer o parto em maternidades que têm UTI, você nunca sabe quando vai precisar. É essencial ser num lugar com os recursos disponíveis, médicos treinados para fazer o diagnóstico e com o suporte necessário sobreviver a uma situação dessas", afirmou. "Temos que lembrar que todo parto é de risco. Todo parto merece atenção", finalizou.

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