Saúde & bem-estar
 


A gestação do primeiro filho de Fabiana Malagi, 33, foi tranquila e sem intercorrências. Entretanto, ainda dentro do útero, o pequeno Theo, hoje com 2 meses de vida, não deixava de lado a agitação durante a rotina de atividades físicas da mãe, que seguiu constante ao longo do desenvolvimento do pequeno. "Eu treino desde os 15 anos, sou personal trainer e continuei bem ativa na gravidez. Toda vez que eu fazia exercício, ele mexia, era impressionante", conta Fabiana, que mora com o marido e o filho em Maringá (PR).

As respostas de Theo aos treinos da mãe não pararam na gravidez. Em um vídeo viral publicado no perfil de Fabiana no TikTok, pouco após o parto, a mãe registra o momento em que o marido, Pedro Alex, segura o filho no colo, que está aos prantos. Na sequência, ele realiza movimentos de agachamento, para cima e para baixo, enquanto o choro do menino cessa aos poucos. Quando o pai para de realizar o exercício, o choro volta como antes. "Mini personal!", brincam os pais no clipe, que alcançou mais de 4,2 milhões de visualizações e mais de 650 mil curtidas na rede social.

O vídeo de Fabiana viralizou no Tik Tok ao mostrar a reação do filho aos movimentos de agachamento — Foto: Tik Tok/Arquivo pessoal
O vídeo de Fabiana viralizou no Tik Tok ao mostrar a reação do filho aos movimentos de agachamento — Foto: Tik Tok/Arquivo pessoal

"Quem descobriu que ele se acalmava assim foi o meu marido. Ele descobriu fazendo afundo, que é um agachamento unilateral", conta Fabiana. "Estávamos conversando numa sexta à noite, ele estava chorando, então meu marido disse: 'Amor, olha só, ele para de chorar se fizer agachamento', e eu não acreditei. Pensamos em gravar e postar. Não imaginava que ia dar tão certo assim, na verdade, mas é impressionante. Não sei se tem alguma relação com os movimentos que eu fiz na gravidez, mas é fazer o agachamento que ele para de chorar", completa a mãe.

Segundo Paula Fettback, ginecologista pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a associação entre o movimento feito pela mãe com o choro do bebê pode, de fato, ter origem na rotina de exercícios físicos de Fabiana durante a gestação. "No ambiente uterino, o bebê geralmente sente a maioria dos movimentos, das sensações e dos sentimentos maternos. É uma conexão direta com a mãe, havendo, inclusive, comprovação da chamada epigenética, ou seja, o meio uterino pode influenciar na expressão de genes na vida futura do bebê", explica a especialista.

A médica pontua que é comum que, nos primeiros dias após o nascimento do bebê, o pediatra indique para a família manter o recém-nascido em posição semelhante à fetal, que ele estava dentro do útero materno, para que o pequeno se sinta mais confortável. "[No caso do vídeo], apesar de poder estar associado a outras causas, pode-se supor que quando a mãe treina e realiza agachamentos, o bebê pode passar por uma sensação de maior conforto e perceber os estímulos do ambiente", completa.

Rotina adaptada

Fabiana manteve a rotina de treinos constantes e adaptados durante toda a gravidez — Foto: Arquivo pessoal
Fabiana manteve a rotina de treinos constantes e adaptados durante toda a gravidez — Foto: Arquivo pessoal

Além dos treinos de musculação regulares, com movimentos e cargas adaptadas para cada período da gravidez, Fabiana conta que inseriu o pilates e a fisioterapia pélvica em sua rotina de gestante, que a ajudaram no controle de algumas dores e na preparação para o parto normal de Theo. "Além do agachamento, nós fazemos também um movimento de aviãozinho com o braço que ele também se acalma bastante. O movimento na bola de pilates, que a gente senta na bola e fica pulando, ele também se acalma. Esses três movimentos são os que mais utilizamos com ele", relata a mãe.

Como já trabalha como personal trainer, Fabiana montou os próprios treinos para esse período e seguiu com as atividades físicas, associadas à alimentação equilibrada que já mantinha antes mesmo de engravidar — e, claro, tudo com o acompanhamento de uma ginecologista e obstetra ao longo do pré-natal.

No puerpério, após ser liberada para retornar às atividades 15 dias após o parto, Fabiana manteve a rotina de exercícios, agora adaptada às demandas do pequeno Theo. "É claro que tudo muda muito depois do nascimento do bebê, então, a rotina que eu tinha de ficar em torno de duas horas na academia não é mais a mesma. Como eu fiquei cerca de um mês mais ou menos parada por conta do parto, a gente volta com uma carga menor até retomar ao que estava antes. Tenho muita ajuda do meu marido e, se não fosse ele, eu ainda não teria voltado para a academia", pontua a mãe.

Segundo ela, o marido tem sido uma importante rede de apoio para que ela possa atender suas alunas, além de não parar de se exercitar, mesmo que dentro de casa. "Às vezes, meu marido precisa trabalhar, fazer alguma reunião... e eu não consigo ir para a academia, então faço um treino mais rápido. Mas ele me ajuda bastante na parte da manhã. À tarde, eu fico com o Theo para que ele possa treinar também. Fazemos esse revezamento para dar certo na rotina", destaca a mãe.

Para Fabiana, os exercícios fizeram toda a diferença na hora de enfrentar o turbilhão de emoções que surgem no pós-parto. "Você voltar aos poucos para a sua [rotina de] atividade física é o mais importante para manter a saúde mental tranquila e, depois, poder cuidar bem do seu bebê, porque se você fica ali só focada no bebê 100%, a gente acaba se esquecendo de nós mesmas — e isso gera um baque. Por isso, é bom voltar, um pouquinho que seja, para você não se esquecer de si", conclui.

Assista ao vídeo completo de Fabiana:

Grávida pode fazer musculação?

Se for bem orientada, a musculação é uma excelente opção de atividade para a grávida, pois fortalece os músculos – o que é importante para a postura, fortalecer os braços (para o cuidado com o bebê), prevenir dores, preparar para a gestação toda e para o pós-parto. O recomendado é sempre buscar exercícios de intensidade leve a moderada, isto é, mantendo o cuidado com exercícios que levam ao cansaço e esforço extremo e evitando movimentos que comprimam muito o abdômen ou possam causar muito desequilíbrio. Além disso, é sempre é importante ressaltar que cada gestação tem as suas próprias características e limitações, e é preciso respeitar o seu corpo. Vale ficar atenta para sinais como tontura, aumento da frequência cardíaca ou alteração da pressão arterial ao longo da prática, e, claro, caprichar na hidratação.

Para quem não tem muita experiência com estes exercícios, o ideal é buscar orientação com um personal especializado em gestantes ou tirar dúvidas com o obstetra que está acompanhando o pré-natal ao longo da gravidez antes de iniciar os treinos.

Como se manter motivada na gravidez?

Com todas as transformações da gestação, nem sempre é fácil se sentir disposta para se exercitar. Por isso, é importante respeitar os limites do corpo e ser flexíve, além, é claro, de fazer tudo com acompanhamento médico. Uma dica é diminuir o tempo ou a intensidade do exercício em vez de pular o treino. Para quem não gosta de praticar sozinha, pode ser uma boa ideia alinhar o horário de exercício com o do seu parceiro ou de amigas. Outra sugestão é se inscrever em aulas para fazer em conjunto com outras pessoas. O que vale mesmo é não dar lugar ao sedentarismo, pelo bem-estar tanto da mãe quanto do bebê.

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