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A eclâmpsia é uma das causas mais importantes de mortalidade materna. A doença corresponde a até 20% dos desfechos graves, como óbito e incapacidade a longo prazo, de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Campinas (Unicamp/SP), que avaliou mais de 80 mil gestantes, em 27 maternidades de referência do Brasil. Eclâmpsia é, na verdade, uma complicação da pré-eclâmpsia, que é quando uma mulher apresenta pressão arterial elevada e perda de proteínas na urina depois da 20ª semana de gravidez. “Quando a pré-eclâmpsia leva a mulher a ter convulsões, temos a eclâmpsia”, explica a ginecologista e obstetra Ana Paula Beck, do Hospital Albert Einstein (SP).

Eclâmpsia é uma complicação da pré-eclâmpsia, relacionada à alteração da pressão arterial na gestação — Foto: Unsplash
Eclâmpsia é uma complicação da pré-eclâmpsia, relacionada à alteração da pressão arterial na gestação — Foto: Unsplash

Mas, por que, afinal, a eclâmpsia é tão perigosa? “Tanto a pré-eclâmpsia quanto a eclâmpsia podem ter consequências graves, como danos a órgãos como rins, fígado e cérebro”, alerta a especialista.

Fatores de risco e sintomas da eclâmpsia: no que você precisa ficar de olho

A eclâmpsia, como você já sabe, é uma série complicação do quadro de pré-eclâmpsia. Portanto, os sinais que precisam ser observados são os de hipertensão, como:

  • Inchaço de membros ou edema generalizado
  • Dores de cabeça
  • Sintomas visuais, como presença de pontos pretos ou brilhantes na vista

Embora qualquer grávida possa desenvolver pré-eclâmpsia e, consequentemente, chegar à eclâmpsia, a médica explica que existem alguns fatores de risco que tornam algumas mulheres ainda mais propensas. “São muitos, entre eles, histórico de pré-eclâmpsia na gravidez anterior, gestação gemelar e doenças crônicas, como diabetes, hipertensão arterial e obesidade”, aponta. Mulheres com essas condições, em geral, precisam ser acompanhadas com uma atenção maior nesse sentido, ao longo do pré-natal.

Como é feito o diagnóstico da eclâmpsia?

A partir dos sintomas, o obstetra vai solicitar exames para verificar o aumento da pressão e a perda de proteína pela urina, para identificar a pré-eclâmpsia. Se a mulher sofrer convulsão como uma complicação do quadro, a doença se caracteriza como eclâmpsia.

Tratamento de eclâmpsia

“A eclampsia deve ser tratada de imediato”, afirma Ana Paula. “Sempre que houver a suspeita de uma iminência de eclampsia, inicia-se o tratamento com uma medicação de Sulfato de Magnésio, que previne as convulsões de maneira bastante eficaz’, acrescenta. Embora a causa da pré-eclâmpsia não seja totalmente conhecida pela ciência, o aumento da pressão arterial na gestação pode estar relacionado à implantação da placenta na parede do útero e à alteração do fluxo nos vasos sanguíneos. “Provavelmente, existam também fatores imunológicos envolvidos, que ainda são desconhecidos”, acrescenta o ginecologista e obstetra Wagner Hernandez, especialista em gestações de alto risco, em São Paulo (SP). De qualquer forma, como o que eleva a pressão é a placenta, o tratamento é fazer o parto o quanto antes.

Dá para prevenir a eclâmpsia?

A melhor forma de prevenir a eclâmpsia é fazer um pré-natal cuidadoso, com todos os exames e atenção do obstetra. “Os exames do primeiro trimestre da gestação trazem dados que podem ajudar na prevenção da pré-eclâmpsia antes da 34ª semana. De acordo com os resultados, o médico pode indicar medicamentos preventivos”, explica Ana Paula. Quando a pré-eclâmpsia é identificada, o parto poderá ser antecipado, dependendo do caso, justamente para evitar complicações como a eclâmpsia.

Manter uma alimentação saudável, evitando o excesso de sal, e consumir uma quantidade adequada de líquidos também ajuda. A suplementação, com indicação médica, pode ser uma aliada. “Diversos estudos demonstraram que a suplementação de cálcio na gravidez, principalmente em mulheres com baixa ingestão desse mineral, reduz a incidência de pré-eclâmpsia [e da eclâmpsia, portanto]”, afirma a obstetra do Albert Einstein. “Isso porque o cálcio ajuda no relaxamento da musculatura lisa dos vasos sanguíneos, promovendo uma vasodilatação e redução da pressão arterial”, completa.

O ácido acetilsalicílico também pode ser usado como prevenção para grávidas de alto risco, segundo Hernandez. “É possível fazer essa estratificação de riscos não só pelo histórico da mulher, mas com alguns exames de sangue que, aliados ao ultrassom morfológico, e outros achados de exames físicos”, explica ele. Depois de identificar essas mulheres com mais risco de desenvolver a pré-eclâmpsia, a prescrição do medicamento pode reduzir essas chances em até 60%, segundo o médico.

Eclâmpsia no pós-parto

Sim, as convulsões devido à hipertensão na gestação podem acontecer mesmo depois do nascimento do bebê. “O período mais crítico para a eclâmpsia no pós-parto são as primeiras 48 horas, mas pode ocorrer até quatro semanas depois do parto”, aponta Ana Paula.

Por conta dessa possibilidade, todas as mulheres que tiveram pré-eclâmpsia na gravidez precisam seguir alguns cuidados depois do nascimento do bebê, como medir a pressão regularmente e manter contato com o obstetra para informar se houver alguma alteração. “Em alguns casos, a pressão pode se descontrolar no pós-parto, o que pode levar à eclâmpsia”, ressalta Hernandez. Segundo ele, o acompanhamento próximo precisa ser feito enquanto a pressão não estabilizar depois do nascimento. “Algumas mulheres precisam de medicação anti-hipertensiva no pós-parto”, diz ele. A vantagem é que, depois que o bebê nasce, há mais opções de tratamentos.

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