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Quando perguntavam à jornalista Michelle Loreto, 44 anos, se ela queria ser mãe, costumava dizer que talvez um dia, lá na frente, por meio da adoção. “Gestar um bebê era algo que estava completamente fora dos meus planos”, conta a apresentadora do programa Bem-Estar (TV Globo) à CRESCER em entrevista exclusiva. Especialmente depois de terminar um longo relacionamento e reformar seu apartamento para melhor acomodar ela e sua cachorrinha, Blika. Imagine se descobrir grávida, sem querer, do novo e recente namorado?

Michelle Loreto e Aurora brincando com flores — Foto: Ana Pendloski | @ameiiifotografia
Michelle Loreto e Aurora brincando com flores — Foto: Ana Pendloski | @ameiiifotografia

Passado o susto, ela assumiu publicamente a relação com Alexandre Mattoso, 49, diretor e roteirista do mesmo canal, e anunciou a gravidez nas redes sociais. “Sei que não devo satisfação a ninguém, mas achei por bem contar para evitar comentários do tipo ‘quem é o pai?’”, brinca a mãe de Aurora, que hoje está com 6 meses.

A gestação, o parto e o puerpério correram normalmente, sem grandes percalços. Aurora começou a introdução alimentar recentemente, e continua mamando no peito. À medida que compartilhou alguns detalhes da sua rotina nas redes sociais, surgiram muitas perguntas de seguidores sobre o tema. Michelle resolveu, então, aproveitar sua experiência de uma década como jornalista de saúde para ajudar outros pais e mães, agora com lugar de fala.

“O trabalho do jornalista hoje vai além de noticiar, ele tem de derrubar as fake news também”, pontua. No final de sua licença-maternidade, ela conversou com a CRESCER sobre gravidez tardia, rede de apoio, planos para o futuro e seu novo apelido, Mãechelle. Confira.

Apesar do histórico de endometriose, Michelle engravidou naturalmente aos 43 anos — Foto: Ana Pendloski | @ameiiifotografia
Apesar do histórico de endometriose, Michelle engravidou naturalmente aos 43 anos — Foto: Ana Pendloski | @ameiiifotografia

CRESCER: Mesmo com histórico de endometriose, você engravidou naturalmente e sem querer aos 43 anos, certo?

Michelle Loreto: Sim, eu já havia feito duas cirurgias e, desde a primeira, aos 24 anos, tomava anticoncepcional ininterruptamente. A endometriose estava controlada. Mas, com a chegada dos 40 anos, a minha médica sugeriu que eu trocasse o medicamento que vinha usando, com estrogênio, pelo DIU Mirena, com progesterona. Nesse intervalo de alguns meses, eu tinha recém-terminado um relacionamento de três anos. Mesmo assim, ela disse para eu me prevenir. Expliquei que estava solteira e não pensava em namorar tão cedo. Só não contava que iria me apaixonar… A única vez que não usamos camisinha, fora do período fértil, pelas minhas contas, engravidei.

C.: Como foi a descoberta?

M.L.: Descobri quando fui colocar um top para ir à academia e senti que estava apertado. Eu havia emagrecido bastante, então estranhei. Além disso, fiz redução das mamas 15 anos atrás, sei o tamanho do meu seio. Passei na farmácia antes do treino para comprar algumas coisas e levei um teste também. Eu nem sabia que já era possível descobrir antes do atraso menstrual. Fiz no banheiro da academia e não entendi o resultado direito, a princípio. Mas, antes de jogar no lixo, comparei o teste com a figura da caixa. Era positivo. Comecei a chorar…

Tirei uma foto do teste e enviei para a minha mãe. E ela: “Pegou covid de novo, filha?”. Eu respondi que estava grávida. Mas ela não acreditou. Depois disse que estava começando a ficar feliz com a notícia, então, se fosse mais uma das minhas brincadeiras, ficaria brava e sem falar comigo. Até que entendeu que era verdade. Eu estava muito nervosa, disse que não iria contar para ninguém, que iria deixar o país… Como vou falar para o meu pai?, perguntei, dramática. A resposta dela foi “Deixa de ser louca, Michelle. Eu engravidei de você bem nova e deu tudo certo. Tenha vergonha na cara, uma mulher dessa idade falando isso. Sai daí agora e vai contar para o pai da criança”. No caminho de casa, comprei mais cinco testes! [risos]. Fiz todos, entreguei para o Alexandre e avisei “tô grávida”. Ele olhou para os testes e perguntou se era mais de um [risos]. Depois me abraçou, disse que me amava e que iríamos ficar juntos, independentemente da gravidez. A ficha dele caiu na hora, a minha levou um tempo ainda.

Ouvi de amigos que mudaria como profissional depois de me tornar mãe. De fato, me sinto mais serena e forte

C.: Ouviu algum comentário negativo por se tornar mãe depois dos 40 anos?

M.L.: Houve alguns comentários na internet, mas poucos. Queriam saber como estava a minha saúde, se a gravidez era de risco, se eu tinha de fazer repouso. Mas brinco que, como eu engravidei depois da Cláudia Raia, ninguém tinha mais nada a questionar. Eu descobri a gravidez logo no começo, fiz todos os exames do início do pré-natal e só depois anunciei para todos. Minha médica me garantiu que, se estivesse tudo bem com o bebê e com a minha saúde, eu estaria no mesmo patamar que as outras gestantes.

A idade impõe alguns riscos, sim, mas como sou uma pessoa saudável desde sempre, que não fuma e pratica exercícios físicos, ela disse que poderia levar uma vida normal. Enjoei no primeiro trimestre, no entanto, depois melhorei. No segundo, inclusive, viajei de “lua de mel” com o Alexandre para Paris, onde caminhei bastante e até andei de metrô. O único porém foi um pequeno aumento da pressão arterial ao final da gestação, que tratei com medicação, e não me impediu de realizar um parto normal. Acho que, se você tiver o acompanhamento de um bom profissional e se cuidar, os riscos são minimizados.

Os cuidados com Aurora são compartilhados com o marido, Alexandre Mattoso, e a família — Foto: Ana Pendloski | @ameiiifotografia
Os cuidados com Aurora são compartilhados com o marido, Alexandre Mattoso, e a família — Foto: Ana Pendloski | @ameiiifotografia

C.: Quem é a rede de apoio de vocês?

M.L.: A minha mãe, que mora no Recife, ficou comigo nos primeiros dois meses de vida da Aurora. Além disso, o Alexandre tirou 20 dias de licença-paternidade e mais dez dias de férias. Nesse período, cuidou não só da filha, mas de mim também. Ainda hoje me leva café na cama. Não temos babá. Por isso, tudo é muito compartilhado entre a gente, as trocas de fralda, o banho… Aliás, como ele já tinha dois filhos, me ensinou a trocar fraldas. A primeira vez que tentei sozinha, uma semana depois que ela tinha nascido, coloquei do lado contrário [risos].

Também tenho a minha tia e a minha irmã, que me ajudam quando necessário, além de um grupo de amigas que se tornaram mães há pouco tempo. Nós conversamos bastante sobre coisas do dia a dia, como o sono dos bebês. Às vezes, você só precisa de um abraço ou de uma mensagem de apoio no meio da madrugada para se sentir bem. Em breve vou voltar ao trabalho e a boa notícia é que minha mãe resolveu se mudar para São Paulo e vai nos ajudar com a Aurora, sua única neta!

Fiquei com muita vontade de ajudar outras mães, agora que tenho lugar de fala. Daí surgiram os vídeos com dicas da Mãechelle

C.: Como surgiu o apelido Mãechelle, que você usa nas redes sociais?

M.L.: Eu gosto muito de falar de saúde, né? Venho de uma família de dentistas e médicos, cresci em consultórios. Todo o conhecimento que acumulei nessa área como jornalista nos últimos dez anos tem feito a diferença. Também tenho acesso a excelentes profissionais por conta disso, então sei procurar respostas para as minhas dúvidas. Aqui em casa, quando começo a explicar alguma coisa do ponto de vista técnico, como recentemente na introdução alimentar, o Alexandre já fala “roda a vinheta do Bem-Estar”.

Durante a licença, as pessoas passaram a me perguntar sobre a minha rotina com a Aurora. Percebi que poderia desmistificar algumas besteiras que existem na internet. Porque o trabalho do jornalista hoje vai além de noticiar, ele tem de derrubar as fake news também. Fiquei com muita vontade de ajudar outras mães, agora que tenho lugar de fala. Daí surgiram os vídeos com dicas da Mãechelle. O nome veio de um apelido que a Tati Machado colocou em mim por considerar que eu gosto de cuidar de todo mundo. Tem sido uma troca muito legal.

Segundo Michelle, seu conhecimento como jornalista de saúde ajuda na criação de Aurora — Foto: Ana Pendloski | @ameiiifotografia
Segundo Michelle, seu conhecimento como jornalista de saúde ajuda na criação de Aurora — Foto: Ana Pendloski | @ameiiifotografia

C.: A sua licença-maternidade está chegando ao fim. Como está o seu coração?

M.L.: Eu me dei conta há pouco que faltam só duas semanas, porque juntei a licença de seis meses com as férias. Mas eu estou louca para voltar a trabalhar. Eu lembro e gosto da minha vida de antes da Aurora, e parte dela era o meu trabalho. Algo que conquistei com muitos sacrifícios, sendo que um deles foi deixar a minha família e me mudar para São Paulo. Eu preciso dessa Michelle de volta, inclusive para ser uma boa mãe para a Aurora. Acho que pode ser difícil viajar para gravar [Michelle apresenta um quadro do Bem-Estar no programa É de Casa, que é gravado no Rio de Janeiro], porém me tranquiliza saber que ela estará com o pai e com a minha mãe.

C.: Quais os planos para o futuro?

M.L.: Profissionalmente, quero voltar a estudar psicologia, que interrompi depois de concluir o primeiro ano por causa da gravidez. Ouvi de amigos que mudaria como profissional depois de me tornar mãe. De fato, me sinto mais serena e forte. Penso também que a maternidade pode me auxiliar a conversar com um público com quem eu não falava diretamente antes, que são as mães.

Já pessoalmente, eu e o Alexandre pretendemos nos casar. Mas vamos esperar a Aurora crescer mais um pouco para participar melhor da cerimônia, que será algo íntimo. Quero que minha filha cresça com saúde e se torne uma pessoa legal. Que viva rodeada pelos familiares, para sentir todo esse amor e devolvê-lo ao mundo, afinal, ele está precisando. No mais, ela pode ser o que quiser.

Quero aproveitar a vida, em todos os meus papéis, mãe, profissional, mulher, esposa… Também não descartei a antiga ideia de adotar uma criança. Apesar de todas as mudanças, continuo acreditando que quem quiser ter filhos, tenha. Quem não quiser, não tenha. Nem todo mundo nasceu para ser mãe, isso não é demérito nenhum.

"Quero que minha filha cresça com saúde e se torne uma pessoa legal. No mais, ela pode ser o que quiser", diz a mãe — Foto: Ana Pendloski | @ameiiifotografia
"Quero que minha filha cresça com saúde e se torne uma pessoa legal. No mais, ela pode ser o que quiser", diz a mãe — Foto: Ana Pendloski | @ameiiifotografia
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