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A Olimpíada de Paris de 2024 simboliza um momento histórico para o esporte brasileiro. Pela primeira vez, o país terá uma delegação com predomínio de mulheres. Elas representam 55% dos 276 atletas enviados à capital francesa, conforme dados do Comitê Olímpico do Brasil. Mãe de uma menina de 4 anos, a medalhista olímpica Fabi Alvim enxerga esse marco com entusiasmo, especialmente ao pensar nas novas gerações de atletas.

“Se imaginarmos que a mulher já foi proibida de praticar esporte em jogos olímpicos, isso é uma quebra de paradigma muito grande para as gerações que estão sendo formadas”, disse a ex-jogadora de vôlei em entrevista exclusiva à CRESCER. A ex-líbero da seleção brasileira será uma das apresentadora que estarão à frente do programa Ça Va Paris, da TV Globo, que trará as principais notícias das competições.

Fabi será uma das apresentadoras do Ça Va Paris, — Foto: Divulgação/ Globo
Fabi será uma das apresentadoras do Ça Va Paris, — Foto: Divulgação/ Globo

O aumento da presença feminina no esporte, seja como atletas ou mesmo como comentarista, traz um sentimento de esperança para a mãe da pequena Maria Luiza. “Desde que descobrimos que teríamos uma menina, queríamos que ela pudesse ter uma jornada mais simples da qual eu tive quando garota”, destacou Fabi. “Que possamos [as meninas] brincar de bola de futebol, basquete e vôlei com mais liberdade, sem sermos desestimuladas”, complementou.

Se depender da bicampeã olímpica, o esporte sempre terá espaço em sua casa. A ex-jogadora não esconde o orgulho que sente ao ver a filha brincando de bola. “De vez em quando, ela pede para jogar futebol. Acho incrível. Uma família brincar de futebol com uma menina era um cenário inimaginável na minha época”, destacou a comentarista. A pequena também não poderia deixar de gostar do esporte que deu tantas alegrias para a sua mãe. “Ela sabe o que é manchete, toque e saque. É bem divertido”, disse a comentarista.

A maternidade

Após tantas conquistas dentro da quadra, Fabi sentiu que era o momento de embarcar em um novo sonho: a maternidade. A decisão veio quando a medalhista já estava prestes a se aposentar. “Sabemos que ser mãe enquanto atleta sempre é uma decisão muito difícil”, ressaltou.

Segundo a ex-jogadora, no contexto do esporte de alto rendimento, a maternidade deve ser muito planejada, especialmente quando é necessário recorrer à reprodução assistida. O uso de medicamentos ao longo do tratamento pode fazer com que a atleta seja eliminada das competições após passar pelos exames de doping. “No nosso caso, somos duas mamães e não fui eu que gerei. Até essa decisão foi muito acertada entre nós duas, justamente por esse contexto”, explicou Fabi.

Fabi com a filha de 4 anos — Foto: Arquivo Pessoal
Fabi com a filha de 4 anos — Foto: Arquivo Pessoal

A ex-líbero também queria passar mais tempo com o bebê e a rotina puxada de jogos e viagens era um empecilho, portanto, já no final de sua trajetória no esporte, Fabi e sua esposa, Julia Silva, decidiram realizar o procedimento de fertilização in vitro (FIV).

Fabi, a esposa e a filha — Foto: Arquivo Pessoal
Fabi, a esposa e a filha — Foto: Arquivo Pessoal

Em abril de 2018, a medalhista entrou em quadra pela última vez para disputar a Superliga. Na época, as mães já tinham iniciado o procedimento de FIV. O tão esperado teste positivo de gravidez veio em outubro de 2018 e a pequena Maria Luiza chegou à família em julho de 2019. “Acho que a maternidade por si só é um grande desafio. Compreendê-la sem gerar o bebê é outro olhar”, a apresentadora apontou.

A ex-jogadora admite que a maternidade também tem suas dores. “Temos o desafio de formar cidadãos e, às vezes, não nos sentimos preparados para certas situações”, revelou. “Nosso maior desafio é tentar entender a complexidade do tamanho dessa responsabilidade. Formar uma menina, no caso da nossa filha, mais humana, perspicaz e contestadora”, acrescentou.

Das quadras para os estúdios

“Costumo brincar que só mudou o terreno. Não treino mais meu corpo, mas sigo me preparando para o dia a dia dos jogos”. É assim que Fabi vê seu papel como comentarista. Para ela, é desafiador se manter antenada no que acontece no voleibol mundial, mas seu trabalho é muito empolgante. “Sempre estou interessada na história por trás dos personagens, no lado humano dos atletas”, revelou.

Dessa forma, não pense que o trabalho de comentarista é só sentar na mesa e comentar: “Tem muito estudo e preparação diária para enriquecer o conteúdo para quem está sentado no sofá assistindo. Uma responsabilidade que encaro como ex-atleta é de seguir difundindo a própria modalidade por meio do dia a dia dos jogos”, declarou.

Durante as Olimpíadas, Fabi terá uma rotina puxada! “Os jogos olímpicos têm uma atmosfera diferente”. Com suas noites reservadas para o programa Ça Va Paris, ela vem tentando equilibrar sua rotina para a filha sentir o mínimo possível a sua ausência. Ao conversar com a pequena Maria Luiza, a mãe explica que a rotina pode mudar nos próximos dias. “Talvez, a bananada do fim do dia venha para a hora do almoço. Dialogamos de maneira que ela consiga compreender que também é passageiro”. Para Fabi, é extremamente importante passar um tempo com a filha mesmo em meio à correria da cobertura olímpica. “É quase um combustível”, destacou.

Dentro da complexidade de seu mundo, Maria Luiza entende a importância do trabalho de Fabi. Embora tenha apenas 4 anos, ela já sabe que a mãe foi uma jogadora de vôlei e hoje é comentarista na TV. “Ela não tem compreensão real do que é uma Olimpíada, mas, de alguma forma, ela curte”, disse a ex-atleta. “Ela sabe que a mamãe está comentando, identifica minha voz”, afirmou Fabi.

A comentarista admite que não é fácil se livrar da culpa materna. “Ela vive colada do nosso lado em todas as circunstâncias. Sempre achamos que estava devendo alguma coisa”, destacou. Para a ex-jogadora, o melhor caminho para conciliar filhos e trabalho é o diálogo. “Mostrar que trabalhar é importante para nós. Isso não vai inviabilizar uma convivência saudável, pelo contrário, é estimulador”, a bicampeã olímpica finalizou.

Olimpíada de Paris de 2024

Os Jogos Olímpicos de Paris começam no dia 26 de julho e vão até 11 de agosto. A Globo terá uma cobertura multiplataforma para não deixar passar nada do que acontecer no evento. Serão 16 equipes de reportagem em Paris e uma no Taiti.
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