Histórias
 


Super-heróis, dinossauros, princesas! Quando se trata de festa de aniversário infantil, esses temas são os queridinhos das crianças. No entanto, no caso do pequeno Nicolas, de 7 anos, a paixão é outra! O garotinho pediu à mãe, a cuidadora de idosos Janine de França, para organizar uma festa com a temática de galinha. E, ele não estava se referindo à Galinha Pintadinha, mas, sim, às suas duas galinhas de estimação: as amarelinhas!

A festa teve direito, até mesmo, a um "parabéns em galinhês”, tornando-se viral nas redes sociais. Postado no dia 29 de maio no perfil do Instagram da família (@mamae.atipica.ng), o vídeo que registrou o evento alcançou 10 milhões de visualizações. Em entrevista exclusiva à CRESCER, Janine, que mora no Rio de Janeiro, diz que, ao ouvir o pedido inusitado do filho, ficou um pouco apreensiva, pois não sabia como colocar essa proposta em prática, mas embarcou na ideia do aniversariante.

Nicolas em sua festa — Foto: Arquivo Pessoal
Nicolas em sua festa — Foto: Arquivo Pessoal

O “galinheiro do Nico” aconteceu em uma pizzaria e exibiu não só fotos das galinhas, mas também de um galo colorido, em homenagem aos seus dois outros pets de estimação: Bartolinho e Pernalonga. Além disso, o menino tem um pato chamado Patolino, que também faz parte do grupo de seus animais de estimação.

A mãe explica que o filho é autista e tem um hiperfoco em galinhas desde que a família se mudou de um apartamento para uma casa maior. Na ocasião, o pequeno ganhou as aves de sua tia. “Fizemos um galinheiro e ele se apegou muito [às galinhas]. Criou-se aquele vínculo, amor e responsabilidade”, a mãe destaca. Para Janine, os animais ajudaram no desenvolvimento do seu filho. “Com os bichinhos, ele entra em seu mundinho, se comunicando com eles. Quando sai para a escola, ele diz: ‘tchau, Bartolinho!'. Começou até mesmo a desenvolver a fala”, afirmou a carioca.

Durante a festa, Janine conta que o filho se divertiu muito, especialmente quando os convidados se reuniram para cantar parabéns em “galinhês” [veja o vídeo no final da matéria]. No entanto, ela admite que sua jornada até esse momento envolveu muitos desafios.

Nicolas com a família — Foto: Arquivo Pessoal
Nicolas com a família — Foto: Arquivo Pessoal

O autismo

Nicolas foi diagnosticado com autismo quando estava com 5 anos. Antes, Janine já percebia que o filho tinha um comportamento diferente. “Ele era agressivo, porque não conseguia falar. Quando queria alguma coisa, colocava sua mão no que queria”, relatou a cuidadora.

Mãe de primeira viagem, Janine pensava que isso fazia parte da personalidade do filho. “Teve um tempo que cheguei a me culpar pelos comportamentos dele. Achava que não sabia educá-lo”, desabafou. Ao ser chamada na escola de Nicolas, a carioca ouviu da professora que “a agressividade do filho era um pedido de socorro” e que o indicado era encaminhá-lo para uma avaliação neuropsicológica. “Comecei a aprender sobre esse mundo do autismo. Tento fazer o melhor para ele”. Faz dois anos que o pequeno vem fazendo terapia e a família já está notando bons resultados, principalmente com relação à fala. “Ele praticamente não falava. [Hoje] onde chega, fala com todo mundo”, a mãe contou.

Nicolas com as amarelinhas — Foto: Arquivo Pessoal
Nicolas com as amarelinhas — Foto: Arquivo Pessoal

Para Janine, o maior desafio é encarar os problemas diários. “Cada dia, não sabemos o que esperar”. Além disso, Nicolas tem dificuldade em lidar com mudanças, então, tudo que muda na rotina já afeta seu humor, deixando família bem apreensiva. “Não tem como ter controle de tudo”, a mãe lamenta. Embora tenha que enfrentar obstáculos, ela aconselha às famílias de crianças autistas a não desistirem: “As pessoas questionam: ‘Ele não se incomodou com o barulho?’. Nem sempre foi assim! Ele era a criança que ia à festa de aniversário e não interagia. Como o tempo, ele desenvolveu a fala. Ficamos ansiosas e queremos que seja logo, mas não é na hora que queremos. Eles se desenvolvem no tempo deles”.

Sobre os comentários negativos que recebeu com a repercussão do vídeo, Janine menciona que é preciso ter mais empatia. “As crianças atípicas precisam ser respeitadas. Se você não concordar [com algo], tudo bem. Agora, respeito é o mínimo!”, declara.

Abaixo, confira o vídeo da festa de Nicolas:

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