Saúde & bem-estar
 

Por Crescer Online


Receber o diagnóstico de um câncer não é fácil em nenhuma fase da vida, mas durante a gravidez, o medo de morrer e deixar os filhos pequenos é ainda maior. Susan, de Melbourne, na Austrália, estava grávida do seu quinto filho e tudo ocorria bem até que no terceiro trimestre da gestação ela percebeu que seu seio direito estava dolorido demais. “Fui sentir e havia um caroço duro do tamanho de uma bola de golfe. Eu soube instantaneamente que não estava normal. Meu médico pressionou para examinar, mas eu não queria fazer nada que pudesse machucar o bebê, então recusei. Eu nunca, nunca pensei que poderia realmente ser câncer”, diz Susan ao Kidspot.

Susan descobriu o câncer na gravidez — Foto: Reprodução Kidspot
Susan descobriu o câncer na gravidez — Foto: Reprodução Kidspot

Em apenas dois meses, o caroço havia triplicado de tamanho e uma biópsia mostrou algo muito pior do que qualquer um poderia ter previsto. Em janeiro de 2020, com 22 semanas de gestação, a mulher de 37 anos foi diagnosticada com câncer de mama triplo negativo - um tipo de câncer muito difícil de tratar. “Fiquei dormente… estava em choque total”, lembra.

Susan passou por quatro rodadas de tratamento de quimioterapia, depois de ter certeza de que isso não afetaria a saúde de seu bebê ainda na barriga. Então, às 36 semanas de gestação, seu bebê, Jaxon, nasceu em 4 de maio de 2020, para que ela pudesse continuar com a quimioterapia agressiva apenas duas semanas após dar à luz. “Não pude cuidar naqueles primeiros dias do meu recém-nascido porque era constantemente levado para exames e consultas. Não aproveitei como gostaria, mas o tempo precioso que tive com ele foi lindo… era o que eu precisava”, diz.

Quando Jaxon tinha três meses de vida, Susan havia suportado bravamente uma mastectomia e radioterapia também. “Meu maior medo era que isso voltasse ou que não fosse descoberto a tempo, e eu teria que deixar meus filhos… isso estava na minha mente o tempo todo.”

Em agosto de 2020, Susan e seu marido, Kenneth, puderam finalmente dar um suspiro de alívio porque o câncer estava em remissão e o pesadelo parecia ter acabado. “Os médicos estavam confiantes de felizes com os resultados do tratamento. Parecia que eu poderia acordar de um pesadelo e seguir em frente, cuidando dos meus filhos”, diz.

Susan quer criar memórias com os filhos — Foto: Reprodução Kidspot
Susan quer criar memórias com os filhos — Foto: Reprodução Kidspot

O fim do tratamento de Susan e a liberação dos médicos significavam que ela poderia tentar o que seria seu sexto e último bebê para completar sua família. No ano passado, seu desejo se tornou realidade quando ela engravidou novamente. Aos cinco meses, porém, Susan começou a sentir dores na região das costelas. “Achei que o bebê estava sentado em uma posição estranha e era uma dor constante”, lembra. “Pensei: 'Quais são as chances de isso acontecer de novo?' Eu estava tentando não me fazer acreditar que cada pequena dor seria um câncer. Então eu o afastei. Eu mencionei isso ao médico e eles apenas disseram: 'Vamos ficar de olho'", lembra.

Assim que o bebê Cooper nasceu saudável em 8 de janeiro, Susan correu para seu oncologista depois que a dor durante a gravidez não diminuiu após o parto. Então, no mês passado, seus piores medos foram confirmados. Os médicos disseram que o mesmo câncer estava de volta e se espalhou para muitos lugares. “Meu primeiro pensamento foi: 'Não! O que vai acontecer com meus filhos?' Não havia nada que eles pudessem dizer para melhorar", conta.

Embora os seios de Susan estivessem livres de qualquer câncer, agora os tumores estavam em seus pulmões, costelas, pélvis e ossos. A mãe de seis filhos teve uma expectativa de vida de apenas dois anos, mesmo com o tratamento. “Não tem cura… tudo o que eles podem fazer é administrar até o fim. Eles não usaram a palavra 'paliativo', mas é isso. Se as coisas não correrem bem, pode ser mais curto do que isso”, diz.

Agora em seu segundo ciclo de quimioterapia desde o novo diagnóstico, a vida diária é uma luta dolorosa para a mãe, que tem um filho de nove semanas, Cooper, e cinco outras crianças com menos de oito anos. “Tomo morfina duas vezes ao dia só para controlar a dor. As crianças são a única coisa que me mantém viva dia após dia. Já gritei, já chorei e fiquei com raiva. Agora sei que isso não vai ajudar ninguém, então estou aproveitando ao máximo minha vida, ensinando aos meus filhos o que posso pelo maior tempo possível”, diz.

Embora nunca compartilhe o prognóstico exato do médico, Susan optou por ser aberta sobre sua condição com seus filhos. “Eles sabem que é câncer e que acabarei morrendo disso. Eles me perguntaram se eu ia viver uma vida plena e eu disse a eles que sei que não vou envelhecer nem ser avó. “Por mais difícil que seja para eles, por qualquer tempo que eu tenha, quero ajudá-los com seus sentimentos o máximo que puder. Eu quero que eles saibam de mim que está tudo bem e que eles podem ser fortes um para o outro”, diz.

Segurando seu filho recém-nascido enquanto ele dorme pacificamente, Susan é lembrada a todo momento de como a vida é curta e preciosa. “Eu olho para ele e penso: 'Você vai se lembrar de mim?´. Por isso, estou tentando tirar o máximo de fotos e vídeos com os meus filhos para criar memórias”, finaliza.

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