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Na gravidez, qualquer coisa que sai um pouquinho da rotina já gera receio na futura mamãe. Por estar passando por muitas mudanças no corpo e na psique, é natural mesmo que certas situações causem medo, mas nem tudo precisa ser motivo de alarme, viu? Um desses “sustos” que pode acontecer é a presença de secreções diferentes ao urinar.

Muco transparente e elástico é sinal de gravidez? — Foto: gpointstudio/Freepik
Muco transparente e elástico é sinal de gravidez? — Foto: gpointstudio/Freepik

As gestantes podem se deparar com uma substância mais pegajosa ao se limpar depois de fazer xixi e logo pensar que é muco. E se é muco, o pensamento já conecta rapidamente com o famigerado tampão mucoso, secreção espessa que costuma se desprender na reta final da gestação e é um dos sinais clássicos de que o parto se aproxima. Mas ei, muita calma!

De fato, se você está no terceiro trimestre da gestação, é possível sim que já seja o tampão mucoso se desprendendo aos poucos. Nesse caso, avise sua equipe de parto e busque avaliação do seu obstetra, mas sem desespero. Tenha em mente que a saída desse muco pode começar muito antes, às vezes, semanas antes do bebê nascer. O obstetra saberá te indicar os próximos passos.

Agora, se você ainda está no primeiro trimestre, o mais comum é que sejam secreções cervicais ou vaginais fisiológicas consideradas comuns nessa fase. Elas não alteram em nada o curso da gestação, mas é sempre indicado investigá-las se a gestante reparar que há algo diferente na cor, odor, quantidade ou consistência.

Isso porque há ainda a possibilidade de que o que você está chamando de muco seja, na verdade, um corrimento característico de infecção urinária, candidíase ou vaginose. E nesses casos, é fundamental buscar tratamento, porque a evolução do quadro pode gerar riscos de complicações para a mãe e para o bebê.

Na dúvida, siga sempre o protocolo: encontrou um corrimento estranho? Avise o seu obstetra e marque uma consulta, já que é preciso uma avaliação médica presencial para entender qual a causa dessa secreção. “Nem sempre é fácil para a gestante diferenciar esses quadros, por isso a importância do pré-natal e dos exames para clarear as dúvidas e tratar logo, quando for necessário”, explica Joeline Cerqueira, ginecologista especialista em pré-natal e membro da Comissão de Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério da Febrasgo.

A seguir, entenda as diferenças de cada caso e o que você precisa estar atenta em relação ao muco na urina. Sem desespero, mas com atenção, ok?

Como é a aparência do tampão mucoso?

Quando a gestante está no terceiro trimestre, alguns dias ou semanas antes do parto, ela pode se sentir mais úmida e perceber um líquido viscoso e grosso descendo pela vagina. É o chamado tampão mucoso, uma secreção espessa que bloqueia o colo do útero durante toda a gravidez e protege o bebê da flora vaginal da mãe. “Na reta final (a partir da 37ª semana), essa secreção grudenta, que pode vir com um pouco de sangue, se desprende quando o colo começa a dilatar”, explica Joeline. A obstetra lembra, porém, que esse escape de muco nem sempre é de uma só vez, podendo, aos poucos, ir se desprendendo e saindo.

Como distinguir a secreção vaginal de um corrimento de infecção?

Como você pode notar, o muco é mais espesso e pegajoso, enquanto a secreção vaginal (ou leucorreia, termo médicos pra ela) costuma vir em maior quantidade, principalmente no início da gestação, além de ser mais fina, clara e sem odor, similar a uma clara de ovo. Quando está dessa maneira, vale você pontuar com o seu obstetra, mas não é preciso nenhum tipo de tratamento. “Pode ser apenas a secreção fisiológica da vagina, talvez um pouco mais aumentada pela própria gravidez, já que as glândulas se hipertrofiam e começam a produzir mais muco na vagina e no colo”, conta a ginecologista da Febrasgo.

Agora, se esse corrimento apresentar os seguintes sintomas, você pode estar diante de um quadro de infecção urinária:

  • urina mais escura
  • corrimento amarelado
  • odor forte
  • dor ou ardor ao urinar
  • dor no baixo ventre
  • desconforto na relação sexual

Nesse caso, é fundamental buscar auxílio médico para iniciar o tratamento o quanto antes. E o mesmo vale para quando esses sintomas citados aparecem acrescidos de coceira ou outras colorações no corrimento, como esverdeado ou acinzentado. “Quando não é urinário, pode ser uma infecção presente na vagina, como a candidíase (infecção fúngica) ou vaginose (infecção bacteriana causada pelo desequilíbrio da microbiota vaginal), que também precisam ser tratadas rapidamente”, conta Joeline

Em cada caso, somente o médico saberá indicar quais medicamentos estão liberados naquela fase da sua gestação. De maneira geral, são remédios orais, antibióticos seguros na gestação e cremes vaginais que não trazem implicações no uso durante a gravidez.

Como é feito o diagnóstico que diferencia essas secreções?

O médico vai levar em consideração o momento da gestação, a aparência e consistência da secreção e os eventuais sintomas. É possível que ele realize um exame especular (ginecológico) para coletar amostras e ver a aparência da vagina e do colo. Além disso, é indicado também realizar o exame de urina e a urocultura para detectar a presença de bactérias e células na urina.

Grávidas têm mais infecção urinária?

Sim, gestantes possuem um risco aumentado e é, inclusive, a infecção mais frequente na gravidez. “Isso acontece por algumas modificações no organismo da gestante. A uretra fica mais curta e os próprios hormônios da gestação predispõe também a proliferação maior de bactérias”, explica a médica. Além disso, a imunidade também pode estar mais comprometida e a grávida fica mais vulnerável a infecções.

Existe alguma complicação grave?

Em qualquer fase da vida é fundamental cuidar das doenças que causam corrimentos e secreções, mas na gestação, é ainda mais importante, já que a ausência de tratamento pode gerar consequências graves para a mãe e para o bebê. “Quanto antes tratar uma infecção urinária, maior o benefício para aquela gravidez. E sim, quando não olhada com atenção, a infecção urinária, a candidíase e a vaginose podem provocar aborto e parto prematuro, porque podem desencadear as contrações.

“Se, por exemplo, o quadro vem acompanhado de contrações e a mulher não está no final da gestação, isso pode ser um indício de parto prematuro”, elucida a obstetra e completa: “quando não tratados, esses quadros podem complicar mais rapidamente e ter repercussões graves, como aborto e até óbito fetal. Isso porque há uma maior predisposição daquela infecção subir - para usar uma forma bem simples de entender- para os rins. E de lá, gerar uma septicemia. Como o sistema imunológico já está mais baixo, isso pode evoluir de forma muito mais rápida”, explica a Joeline.

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