• Equipe Caminhos para o Futuro
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Desde a devastação causada pelas bombas atômicas no Japão, o urânio e o plutônio são associados à guerra e à morte – e rigidamente controlados por organismos internacionais. E mesmo usina nucleares pacíficas podem se transformar em armas letais, como ocorreu em Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.  Países com forte e crescente demanda por energia, como China e Índia, encontram uma nova forma de obtê-la evitando esses problemas: extrair o tório, que, além de ser quatro vezes mais abundante que o urânio na natureza, não tem poder físsil que permita sua utilização em bombas (o que fez com que os Estados Unidos abandonassem sua exploração nos anos 70).

A Índia, com vastas reservas desse minério, pretende que, na próxima década, 25% de sua produção energética venham do tório (hoje é de 3%), enquanto a China fabrica seu primeiro reator movido a tório para entrar em funcionamento em 2015. A tecnologia de resfriamento mais eficiente para esse tipo de reator é a dos fluorídricos líquidos de berílio e lítio, que proporcionarão mais economia do que os sistemas movidos a água hoje utilizados. E seus dejetos poluem menos a natureza do que os dos sistemas de água. Além disso, o tório é mais facilmente utilizável, sem necessitar de processos de enriquecimento como o do urânio natural.