• Redação Galileu
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Mergulhador israelense encontra espada das Cruzadas no Mar Mediterrâneo (Foto: Reprodução/Israel Antiquities Authority)

Mergulhador israelense encontra espada das Cruzadas no Mar Mediterrâneo (Foto: Reprodução/Israel Antiquities Authority)

O mergulhador Shlomi Katzin acaba de receber do governo israelense um “certificado de boa cidadania”. O motivo? Enquanto submergia nas profundezas da praia de Carmel, no norte de Israel, o homem encontrou nada menos do que uma espada da época das Cruzadas. Datado de 900 anos atrás, o objeto histórico foi entregue para a Autoridade de Antiguidades do país (IAI, na sigla em inglês), que revelou a descoberta na segunda-feira (18).

A relíquia foi encontrada no último dia 16 de outubro, quando Katzin estava mergulhando a cerca de 150 metros da costa mediterrânea e cinco metros de profundidade. A espada saltou aos seus olhos após a corrente marítima ter remexido a areia no fundo do mar. O objeto de ferro tem um metro de comprimento, com um cabo de 30 centímetros — e, como era de se esperar, estava incrustado com organismos marinhos.

Espada de 900 anos que pertenceu a um cavaleiro das Cruzadas foi encontrada despretensiosamente pelo mergulhador  Shlomi Katzin, nas profundezas da praia de Carmel, no norte de Israel  (Foto: Nir Distelfeld)

Espada de 900 anos que pertenceu a um cavaleiro das Cruzadas foi encontrada despretensiosamente pelo mergulhador Shlomi Katzin, nas profundezas da praia de Carmel, no norte de Israel (Foto: Nir Distelfeld)

Foi o temor de que a peça inusitada pudesse ser enterrada que impulsionou o mergulhador a levá-la para especialistas. Não deu outra: tratava-se mesmo de um artefato especial. "A espada de ferro foi preservada em perfeitas condições e é um achado lindo e raro. Evidentemente, pertenceu a um cavaleiro das Cruzadas”, atesta Nir Distelfeld, Inspetor da Unidade de Prevenção de Roubo da IAI, em comunicado.

E a espada não era o único tesouro arqueológico escondido no local: vários outros objetos das Cruzadas, alguns com 4 mil anos, também foram encontrados ali. Isso, para os pesquisadores, é um indício de que a costa de Carmel, abundante em enseadas naturais, foi como “um pequeno ancoradouro temporário” para navegantes cruzados no meio de tempestades marítimas.

Tanto a espada quanto os outros achados ainda serão higienizados e analisados com rigor para obtenção de mais detalhes. Logo em seguida, deverão estar ao alcance dos olhares curiosos. "Cada artefato antigo encontrado nos ajuda a montar o quebra-cabeça histórico da Terra de Israel. Assim que a espada for limpa e pesquisada nos laboratórios da Autoridade de Antiguidades de Israel, garantiremos que ela seja exibida ao público”, diz Eli Escosido, diretor geral da IAI.