• Redação Galileu
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Restos mortais de duas pessoas com línguas de ouro foram encontrados dentro de tumbas no Egito  (Foto: Ministry of Tourism and Antiquities)

Restos mortais de duas pessoas com línguas de ouro foram encontrados dentro de tumbas no Egito (Foto: Ministry of Tourism and Antiquities)

Tumbas contendo restos mortais de duas pessoas com língua de ouro foram escavadas por pesquisadores espanhóis na província egípcia de Minya, segundo anunciou o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito no último domingo (5).






Provenientes da 26ª dinastia (664–332 a.C.), as múmias estavam em jazigos de 2,5 mil anos. Um dos caixões de uma das tumbas era feito de calcário e tinha uma tampa com o formato de mulher, conforme descreve Mustafa Waziri, Secretário-Geral do Alto Conselho de Antiguidades, em publicação no Facebook.

Arqueólogos encontraram restos mortais em duas tumbas na província egípcia de Minya (Foto: Ministry of Tourism and Antiquities/Reprodução/Facebook)

Arqueólogos encontraram restos mortais em duas tumbas na província egípcia de Minya (Foto: Ministry of Tourism and Antiquities/Reprodução/Facebook)

Já o segundo caixão estava com a tampa totalmente fechada, tendo de ser aberto pela primeira vez durante a escavação, de acordo com Mateh Mascort, chefe das investigações. Os restos mortais de uma pessoa desconhecida também foram descobertos nas proximidades. 

Além disso, estudos preliminares em uma das tumbas apontaram que ela já havia sido aberta na antiguidade.

Um dos caixões de 2,5 mil anos revelados pelos pesquisadores  (Foto: Ministry of Tourism and Antiquities/Reprodução/Facebook)

Um dos caixões de 2,5 mil anos revelados pelos pesquisadores (Foto: Ministry of Tourism and Antiquities/Reprodução/Facebook)

E as descobertas não pararam por aí: segundo o site International Business Times, os arqueólogos também desenterraram dois outros caixões contendo vasos canópicos, normalmente utilizados para guardar vísceras embalsamadas durante o processo de mumificação.

Línguas de ouro que foram encontradas nos restos mortais da 26ª dinastia egípcia  (Foto: Ministry of Tourism and Antiquities/Reprodução/Facebook)

Línguas de ouro que foram encontradas nos restos mortais da 26ª dinastia egípcia (Foto: Ministry of Tourism and Antiquities/Reprodução/Facebook)

Hassan Amer, um dos supervisores das escavações, contou ao site WION que um dos vasos continha amuletos, além de contas verdes e 402 estatuetas ushabti. A organização britânica National Trust explica que, inicialmente, as ushabti eram como um “substituto” para garantir vida eterna a um falecido, caso sua múmia fosse danificada.

Estatuetas ushabti.encontradas durante as escavações no Egito  (Foto: Ministry of Tourism and Antiquities/Reprodução/Facebook)

Estatuetas ushabti.encontradas durante as escavações no Egito (Foto: Ministry of Tourism and Antiquities/Reprodução/Facebook)

Tais objetos começaram a ser usados na 12ª Dinastia (1985–1773 a.C), mas até então o costume era enterrar o morto apenas com uma ou duas estatuetas. Isso mudou durante o Novo Império (1550–1069 a.C), quando elas passaram a representar servos que cumpriam tarefas para os falecidos na vida após a morte, como trabalho de campo.

Artefato encontrado pelos pesquisadores nas tumbas no Egito  (Foto: Ministry of Tourism and Antiquities/Reprodução/Facebook)

Artefato encontrado pelos pesquisadores nas tumbas no Egito (Foto: Ministry of Tourism and Antiquities/Reprodução/Facebook)

Então, o número das estatuetas aumentou drasticamente: o ideal passou a ser que o morto tivesse pelo menos 401 estatuetas. Assim, haveria "trabalhadores" para cada um dos 365 dias do ano e ainda outros 36 que seriam superintendentes (um para cada semana egípcia de 10 dias).






As escavações continuam em andamento nas duas tumbas, conforme a equipe da Universidade de Barcelona começa a estudar as línguas de ouro. A região das escavações, El Bahnasa, é explorada desde 1992 por pesquisadores, que já encontraram por lá artefatos não só da 26ª dinastia egípcia, mas também de outros períodos, incluindo o Greco-romano (332 a.C. a 30 a.C).

Objetos escavados durante a missão arqueológica nas tumbas no Egito  (Foto: Ministry of Tourism and Antiquities/Reprodução/Facebook)

Objetos escavados durante a missão arqueológica nas tumbas no Egito (Foto: Ministry of Tourism and Antiquities/Reprodução/Facebook)